7 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

    AGRONEGÓCIO

    Retorno da chuva traz alento aos agricultores do Oeste paranaense; perdas em algumas lavouras chegam a 50%

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    Precipitações foram em volumes mais expressivos e uniformes, contudo, chegaram tarde em algumas localidades, que já contabilizam perdas. Isso porque foram dias seguidos de intenso calor e falta de umidade, resultando em danos a muitas lavouras.

     

    O retorno da chuva, na segunda-feira (03), trouxe ânimo aos agricultores do Oeste do Paraná. A afirmação é do engenheiro agrônomo Cevio Mengarda, vice-presidente do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon.

    As precipitações foram em volumes mais expressivos e uniformes (média geral um pouco superior a 50% ), contudo, chegaram tarde em algumas localidades, que já contabilizam perdas. Isso porque foram dias seguidos de intenso calor e falta de umidade, resultando em danos a muitas lavouras.

    Segundo Mengarda, as áreas de soja cultivadas mais cedo com material de ciclo precoce são as mais prejudicadas, uma vez que estão no período de enchimento de grãos.

    Ele explica que é nesse período que as plantas mais necessitam de umidade, embora as lavouras no ciclo de desenvolvimento vegetativo também sofram com calor intenso e falta de água.

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    Ao destacar que as áreas cultivadas com milho na microrregião de Marechal Cândido Rondon igualmente sofreram impactos com a seca, o agrônomo aponta para perdas de até 50% em algumas lavouras.

    Apesar das perdas já registradas, o agrônomo diz que as chuvas retomadas neste início de semana contribuem bastante para as lavouras de soja e milho, aumentando a perspectiva de uma safra entre razoável e boa no Oeste do Estado.

    O vice-presidente do Sindicato Rural Patronal de Marechal Rondon acrescenta que o momento é de cautela, haja vista que o desempenho das plantas está sendo bem diferente de uma área para outra.

    Ele orienta os produtores para não se descuidarem das aplicações de agroquímicos, pois é nesse período que as pragas atacam em maior intensidade, como é o caso dos percevejos.

     

    Fonte: Com assessoria

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    AGRONEGÓCIO

    Semana começa com crise global e preços de commodities em queda livre

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    A semana começou quente para o agro, com os mercados internacionais em queda livre após a confirmação do “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos que entrou em vigor no último sábado (06.04). As bolsas de valores ao redor do mundo despencaram nesta segunda-feira (07), alimentando temores de uma nova guerra comercial entre EUA e China — cenário que já começa a afetar diretamente os preços da soja e de outras commodities agrícolas.

    A tensão explodiu depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um novo pacote de tarifas sobre produtos de diversos países. A China reagiu com força, impondo uma tarifa de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA, válida a partir do dia 10.

    O mercado global respondeu com pânico: só nesta segunda, as bolsas asiáticas e europeias voltaram a cair. A de Hong Kong desabou 13,22%, enquanto o índice CSI 1000, da China, caiu 11,39%. Foi o terceiro pregão seguido de queda expressiva.

    No meio desse turbilhão, o contrato da soja com vencimento em maio de 2025 caiu 3,65% em Chicago, sendo negociado a US$ 9,73 o bushel — menor valor desde dezembro do ano passado. O recuo atingiu praticamente todas as commodities:

    • Milho CBOT: -1,18%

    • Trigo CBOT: -2,07%

    • Óleo de soja CBOT: -4,39%

    • Farelo de soja CBOT: -1,89%

    • Algodão NY: -6,05%

    • Cacau NY: -6,94%

    • Açúcar NY: -1,05%

    • Suco de laranja: -4,14%

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    A principal razão é a resposta agressiva da China, que acirrou as tensões e assustou os mercados. Além disso, as tarifas americanas também geram incertezas no próprio produtor dos EUA, que começa a rever decisões sobre a área a ser plantada.

    Por outro lado, essa turbulência abre espaço para o Brasil. Com a China se afastando do mercado americano, cresce o interesse pelos grãos brasileiros. Isso elevou os prêmios pagos nos portos do país. Só nos últimos dois dias, os prêmios subiram entre 10 e 15 pontos. Na semana passada, giravam entre 50 e 60 pontos acima de Chicago. Hoje, chegam a 85, 90 e até 95 pontos.

    No mercado da soja, o “prêmio” é um valor que o comprador paga a mais (ou a menos) sobre o preço da soja na Bolsa de Chicago. Funciona como um extra que varia conforme a procura pelo grão aqui no Brasil. Por exemplo: se Chicago mostra US$ 10 por bushel e o prêmio no porto é de 80 pontos, o produtor recebe US$ 10,80. Quando a demanda sobe, como agora com a China comprando mais do Brasil, esses prêmios também sobem — e isso pode compensar a queda da soja lá fora. Ou seja: mesmo com Chicago em baixa, o produtor pode ganhar mais se o prêmio estiver alto.

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    Mas nem tudo são flores. Apesar da alta nos prêmios, a queda em Chicago segura os preços internos da soja em reais. Nos portos, os valores se mantêm praticamente estáveis em relação à semana passada. Veja as cotações:

    • Abril/Maio: R$ 134 no porto de Paranaguá

    • Julho: R$ 138 a R$ 139

    Há um mês, os preços estavam ligeiramente melhores, variando entre R$ 137 e R$ 142, segundo analistas de mercado.

    Apesar do momento instável, os fundamentos do mercado agrícola seguem sólidos. Com exceção da soja — que nesta safra apresenta um leve excedente — os demais grãos têm produção abaixo do consumo global, o que pode puxar os preços para cima no médio e longo prazo.

    “O mercado está fervendo agora por causa das retaliações, mas essa situação vai se acomodar. No fim das contas, se está produzindo menos do que se consome, o preço precisa subir. É a regra básica”, explica um analista.

    Enquanto isso, o produtor rural deve acompanhar de perto os desdobramentos da guerra comercial, ficar atento à movimentação dos prêmios e buscar oportunidades de comercialização no momento certo, sem entrar no pânico do mercado.

    Fonte: Pensar Agro

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