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Relatório da USDA deu novo ânimo ao mercado internacional de soja

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O mercado brasileiro de soja viveu um dia positivo nesta sexta-feira (08.03), com elevação dos preços da soja em diversas regiões. O volume de vendas foi considerado bom, impulsionado por fatores como pagamentos no curto prazo e aumento da oferta para exportação.

A movimentação foi impulsionada pelo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que trouxe projeções consideradas neutras para o mercado.

O relatório indicou que a safra norte-americana de soja deverá ficar em 4,165 bilhões de bushels em 2023/24 (113,36 milhões de toneladas), com uma produtividade de 50,6 bushels por acre. Segundo essa previsão, a produção americana de soja deve recuar 2,6% na próxima safra.

Os estoques finais estão projetados em 315 milhões de bushels. Além disso, a safra mundial de soja em 2023/24 foi estimada em 396,85 milhões de toneladas, com estoques finais reduzidos para 114,3 milhões de toneladas.

Esses números do USDA impulsionaram o mercado, com os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fechando o dia com preços mais altos. O contrato maio registrou alta de 17,75 centavos de dólar, enquanto o contrato julho teve um aumento de 19,50 centavos.

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Essa movimentação positiva também foi refletida no câmbio, com o dólar comercial encerrando a sessão em alta de 0,96%, após oscilações durante o dia. A moeda norte-americana foi negociada a R$ 4,9811 para venda, com uma valorização de 0,55% na semana.

A revisão da safra do USDA divulgada ontem para a próxima safra norte-americana indicou que a demanda global por soja continua em alta, o que pode manter os preços em um patamar elevado. No entanto, fatores como as condições climáticas durante a temporada de crescimento, o risco de pragas e doenças, e os preços dos insumos agrícolas podem influenciar a produção e, consequentemente, o mercado.

Com uma safra recorde de soja nos EUA, espera-se que haja pressão sobre os preços no mercado internacional, além de um aumento na competitividade da soja americana. Países importadores de soja podem precisar buscar alternativas para atender às suas necessidades de abastecimento.

Diante desse cenário, é fundamental acompanhar de perto os próximos relatórios do USDA para obter uma visão mais precisa da produção de soja nos EUA. Produtores e traders devem estar atentos aos movimentos do mercado e tomar decisões estratégicas de acordo com as perspectivas e tendências identificadas.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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