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Quebra de safra: FPA discute soluções para a crise do agronegócio

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Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) realizou uma reunião nesta terça-feira (27.02) com o objetivo de discutir e buscar soluções para a crise enfrentada pelo setor agropecuário brasileiro. Com a projeção de colheita de grãos no Centro-Oeste reduzida, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para baixo as estimativas para a produção, levantando preocupações quanto ao impacto no Produto Interno Bruto (PIB) e no aumento do desemprego.

Segundo relatório divulgado no início de fevereiro, a estimativa da Conab para a safra de grãos em 2023/24 é de 299,8 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 6,6 milhões em relação ao previsto em janeiro e uma queda de 6,3% em comparação com o ciclo anterior (2022/23), que registrou 319,8 milhões de toneladas.

Pedro Lupion, presidente da FPA                               Imagem: divulgação

Para o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion, a situação atual já pode ser caracterizada como uma crise que exigirá esforços consideráveis para ser superada. Lupion enfatizou que a resolução dos problemas enfrentados pelo setor demandará tempo e colaboração entre o governo e os representantes do agronegócio.

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De acordo com o deputado federal Sérgio Souza, a atual conjuntura apresenta um cenário complexo, com queda na produtividade e aumento nos preços dos produtos nos supermercados. Souza destacou que o alto custo de produção, influenciado por questões climáticas adversas, tem impactado negativamente os produtores.

O senador Jaime Bagattoli expressou preocupação com a queda de produtividade e ressaltou a ausência de perspectivas de melhoria. Bagattoli alertou para os desafios adicionais que serão enfrentados na segunda safra, afirmando que a situação pode perdurar por mais tempo do que se imagina.

Na reunião, o deputado federal Rodolfo Nogueira anunciou a apresentação de um projeto de lei para a renegociação de dívidas dos produtores rurais (PL 165/2024). A proposta, apensada ao projeto de lei 5122/2023, aguarda análise no Plenário da Câmara dos Deputados e visa oferecer um alívio financeiro aos agricultores afetados pela crise.

Além das discussões sobre a crise enfrentada pelo setor agropecuário, o deputado Arnaldo Jardim, vice-presidente da FPA, apresentou o relatório do PL do Combustível do Futuro (PL 4516/2023). O projeto, que tem apoio integral da frente parlamentar, será tema de debate na próxima reunião da bancada, agendada para a próxima terça-feira (05.03).

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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