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Projetos visam impulsionar a irrigação para mitigar efeitos da seca

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Projetos visam impulsionar a irrigação, como forma de mitigar efeitos das secas anuais. Dois projetos, um desenvolvido em parceria entre Universidade de Mato Grosso, a Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos e a Universidade Federal de Viçosa (UFV) – Minas Gerais – e outro da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) buscam impulsionar a irrigação e aumentar a produtividade agrícola em regiões que tem enfrentado longos períodos de estiagem.

Atualmente, Mato Grosso já é um dos maiores produtores agrícolas do Brasil e tem em vista expandir sua área irrigada, atualmente em 300 mil hectares, para até 3 milhões de hectares. Esse avanço, segundo o projeto, será apoiado por tecnologias inovadoras e a participação dos produtores locais. O estudo sobre os aquíferos subterrâneos sugere que o estado possui potencial para irrigar até 9 milhões de hectares a longo prazo.

Além de aumentar a produtividade, a expansão da irrigação é crucial para enfrentar desafios climáticos, como a seca extrema que o estado tem enfrentado desde 2023, com temperaturas variando entre 37ºC e 41ºC e escassez de chuvas. A obtenção de outorgas para o uso da água dos aquíferos das bacias do Rio das Mortes e do Alto Teles Pires representa um dos maiores desafios para a implementação deste projeto.

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Mato Grosso, que já preserva 62% do seu território e possui cerca de 10 milhões de hectares de pastagem não utilizada, está investindo em tecnologia para atingir uma meta ambiciosa: igualar suas emissões de carbono até 2035. Esse esforço não só antecipará as metas internacionais de 2050, mas também posicionará o estado na vanguarda do agronegócio sustentável no Brasil.

Recentemente a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) deram início a um projeto semelhante, visando a impulsionar a agricultura familiar na região do Centro-Oeste por meio do mapeamento e diagnóstico de áreas propícias para a implementação de sistemas de irrigação.

O objetivo é identificar regiões, nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal, com potencial para a implementação de processos de irrigação, levando em consideração indicadores socioeconômicos. Serão mapeados os tipos de agriculturas por estado, com a quantificação das áreas plantadas, e será sinalizada a melhor técnica de irrigação por região/estado e por tipo de agricultura.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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