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Projeto da Epamig incentiva produção de óleo de abacate em Minas

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Pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), desenvolveram, no Campo Experimental da cidade de Maria da Fé (430km da capital, Belo Horizonte), técnicas de manejo agroindustrial, colheita, pós-colheita e processamento para a produção otimizada de óleo de abacate.

O projeto visa utilizar um maquinário importado originalmente destinado à produção de azeite de oliva na região Sudeste do Brasil, durante o período ocioso, entre o final de janeiro e meados de abril, devido à colheita das azeitonas.

O coordenador do projeto, Luiz Fernando de Oliveira da Silva, explica que a ideia surgiu ao observar o longo período de inatividade das agroindústrias montadas com investimento financeiro considerável para processar azeitonas. Estudos prévios no Chile indicaram a viabilidade de extrair óleo de abacate com o mesmo maquinário.

Essa descoberta beneficia produtores de abacate na região, permitindo-lhes utilizar as agroindústrias durante o período ocioso. Além disso, a extração de óleo de abacate agrega valor ao produto, permitindo sua exposição por um período mais longo nos supermercados.

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O óleo de abacate tem sido utilizado não apenas na culinária, mas também na indústria de cosméticos. A sua produção representa uma oportunidade para diferentes perfis de produtores: aqueles que já produzem azeite de oliva e desejam processar o abacate, os que buscam iniciar investimentos nessa área e os que produzem abacate e pretendem agregar valor ao produto final.

Entretanto, existem desafios para consolidar a cadeia produtiva do óleo de abacate. A ausência de uma legislação específica que caracterize o produto e defina sua nomenclatura adequada é um obstáculo. Além disso, colocar o produto no mercado exige ações promocionais para aumentar a aceitação do óleo de abacate como um produto consumível.

A agroindústria de Maria da Fé foi adaptada para a extração de óleo de abacate e está prevista para ser inaugurada no início do próximo ano, buscando fornecer respostas mais precisas e eficazes aos produtores envolvidos.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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