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Presidente da Conab diz que interfere no mercado para ajudar os produtores

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Em entrevista concedida durante o Show Rural Coopavel, Edegar Pretto, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), discutiu as estratégias da companhia para estabilizar o mercado de grãos no Brasil e oferecer suporte aos agricultores.

Pretto destacou a capacidade da Conab de intervir no mercado agrícola, comprando produtos quando os preços caem abaixo do custo de produção, uma medida que visa proteger a renda dos produtores.

Exemplificando, Pretto lembrou a ação da Conab no último ano com a compra de milho em seis estados, onde os preços estavam baixos. Com um investimento de cerca de R$ 500 milhões, a Conab assegurou a aquisição de quase 400 mil toneladas de milho, mesmo que não tenha alcançado o volume total planejado inicialmente.

Em contrapartida, em regiões onde o preço do milho alcançou R$ 100 por saca, a Conab conseguiu disponibilizar o produto por aproximadamente R$ 60 a saca, um preço ainda considerado superior ao praticado em estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

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Além da intervenção direta nos preços, Pretto mencionou os esforços da Conab em ampliar a capacidade de armazenagem no país, oferecendo aos produtores e cooperativas a opção de utilizar armazéns públicos a preços de mercado.

Essa iniciativa visa não apenas melhorar a logística de armazenamento dos grãos, mas também influenciar positivamente a estabilidade do mercado de proteína animal, reduzindo os custos e favorecendo a estabilidade dos preços ao consumidor.

No que diz respeito à produção de arroz, Pretto apontou para um futuro mais promissor, com um aumento estimado de 5% na área cultivada após uma safra de baixo rendimento.

A Conab, em parceria com a Embrapa, está trabalhando no desenvolvimento de novas variedades de sementes para diversificar as regiões de cultivo do arroz no Brasil, buscando superar os desafios impostos por condições climáticas adversas, como a seca.

Finalmente, Pretto enfatizou a importância de superar o déficit de capacidade de armazenagem no Brasil, projetado em cerca de 125 milhões de toneladas.

A Conab tem planos de recuperar e expandir a infraestrutura de armazenagem em todo o país, com o apoio de estudos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para identificar as áreas mais críticas para intervenção.

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Por meio de uma chamada pública, a Conab já conseguiu reativar 14 unidades armazenadoras e tem planos de expandir esse número, visando melhorar significativamente a logística de armazenamento e distribuição de grãos no país.

Com informações do Canal Rural

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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