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Preços da soja sobem no mercado doméstico diante de desafios na produção brasileira

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Os preços da soja registraram uma elevação animadora na última semana, no mercado doméstico, impulsionados por diversos fatores que impactam a cadeia produtiva. De acordo com análises do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a conjunção de uma demanda internacional robusta, a valorização do dólar em relação ao Real e as crescentes preocupações quanto à produtividade na safra brasileira 2023/24 contribuíram para essa tendência de alta.

As projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam um aumento de 2,3% na área cultivada com a oleaginosa, atingindo 45,1 milhões de hectares. Entretanto, a produtividade pode apresentar uma redução de 5,5%, resultando em uma oferta total de 149,4 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 3,4%.

A Conab estima também que o processamento interno da soja em 2024 alcance 53,4 milhões de toneladas, refletindo um aumento de 2,3%, enquanto as exportações estão previstas para totalizar 94,2 milhões de toneladas, sofrendo uma redução de 7,6%.

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Há, no entanto, indícios de que a oferta de soja possa ser ainda menor do que as estimativas recentes da Conab. Durante uma missão oficial aos Estados Unidos, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, declarou durante um evento do USDA que a safra brasileira de soja poderá ficar abaixo de 145 milhões de toneladas.

Essa previsão representa uma diminuição em relação aos levantamentos oficiais anteriores do governo, mas está distante da projeção mais pessimista da Aprosoja Brasil, entidade que representa os produtores do grão no país, a qual estima uma safra de 135 milhões de toneladas.

Diante desse cenário, o mercado da soja enfrenta desafios consideráveis, com a interação complexa de fatores globais e nacionais que influenciam diretamente os preços e a oferta dessa importante commodity agrícola.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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