NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Preço da arroba do boi faz pecuaristas pedirem socorro à Frente Parlamentar

Publicado em

Com a redução de 21% no preço da arroba do boi gordo em um ano, caindo de R$ 262,25 em maio de 2022 para R$ 205,85 em maio deste ano, os pecuaristas de Mato Grosso, por meio da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), pediram socorro aos membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) da Assembleia Legislativa para minimizar os impactos financeiros no setor.

Dentre as propostas para conter a sangria esta a mudança na maneira como é calculado o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) na comercialização de bovinos. O valor é por cabeça no valor de R$ 53,80, seja boi ou vaca, que tem valores de arroba diferentes.

Além disso, os pecuaristas pediram a ampliação do consumo de carne na merenda escolar, redução do imposto que incide sobre os animais enviados para abate em outros estados e mais recursos dentro do Plano Agrícola voltados para o setor.

De acordo com a Acrimat houve um aumento na oferta de bovinos, impulsionado pelo maior abate de fêmeas e pela terminação dos animais no final do período chuvoso. Em contrapartida, o consumo de carne bovina está em queda e atingiu 24,2 quilos (kg) por pessoa/ano em 2022, o menor volume desde 2004, de acordo com Consultoria Agro do Banco Itaú BBA.

Leia Também:  Flamengo sai na frente, mas acaba empatando na Libertadores

Entre 2005 e 2023, o preço da arroba do boi aumentou 390%. No mesmo intervalo de tempo, o preço da carne bovina aumentou 711% no varejo e na indústria, a valorização foi de 434%. A Acrimat diz que se o preço está chegando mais alto ao consumidor, a culpa não é do pecuarista.

Para o presidente do Instituto do Agronegócio, Isan Rezende, as reivindicações da Acrimat são justas e devem ter o respaldo da FPA, principalmente na questão da revisão do atual modelo de cálculo do Fethab, “como forma de garantir uma carga tributária mais justa e equilibrada para os produtores”.

“A forma como o Fethab é calculado atualmente tem se mostrado desproporcional e prejudicial à rentabilidade do setor, impactando negativamente as propriedades rurais. Os pecuaristas já enfrentam inúmeros desafios, incluindo altos custos de produção, condições climáticas adversas e oscilações no mercado. A carga tributária excessiva, como é o caso do Fethab, coloca ainda mais pressão financeira sobre os produtores, dificultando a sustentabilidade econômica das propriedades e ameaçando a viabilidade do setor pecuário”, comentou Isan.

Leia Também:  Paraná sedia primeiro Simpósio Brasileiro de Ovinocultura

Mato Grosso possui o maior rebanho bovino comercial do país, com aproximadamente 33 milhões de animais. Em 2022, o estado exportou aproximadamente 500 mil toneladas de carne e gerou uma receita de US$ 2,7 bilhões.

Atualmente, o estado possui 108 mil propriedades de produção de bovinos, sendo que 90% possuem até 500 cabeças de animais.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

Published

on

By

Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

Leia Também:  Paolla Oliveira rebola ao som de MC Rene e leva tapinha de Diogo Nogueira: “Socorro!”

Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA