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Porto Cabedelo se destaca na descarbonização do transporte marítimo

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O Porto de Cabedelo, localizado na região metropolitana de João Pessoa, capital da Paraíba, está se destacando na vanguarda da transição para um transporte marítimo mais sustentável.

A iniciativa é liderada pelo Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado da Paraíba (Sindalcool-PB), com o objetivo de introduzir o biocombustível conhecido como e-metanol. Esta alternativa tem ganhado destaque globalmente como uma prioridade no transporte marítimo.

Segundo Edmundo Barbosa, presidente-executivo do Sindalcool-PB, a substituição do óleo pesado e do diesel pelo e-metanol já é uma realidade. Ele destaca que a empresa de navegação Maersk encomendou 100 navios que operarão com esse novo biocombustível, que utiliza CO2 biogênico, derivado da fermentação na produção de etanol, e hidrogênio verde, obtido da reforma química do etanol ou da eletrólise.

Além disso, Barbosa enfatiza a participação do presidente da Companhia Docas da Paraíba, Ricardo Barbosa, em um curso em Valência, na Espanha, focado na descarbonização dos portos. Essa iniciativa demonstra o compromisso do Porto de Cabedelo com a sustentabilidade e a busca por soluções inovadoras no setor marítimo.

O PORTO – Cabedelo também está integrando a Aliança para Descarbonização de Portos Brasileiros, um fórum colaborativo que reúne diversas entidades do setor. Com 49 interessados de 32 organizações e empresas, a Aliança visa acelerar a descarbonização do transporte marítimo no Brasil, promovendo a troca de experiências e informações sem fins comerciais ou taxas de adesão. Esta colaboração representa um passo importante rumo a um futuro mais sustentável para o transporte marítimo no país.

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De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Portuário da Paraíba, o volume total de produtos do agronegócio exportados pelo Porto de Cabedelo em 2023 foi de 1,8 milhão de toneladas.

Os principais produtos exportados foram:

Soja: 1,2 milhão de toneladas
Carne bovina: 300 mil toneladas
Milho: 200 mil toneladas
Farelo de soja: 100 mil toneladas

Os principais destinos das exportações foram China: 50%, União Europeia: 25%, Estados Unidos: 15% w outros 10 para diversos outros países. O valor total das exportações do agronegócio por Cabedelo em 2023 foi de US$ 2,5 bilhões, um aumento de 10% no volume e de 15% no valor das exportações, em relação a 2022.

Este crescimento, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Portuário da Paraíba, foi impulsionado por aumento da demanda global por produtos agrícolas brasileiros, melhoria da infraestrutura logística do Porto de Cabedelo e investimento em novas tecnologias de produção. O agronegócio é um dos setores mais importantes da economia da Paraíba. As exportações do agronegócio geram emprego e renda para a população do estado e contribuem para o desenvolvimento da economia local. O Porto de Cabedelo é o principal porto da Paraíba e um dos mais importantes do Nordeste brasileiro.

ENTENDA – A descarbonização do transporte marítimo é uma prioridade mundial devido ao papel significativo que essa indústria desempenha nas emissões globais de gases de efeito estufa. Reduzir essas emissões é essencial para combater as mudanças climáticas e promover a sustentabilidade ambiental no setor de transporte.

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Para isso é preciso adotar tecnologias e práticas que minimizam ou eliminam a queima de combustíveis fósseis, que são uma das principais fontes de emissões de gases de efeito estufa na indústria naval.

Algumas das estratégias:

  • Utilização de biocombustíveis: Substituir combustíveis fósseis por biocombustíveis, como o e-metanol mencionado na notícia. Estes biocombustíveis são produzidos a partir de fontes renováveis, reduzindo significativamente as emissões de carbono.
  • Adoção de tecnologias de propulsão mais limpas: Investir em tecnologias que reduzem ou eliminam o uso de combustíveis fósseis, como motores elétricos, células de combustível e energia eólica ou solar.
  • Otimização do design dos navios: Projetar navios mais eficientes em termos de combustível, reduzindo o consumo de energia e as emissões associadas.
  • Melhorias operacionais: Implementar práticas operacionais mais eficientes, como otimização de rotas, velocidades de viagem mais eficientes e gestão de carga mais inteligente, para reduzir o consumo de combustível e, consequentemente, as emissões de carbono.
  • Medidas regulatórias e políticas: Estabelecer normas e regulamentações que incentivem ou exijam a adoção de tecnologias mais limpas e práticas mais sustentáveis no transporte marítimo.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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