NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Plantio direto chega aos 50 anos com 32 milhões de hectares plantados no Brasil

Publicado em

Na semana que passou uma data passou quase despercebida pelos agricultores: o Dia Nacional do Plantio Direto (23 de outubro), uma prática agrícola que há 50 anos vem transformando o cenário agropecuário brasileiro. Essa técnica conservacionista trouxe benefícios significativos ao solo e ao meio ambiente, ao mesmo tempo que aumentou a produtividade das culturas.

O plantio direto surgiu como uma solução para os problemas de erosão e degradação do solo, comuns nas práticas tradicionais de cultivo. No Brasil, a técnica foi introduzida em 1974 e, ao longo destes 50 anos, se consolidou como uma das principais metodologias de manejo conservacionista. Hoje, cerca de 32 milhões de hectares utilizam o plantio direto, abrangendo pequenos, médios e grandes produtores, de acordo com a Embrapa Solos, pioneira na pesquisa desta técnica.

Como Funciona  – Diferente das técnicas tradicionais que envolvem a aração e gradagem do solo, o plantio direto consiste em semear diretamente na palha, sem revolver o solo. Semeadeiras especiais abrem sulcos ou covas, garantindo que a semente tenha contato com o solo. A técnica é caracterizada pela cobertura constante do solo com palhada e a prática da rotação de culturas.

Leia Também:  Minas Gerais se torna campeã nacional no consumo de carne suína

Benefícios do Plantio Direto:

  • Redução da erosão do solo
  • Diminuição das plantas daninhas
  • Aumento da matéria orgânica do solo
  • Redução de custos de produção
  • Melhoria no desenvolvimento das plantas
  • Economia de combustíveis

Apesar de suas vantagens, o plantio direto exige paciência, pois é necessário esperar a decomposição dos resquícios da última cultura cultivada antes de aplicar a técnica. O Sistema Plantio Direto (SPD) é a metodologia mais conservacionista para o manejo da terra e não se limita à semeadura direta, mas integra práticas agronômicas que viabilizam a semeadura contínua sem preparo prévio do solo, ano após ano. O SPD se baseia no preparo do solo apenas na linha ou cova de semeadura, na cobertura vegetal permanente e na diversificação de culturas.

O SPD, segundo informações da Embrapa, reduz a necessidade de infraestrutura e força de trabalho humano, diminui o consumo de energia fóssil, combate a erosão e requer menores doses de corretivos e fertilizantes. Além disso, facilita o manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas.

Fonte: Pensar Agro

Leia Também:  Governo Brasileiro vai à Asia tentar ampliar mercado

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

Published

on

By

Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

Leia Também:  Pesquisa mostra que produtores rurais são cada vez mais jovens e ligados em novas tecnologias

Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA