NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Pará investe pesado para tornar o principal corredor de exportação do Brasil

Publicado em

Localizado numa posição privilegiada, bem mais perto das principais regiões altamente produtoras, o porto do Pará quer se tornar o principal corredor de exportação agrícola do país, superando as rotas dos portos de Santos, em São Paulo, e de Paranaguá, no Paraná.

O Estado que tem 3 portos dos 7 que integram o chamado “Arco Norte” (Miritituba, Santarém e Barbacena ) foi responsável, em 2023, por cerca de metade das 193 milhões de toneladas de grãos exportadas pelo paísm foi colhida em lavouras do Centro-Oeste, região que faz divisa com o sul do Pará.

O Pará espera que os R$ 38 bilhões em investimentos em infraestrutura e logística previstos para os quatro anos no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, sejam capazes de criar as condições para que uma fatia cada maior da produção escoe pelos portos do Arco Norte.

Segundo a Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport), 37% dos granéis agrícolas exportados – milho e soja, por exemplo -, passaram pelos nove portos representados pela entidade. Seis ficam no Pará. Há 15 anos, a participação dos portos do Arco Norte era de 14%.

Leia Também:  Mato Grosso deve passar a Argentina na safra 2023, comemora presidente do Instituto do Agronegócio

Caso as obras do PAC saiam do papel, a associação estima que essa participação chegue a 50%. “Seremos o maior corredor porque teremos o menor custo”, afirma Flávio Acatauassú, presidente da Amport, ressaltando que a rota de exportação que passa pelo Pará será composta também por hidrovias, cujo transporte consome metade do combustível do modal ferroviário e 5% do rodoviário.

Para Acatauassú, o novo PAC incorporou a importância do transporte hidroviário e a vocação geográfica do Pará como rota exportadora. Dos 45 projetos de transporte previstos para o Estado, 22 estão ligados a portos e hidrovias.

No rio Tocantins, está prevista a remoção de pedras do fundo do rio – derrocagem – em Itupiranga, a construção de eclusas no trecho próximo à divisa com o Tocantins e sinalização para navegação da foz ao Estado vizinho.

No rio Tapajós, está em estudo um plano de monitoramento do transporte no trecho que vai de Santarém a Itaituba, próximo à BR-163, no Pará. A estrada, que cruza Mato Grosso do Sul e Mato Grosso e vai até Santarém, já é usada para transporte de cargas até o Norte.

Leia Também:  Governo destina R$ 6,8 bilhões para fortalecer safra 2024/25

Portos de cinco municípios paraenses também receberão investimentos. A maior parte dos projetos está ligado a arrendamentos de terminais de carga e descarga de grãos ou minerais, os quais o Pará produz e exporta via Arco Norte. Acatauassú ressalta, porém, que essas cargas só seguem ao exterior após chegarem a portos fluviais via rodovias ou ferrovias.

No caso do Pará, uma ferrovia é considerada essencial: a Ferrogrão. O projeto da estrada de ferro de 933 km ligando Sinop (MT) ao porto paraense de Miritituba surgiu em 2014, formulado por gigante do agro como Bunge e Amaggi.

O Ministério dos Transportes informou que trabalha na atualização do projeto da Ferrogrão em busca de “uma solução que seja ambientalmente sustentável e que atenda às necessidades para o escoamento da produção pelo Arco Norte”. Os estudos da ferrovia, devem ser concluídos em seis meses.

Com informações do Globo Rural

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

Published

on

By

Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

Leia Também:  Safra 24/25 deve ter recordes de produção de soja, milho e algodão

Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA