AGRONEGÓCIO
Nova projeção da Abiove mostra menos soja nos armazéns e mais nos navios
Publicado em
18 de abril de 2025por

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) atualizou nesta quinta-feira (18.04) suas estimativas para a safra de soja de 2025, cortando ligeiramente a projeção de produção, mas elevando a previsão de exportações, impulsionada principalmente pela forte demanda da China. Mesmo com o ajuste negativo, a colheita brasileira continua no maior patamar da história.
De acordo com o novo boletim, a produção de soja foi revisada de 170,9 milhões para 169,6 milhões de toneladas, queda de 0,8% em relação à previsão de março. Ainda assim, o volume representa um crescimento de aproximadamente 10% sobre a safra de 2024, que foi duramente afetada por adversidades climáticas em estados como o Mato Grosso. Em 2024, o Brasil colheu 154,4 milhões de toneladas.
Enquanto a colheita caminha para o encerramento, a Abiove revisou para cima a estimativa de exportação de soja em grão. Agora, o país deverá embarcar 108,5 milhões de toneladas da oleaginosa ao longo de 2025, um recorde histórico e um avanço de 2,3% em relação à projeção anterior (106,1 milhões). Em comparação com 2024, quando foram exportadas 98,8 milhões de toneladas, o crescimento é de cerca de 10%.
A expansão das exportações está diretamente ligada à maior presença da China no mercado brasileiro. Em meio a tensões comerciais com os Estados Unidos, o gigante asiático tem ampliado suas compras no Brasil, beneficiando o escoamento da safra nacional e reduzindo os estoques internos.
Com a demanda aquecida, os estoques finais de soja foram reduzidos de 9,1 milhões para 5,4 milhões de toneladas, o que representa um corte expressivo de 40,6%. Mesmo com esse recuo, o volume ainda está 30,4% acima do registrado ao fim de 2024.
O processamento interno da soja também atingirá níveis recordes, segundo a entidade. A expectativa é de que o Brasil processe 57,5 milhões de toneladas da oleaginosa em 2025, volume 3% superior ao registrado em 2024. A produção de derivados se mantém estável: 44,1 milhões de toneladas de farelo e 11,4 milhões de toneladas de óleo de soja.
A previsão de exportação desses derivados também foi mantida: 23,6 milhões de toneladas de farelo e 1,4 milhão de toneladas de óleo. O consumo doméstico de óleo de soja foi ajustado para baixo, passando de 10,5 para 10,1 milhões de toneladas, reflexo do adiamento da ampliação da mistura obrigatória de biodiesel de 14% para 15%, que estava prevista para março.
Com menor uso interno, os estoques finais de óleo devem atingir 516 mil toneladas, o maior volume desde 2022, quando o setor encerrou o ano com 520 mil toneladas armazenadas. Para o farelo, o consumo interno permanece em 19,5 milhões de toneladas, e o estoque final em 3,58 milhões de toneladas.
Em relação ao fluxo financeiro, mesmo com o aumento no volume exportado, a receita total com as vendas externas do complexo soja (grão, farelo e óleo) deverá cair em 2025, impactada pela desvalorização das commodities no mercado internacional.
A Abiove projeta uma arrecadação de cerca de R$ 306 bilhões, uma leve alta em relação aos R$ 299 bilhões previstos em março, mas abaixo dos R$ 313 bilhões registrados em 2024 e significativamente menor que os R$ 390 bilhões arrecadados em 2023.
A soma total das exportações do complexo soja deve alcançar 133,5 milhões de toneladas em 2025, representando um aumento de 6,3% sobre o ano anterior.
O levantamento da Abiove ainda trouxe dados consolidados do início do ano. Em fevereiro, o esmagamento de soja foi de 3,54 milhões de toneladas, um aumento de 5,2% em relação a janeiro, mas 2,9% inferior ao volume processado em fevereiro de 2024. No acumulado dos dois primeiros meses de 2025, o setor processou 6,9 milhões de toneladas, uma retração de 3% frente ao mesmo período do ano passado.
As importações de soja seguem estimadas em 500 mil toneladas, utilizadas principalmente para atender as regiões Norte e Nordeste do país. No caso do óleo de soja, o volume importado permanece em 100 mil toneladas, número ajustado em março.
A próxima atualização das estimativas da Abiove está prevista para meados de maio, quando os dados da colheita e das exportações do primeiro quadrimestre estarão consolidados. Até lá, o setor segue atento ao comportamento do mercado externo, à volatilidade dos preços e à política internacional, fatores decisivos para os rumos da soja brasileira em 2025.
Fonte: Pensar Agro

AGRONEGÓCIO
Às vésperas da COP30, agronegócio cobra protagonismo e questiona a “Moratória”
Published
15 horas agoon
24 de abril de 2025By

Com a COP30 se aproximando, o setor agropecuário brasileiro busca alinhar o discurso sobre sustentabilidade, enquanto cresce o impasse em torno da Moratória da Soja (saiba mais aqui). Produtores e exportadores ainda divergem sobre o futuro do acordo privado que proíbe a compra de soja produzida em áreas desmatadas da Amazônia após 2008 – mesmo quando em conformidade com a lei.
A Conferência da ONU sobre o Clima de 2025, que será sediada em novembro em Belém (PA), coloca o Brasil no centro das discussões globais sobre meio ambiente. Para o agronegócio, essa é uma oportunidade estratégica de mostrar ao mundo a contribuição do setor para a agenda climática. Mas para isso, é preciso afinar o discurso.
Durante o evento “Rumo à COP30”, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) em São Paulo, lideranças do setor e representantes do governo discutiram os desafios e as oportunidades para o agro na conferência. A principal mensagem foi clara: o Brasil precisa chegar à COP30 com uma posição unificada sobre o papel do campo na sustentabilidade.
O embaixador brasileiro destacou a relevância do agronegócio nas relações bilaterais com os Estados Unidos e afirmou que o setor precisa ser parte central de qualquer tratativa comercial entre os dois países. Ainda assim, evitou antecipar quais segmentos seriam priorizados em uma eventual revisão das tarifas impostas pelos norte-americanos ao aço e ao alumínio brasileiros. André Corrêa do Lago, que preside a COP30, lembrou que a agricultura, nas conferências climáticas, é muitas vezes vista apenas como vítima das mudanças climáticas. “Mas a agricultura também pode ser parte da solução, com práticas que ajudam a capturar carbono e preservar o meio ambiente”, afirmou.
A declaração é vista como uma sinalização de que o governo brasileiro tenta construir um pacote mais amplo de negociações, que pode incluir concessões em áreas sensíveis como a agropecuária. O movimento acendeu um alerta entre lideranças do setor, que já vinham expressando preocupação com o uso recorrente do agronegócio como moeda de troca em acordos internacionais.
MORATÓRIA – O receio é de que o Brasil aceite, por exemplo, novas exigências ambientais ou sanitárias impostas por Washington em troca da redução das tarifas aplicadas ao aço e ao alumínio. Outro ponto que desperta atenção é a possibilidade de o país flexibilizar a entrada de produtos agrícolas norte-americanos sem garantir contrapartidas reais para os produtores brasileiros.

Imagem: assessoria
Para o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende (foto), é inadmissível que o setor seja mais uma vez sacrificado em negociações que não levam em conta o peso do agro na economia brasileira. “O agronegócio responde por mais de 25% do PIB e por mais de 40% das exportações. É ele que sustenta a balança comercial do país. Não podemos aceitar que esse setor estratégico seja usado como moeda de troca para resolver impasses de outras áreas”, afirmou.
Rezende também criticou a falta de diálogo com as entidades representativas do campo antes de se firmarem compromissos internacionais. Segundo ele, “é preciso que o governo ouça quem produz, quem gera emprego no interior do Brasil, quem lida com os desafios reais da produção agropecuária todos os dias”.
Ele avalia que o Brasil precisa agir com firmeza para defender sua competitividade. “As barreiras técnicas e sanitárias impostas por outros países, muitas vezes sem embasamento científico, já dificultam o acesso dos nossos produtos aos mercados internacionais. Se o governo ceder ainda mais, sem garantias concretas de reciprocidade, estará traindo o setor que mais gera divisas para o país”, comentou.
Isan Rezende foi enfático ao rechaçar qualquer tentativa de impor uma legislação estrangeira que se sobreponha à brasileira. Segundo ele, a proposta representa uma afronta ao produtor rural e à soberania nacional.
“Querem nos impor um congelamento de áreas produtivas como se o Brasil fosse o vilão do meio ambiente. Isso é um absurdo. É uma estratégia disfarçada para frear o crescimento do nosso agro e transferir competitividade para os países que já devastaram seus biomas”, afirmou.
O presidente do Instituto do Agronegócio destacou que o Brasil é referência mundial em preservação ambiental e que não há justificativa técnica ou legal para travar a expansão de áreas que já são autorizadas por lei.
“Temos um Código Florestal que é modelo para o mundo. O produtor rural brasileiro já preserva mais do que qualquer outro. Só no Cerrado, temos milhões de hectares em reserva legal e áreas de proteção permanente. Quem defende moratória está, na prática, criminalizando quem cumpre a lei e trabalha para alimentar o mundo”, disse.
Isan também alertou para o impacto social e econômico de uma eventual moratória, especialmente nas regiões mais carentes do país. “Essa política vai atingir diretamente pequenos e médios produtores, impedir a geração de emprego, renda e desenvolvimento em áreas que mais precisam de oportunidades. A verdadeira sustentabilidade precisa equilibrar produção, preservação e progresso. Moratória é retrocesso, é entregar nosso futuro nas mãos de interesses estrangeiros”, concluiu.
Para o ex-diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, o Brasil corre o risco de perder uma oportunidade estratégica. “Se não mostrarmos ao mundo como o agro brasileiro está fazendo a diferença, essa chance será desperdiçada”, alertou. Ele também chamou atenção para a tendência, nas últimas COPs, de se colocar o agronegócio como vilão das mudanças climáticas, desconsiderando as características da agricultura tropical e dos países em desenvolvimento.
André Dobashi, presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, reforçou que e a CNA é contra qualquer conciliação em torno da Moratória. “Compreendemos que a Moratória é completamente ilícita”, disse na audiência. Para ele disse a legislação européia ignora a lei vigente no Brasil e penaliza os produtores que respeitam o Código Floresta.
“A Moratória não conseguiu impedir desmatamento ilegal. Ela criminaliza o produtor, afasta investimentos, concentra mercados na mão de poucos exportadores, agrava desigualdades regionais. Os municípios são sufocados economicamente por um instrumento sem respaldo no ordenamento jurídico brasileiro”, completou.
Já o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues destacou a necessidade de um discurso único. “A divergência interna atrapalha. Se queremos ser ouvidos, precisamos falar a mesma língua. E isso tem que chegar ao governo”.
Em dezembro do ano passado, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma liminar que suspendeu os efeitos da lei de Mato Grosso, que havia sido aprovada para retirar benefícios fiscais de empresas envolvidas em acordos privados que impõem restrições a produtores rurais. A medida é vista como um entrave direto à Moratória da Soja no estado.
A decisão foi tomada no âmbito de uma das duas ações diretas de inconstitucionalidade apresentadas ao STF, que envolvem também uma legislação semelhante aprovada em Rondônia. Ambas as leis praticamente inviabilizam a continuidade da Moratória da Soja nessas regiões. O Supremo ainda busca uma solução conciliatória para o impasse, mas não há previsão de quando o julgamento será concluído.
As próximas semanas serão decisivas. Enquanto o governo brasileiro tenta avançar nas tratativas visando a COP 30, o agronegócio acompanha com atenção os movimentos diplomáticos. O temor é que, mais uma vez, o setor produtivo acabe pagando a conta de acordos que, ao invés de impulsionar o desenvolvimento, ampliam ainda mais a insegurança no campo.
Fonte: Pensar Agro

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