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Mudanças climáticas podem reduzir produção de grãos no Cerrado, alerta Embrapa

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Um estudo da Embrapa e da Universidade de Brasília (UnB) indica que as mudanças climáticas podem ter um impacto significativo na produção de grãos no Cerrado. O estudo, publicado na revista Agriculture, Ecosystems & Environment, simula o impacto do aumento da temperatura nas emissões de óxido nitroso (N2O), na produção de biomassa e no rendimento de grãos de soja e milho.

O estudo prevê que as emissões de N2O, um gás de efeito estufa com alto potencial de aquecimento global, aumentarão significativamente nas próximas décadas. O aumento das emissões será mais intenso nos sistemas de manejo do solo convencionais, com preparo do solo e uso de fertilizantes nitrogenados.

A pesquisa também indica que a produção de biomassa e o rendimento de grãos de soja e milho podem diminuir com o aumento da temperatura. Essa redução será mais significativa na última década do período simulado (2061-2070).

O estudo destaca que o sistema plantio direto, que se caracteriza pela não perturbação do solo e pela presença de plantas de cobertura, é mais resiliente às mudanças climáticas. O plantio direto apresenta menor emissão de N2O e maior produtividade de grãos em comparação ao sistema convencional.

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Os resultados do estudo são preocupantes para o agronegócio brasileiro, pois o Cerrado é responsável por grande parte da produção de grãos do país. As mudanças climáticas podem levar à redução da produtividade e à necessidade de adoção de medidas para mitigar as emissões de gases de efeito estufa.

Os pesquisadores recomendam a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis, como o plantio direto, a rotação de culturas e a utilização de adubos verdes. Essas práticas podem ajudar a reduzir as emissões de N2O, aumentar a produtividade e tornar o agronegócio brasileiro mais resiliente às mudanças climáticas.

O estudo da Embrapa e da UnB é importante para fornecer informações sobre os impactos das mudanças climáticas na agricultura brasileira. Os resultados da pesquisa podem ser utilizados para o desenvolvimento de políticas públicas e para a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Embrapa lança quinta bioinseticida com 85% de eficácia no controle da lagarta

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A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) desenvolveu um novo bioinseticida, o Virumix, a partir de um baculovírus isolado e específico, que demonstrou eficácia de 85% no controle da lagarta-do-cartucho, uma das principais pragas que afetam a produção agrícola no Brasil. O lançamento do produto acontecerá nesta quinta-feiran(03.04) na unidade da Comdeagro em Sorriso (MT), onde também será inaugurada uma biofábrica responsável pela produção em escala.

O Virumix foi desenvolvido em parceria com o Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt) e a Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (Comdeagro). O bioinseticida age de maneira específica no intestino da lagarta, promovendo a sua destruição quando a praga ingere a substância presente nas plantas tratadas. A eficácia do produto depende de sua aplicação no momento correto, especialmente quando as lagartas ainda estão em fase inicial, com até 1 centímetro de comprimento, para garantir um controle mais efetivo.

A recomendação de aplicação é de 50 gramas por hectare, com uma calda que deve ter entre 90 e 120 litros de água, além de um espalhante para garantir uma distribuição eficiente do produto nas plantas. O tempo de viabilidade do produto após a aplicação é de aproximadamente 10 dias, sendo que a frequência das pulverizações dependerá das condições climáticas, como a temperatura e a umidade, que podem influenciar na duração da eficácia.

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A Comdeagro, responsável pela distribuição do Virumix, também se prepara para expandir as vendas do bioinseticida para outras regiões do país. Inicialmente, o produto será comercializado em embalagens de 2 quilos, suficientes para tratar 40 hectares de área. A expectativa é que, no futuro, embalagens menores também sejam oferecidas para atender a demandas específicas de pequenos produtores.

A lagarta-do-cartucho é um dos maiores problemas enfrentados pelos produtores brasileiros, especialmente no milho, onde pode causar perdas de produtividade que variam entre 30% e 40%. O desenvolvimento do Virumix representa um avanço importante no combate a essa praga, oferecendo uma alternativa eficiente e sustentável para os produtores rurais do Brasil.

Fonte: Pensar Agro

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