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Movimentação recorde de açúcar nos portos brasileiros

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Após um período de desaceleração, a movimentação de açúcar nos portos brasileiros voltou a se intensificar nas últimas semanas. Dados recentes do Datagro mostram que, na terceira semana de julho, as nomeações para embarques aumentaram significativamente, com um volume 38% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Os principais destinos das exportações brasileiras de açúcar continuam a ser a Argélia, os Emirados Árabes Unidos e o Egito.

No entanto, o aumento no ritmo de embarques também trouxe à tona desafios logísticos. De acordo com a Daagro, o tempo de espera para atracação nos terminais açucareiros do porto de Santos tem se prolongado, ultrapassando 20 dias. Este atraso é atribuído a uma combinação de fatores, incluindo incidentes operacionais, períodos de manutenção e chuvas recentes que afetaram o litoral paulista.

Em termos de produção, o início da safra 2024/25 no Centro-Sul do Brasil tem sido promissor, com um aumento de 11% no volume de cana-de-açúcar moído entre abril e junho em comparação com o ano passado. A produção de açúcar acumulada até o momento está 12% acima do registrado no mesmo período da safra 2023/24, somando 7,8 milhões de toneladas. A produção de etanol também cresceu, alcançando 6,5 bilhões de litros, o que representa um aumento de 10,5%.

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Apesar desses avanços, o relatório aponta preocupações em relação à qualidade da cana na segunda quinzena de maio, que mostrou uma redução no nível de sacarose. A qualidade inferior resultou em uma menor produção de açúcar, com 2,7 milhões de toneladas, 8% abaixo do ano anterior.

O clima tem sido um fator crucial, com chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas impactando a produtividade agrícola. A produtividade média projetada para a safra 2024/25 é estimada em 79,9 toneladas por hectare, 8% menor que a safra anterior, com uma moagem total esperada de 615 milhões de toneladas de cana, uma queda de 6%.

A produção de açúcar deve se manter próxima à capacidade máxima da indústria, com uma previsão de 50,8% de açúcar na mistura, embora a produção total de açúcar esteja projetada para cair 2,5%, atingindo 41,4 milhões de toneladas. Em contraste, a produção de etanol de milho está projetada para crescer 18%, alcançando 7,4 bilhões de litros.
Tendências Futuras

A atual recuperação nas exportações de açúcar sugere a possibilidade de um recorde para o mês de julho, sublinhando a capacidade do Brasil de atender à demanda internacional. No entanto, o setor sucroalcooleiro enfrenta desafios contínuos devido às condições climáticas e logísticas, exigindo monitoramento constante e ajustes nas estratégias de produção e exportação.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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