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Ministro quer alinhamento do agronegócio para o Acordo do Clima na COP28 de Paris

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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro destacou a importância de se ter o alinhamento entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), CNA e o Congresso Nacional em relação a agropecuária brasileira e os produtores rurais.

Favaro abriu, na manhã desta quarta-feira (25.10), a conferência “Pré COP-28 Agropecuária Brasileira no Acordo de Paris”, realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.

“Sabemos da nossa responsabilidade e de como os nossos produtores são responsáveis. Não serão retóricas e falácias que serão implementadas de preservação ambiental, embargos econômicos e dificuldades, sob o pretexto de práticas sustentáveis, pois eles (produtores) já produzem de forma sustentável com respeito ao meio ambiente”, salientou o ministro.

O evento reuniu ainda autoridades, parlamentares e representantes do Governo Federal com objetivo de entregar o posicionamento do setor agropecuário frente à Conferência das Partes Sobre o Clima (COP-28) aos negociadores e apresentá-lo à sociedade brasileira.

Para o presidente da CNA, João Martins, o exercício pleno do potencial brasileiro para cumprir uma das metas mais ambiciosas de redução das emissões exige a definição de uma estratégia clara e transparente que concilie segurança alimentar energética à segurança climática.

“O reconhecimento da agropecuária como base do esforço de adaptação e mitigação encontra no Brasil o modelo de eficiência sendo parte imprescindível ao alcance das metas assumidas junto ao acordo do clima”, disse.

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Martins ainda reafirmou o compromisso com a redução das emissões de gases de efeito estufa garantindo a eficiência produtiva do agro baseada na inovação, na ciência, na tecnologia, na preservação e na sustentabilidade, buscando ações de reconhecimento e incentivo compatível com a grandeza da agropecuária brasileira.

Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion defendeu que os produtores rurais são os maiores defensores da preservação das propriedades, pois preservam a terra, o clima e a água. “Precisamos valorizar o código florestal, reconhecer as boas práticas dos nossos produtores, saber que a nossa agropecuária está cada dia mais moderna, investindo mais em tecnologia e buscando mais inovações que facilitem a produção porque os produtores precisam”, disse.

O embaixador extraordinário para Mudança do Clima, Luiz Alberto Figueiredo, ressaltou que a agropecuária não é só importante para os produtores, mas também para a vida de todos. “Quando se trata de mudança do clima, a agropecuária é um agente no sentido de emissões e captura de gases de efeito estufa, mas ela é uma vítima da mudança do clima que nós já estamos testemunhamos, isso demonstra a enorme importância do setor para esse tema”, completou.

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Ao final do evento, os participantes da mesa receberam o documento oficial de posicionamento do setor agropecuário para fornecer subsídios durante as plenárias da COP 28.

O documento traz os temas centrais das negociações na COP28, entre eles o trabalho conjunto sobre implementação de ação climática no âmbito da agricultura e segurança alimentar e mercado de carbono por meio de abordagens cooperativas entre países no âmbito do acordo de Paris.

Também fizeram parte da mesa de abertura a senadora Tereza Cristina e a secretária Nacional de Mudança do Clima do MMA, Ana Toni.

COP-28

A Conferência das Partes (COP) na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC) é uma cimeira internacional sobre o clima, que se realiza anualmente, a menos que as Partes (os países envolvidos) decidam de outra forma. Nas COP, os líderes mundiais se reúnem para trabalhar em conjunto nas soluções para enfrentar as alterações climáticas. Existem agora 198 Partes (197 países mais a União Europeia) na Convenção, constituindo uma adesão quase universal. Neste ano, a COP28 Emirados Árabes Unidos acontecerá de 30 de novembro a 12 de dezembro na Expo City em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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