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Minas Gerais produz 70% dos peixes ornamentais do País

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Em Minas Gerais, a produção de peixes ornamentais se destaca como uma atividade econômica significativa, com o estado respondendo por aproximadamente 70% da produção nacional.

Essa atividade se concentra principalmente na região da Zona da Mata, especificamente em oito municípios ao redor de Muriaé, onde não apenas representa uma fonte de renda para cerca de 400 famílias envolvidas na agricultura familiar, mas também movimenta mais de R$ 10 milhões anualmente.

A criação de peixes ornamentais exige menos esforço do que a criação de bovinos de leite, por exemplo, e oferece um retorno financeiro rápido, com margem de lucro de até 60%, além de necessitar de um espaço comparativamente menor, com produções viáveis em áreas de apenas mil quadrados. Essa característica, somada ao baixo investimento inicial e ao retorno financeiro atraente, faz desta uma opção economicamente viável e promissora para pequenos produtores.

O setor não só é fonte de renda, mas também de inovação e desenvolvimento sustentável, com produtores investindo em infraestrutura e tecnologia para otimizar a produção. A atividade, que começou com estruturas simples, hoje avança para estufas altamente tecnificadas, ampliando o potencial de crescimento e rentabilidade.

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A região de Patrocínio do Muriaé é especialmente reconhecida como a capital nacional do peixe betta, mas a diversidade de espécies cultivadas é ampla, abrangendo também o acará, guppy e colisa.

Um estudo realizado pelo Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais, campus Muriaé, revelou a magnitude deste polo produtivo, identificando 225 propriedades dedicadas à piscicultura ornamental.

Reconhecendo a importância estratégica da cadeia produtiva dos peixes ornamentais para a economia local e o desenvolvimento regional, o Governo de Minas Gerais tem iniciado movimentos para oferecer suporte específico ao setor.

Iniciativas como a visita técnica realizada em 2023 pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e instituições afiliadas visam estabelecer uma legislação própria para a atividade, destacando-se das normativas aplicadas à produção de peixes de corte.

Este esforço conjunto busca não apenas regulamentar, mas também promover e expandir um setor vital para a economia mineira e a biodiversidade aquática brasileira.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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