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Minas desenvolve novo sistema de gestão agropecuária com inteligência artificial

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O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão ligado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, está colaborando com a Universidade Federal de Lavras para criar um sistema de gestão agropecuária inovador. Este novo software, que está sendo desenvolvido em substituição ao atual Sindagro, incorporará tecnologia de inteligência artificial e aproveitará dados provenientes de várias instituições estaduais e federais.

O sistema tem como foco principal o trânsito de produtos agropecuários em Minas Gerais. O novo software vai mapear as estradas com o maior fluxo de trânsito de animais e vegetais.

Melhorar a gestão da agropecuária em Minas Gerais.
Aumentar a eficiência da fiscalização.
Reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Funcionalidades:

Monitoramento em tempo real das atividades agropecuárias.
Análise de dados para identificar riscos e oportunidades.
Gestão de licenças e autorizações.
Emissão de guias e documentos.
Comunicação direta com os produtores rurais.

O software vai usar informações de câmeras de reconhecimento óptico de caracteres (OCR), que identificam placas de veículos que transportam produtos agropecuários, além de mapear as estradas do Estado, inclusive as que não são pavimentadas. O Estado conta hoje com 3 mil câmeras, pertencentes à Polícia Rodoviária Federal e à Polícia Militar.

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O sistema também vai analisar a densidade de animais em uma propriedade, comparando com a sua extensão de terras. Além disso, vai utilizar modelagem epidêmica para identificar propriedades com maior potencial disseminador de doenças, tendo como base os dados da guia de trânsito animal (GTA).

Segundo o IMA, o sistema atual tem informações apenas da origem e do destino da carga. Mas, durante o trajeto, o veículo pode passar por outras propriedades e caminhos. O novo sistema vai identificar o trajeto real da carga, monitorando as estradas.

Com a nova tecnologia, acrescentou o IMA, será possível, por exemplo, saber se uma carga tem documentação sanitária e se está legalizada. O novo software será composto ainda por informações do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

“Com as informações do CAR poderemos trabalhar com polígonos. Dessa forma, será possível avaliar a densidade de animais em relação ao tamanho de determinada propriedade”, afirmou em nota Denis Cardoso, doutor em análise de redes complexas e médico veterinário do IMA.

MÓDULOS – Batizado como Novo Sidagro, o sistema é composto por seis módulos. Após a reestruturação do software atual, o próximo dado é montar um banco de dados para subsidiar a tomada de decisões a partir da identificação de padrões.

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Outras etapas incluem o desenvolvimento de módulos com informações sobre os laboratórios do IMA, controle de brucelose e tuberculose e controle do comércio e uso de agrotóxicos.

A expectativa é que o sistema, quando estiver pronto, atue de forma preditiva, oferecendo sugestões de ação aos técnicos do IMA. A previsão do desenvolvimento é de três anos.

Com informações da agenciaminas.mg.gov.br

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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