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Milho com preços em queda. Ruim para o produtor, bom para o pecuarista

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A queda no preço do milho – em um mês e meio, os preços saíram de R$ 65 para R$38 a saca – está preocupando os produtores de milho e,  ao mesmo tempo, animando quem trabalha com  a engorda de gado no sistema de confinamento.

Isso quer dizer que tanto uma atividade, quanto a outra requer um correto planejamento para gerar boa lucratividade. Como o milho representa, em média, 80% no consumo do animal, o preço menor significa que, no segundo semestre, quando tradicionalmente o confinamento é potencializado, a situação do pecuarista será positiva, porém, merece cautela e uma atenção no planejamento estratégico a ser trabalhado.

Isso porque, uma maior oferta de boi gordo pode “inflar” o mercado e, consequentemente, acabar desvalorizando o produto, inclusive, da mesma forma como aconteceu com o milho. Além do milho barato, a compra de animais “magros” para serem engordados também está beneficiando a atividade.

Os especialistas apontam a possibilidade de se conseguir um lucro de 30% – ou mais – com um bom planejamento, mas alertam para a tendência de queda nos preços ao consumidor, por excesso de produção, mesmo a pecuária mato-grossense sendo fortemente ligada à exportação.

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Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam que a exportação de carne bovina mato-grossense atingiu o maior patamar da série histórica em 2022. O montante representa cerca de US$ 183,69 bilhões, 59,31% a mais em relação ao ano anterior.

A China é a maior importadora do produto, comprando cerca de 64,12% de toda produção. A relação chegou a ser estremecida no início de 2023 com o caso da vaca louca registrado no Brasil, mas o embargo foi suspenso após análises comprovarem que se tratava de um “caso atípico.

MILHO – Enquanto uns comemoram, outros… A desvalorização do cereal em mais de 15% nos últimos meses tem deixado os produtores apreensivos quanto a rentabilidade da safra.

Levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revelam que 33,74% da produção estimada em mais de 46 milhões de toneladas havia sido comercializada até março. O volume é 20,78 pontos percentuais inferior aos 54,52% vendidos antecipadamente até o mês o ano passado.

A queda vista no preço do cereal nos últimos meses surpreendeu o setor produtivo. Porém, os especialistas acreditam que volte a subir diante a quebra de safra na Argentina e na região sul do Brasil em decorrência da seca.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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