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Mais um capítulo: Conab destitui o diretor responsável pelo leilão

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O Conselho de Administração (Consad) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) decidiu destituir Thiago José dos Santos do cargo (foto) de diretor de Operações e Abastecimento em uma reunião extraordinária realizada nesta terça-feira (25/6).

A diretoria, que Santos liderava, é responsável pela elaboração do edital do leilão para compra pública de arroz importado e pela operacionalização do pregão, que foi anulado pelo governo após suspeitas de irregularidades nas empresas participantes.

Sílvio Porto, diretor de Política Agrícola e Informações, acumulará o cargo de forma interina. A Conab deverá publicar uma nota oficial em breve sobre a decisão tomada.

Durante o fim de semana, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, declarou que a saída do diretor dependia de uma decisão do Ministério do Desenvolvimento Agrário, ao qual a Conab é vinculada. Em seguida, o ministro Paulo Teixeira informou que faria a indicação da exoneração de Santos ao Consad e que o tema já estava “resolvido” dentro do governo.

Thiago dos Santos foi uma indicação de Neri Geller, ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, que também foi demitido por Fávaro após o episódio do leilão.

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Nas redes sociais, o ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), criticou a destituição de Santos, interpretando-a como um atestado de culpa do governo no caso do pregão para compra de arroz importado.

“Se o governo Lula acha que demitir o diretor responsável pela operação do leilão do arroz afasta as suspeitas de corrupção, está equivocado. Ao contrário, faz uma confissão de culpa. Essa maracutaia certamente é muito maior do que se imagina e tem mais gente envolvida”, escreveu Moreira.

A situação levanta questionamentos sobre a transparência e a integridade das operações da Conab, aumentando a pressão sobre o governo para esclarecer os detalhes do caso e tomar medidas que assegurem a lisura dos processos futuros.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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