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AGRONEGÓCIO

Lideranças reagem com indignação ao veto de projeto que prorrogaria dívidas de produtores

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O veto ao Projeto de Lei 397/2024, que previa a prorrogação do pagamento de financiamentos rurais em regiões afetadas por desastres climáticos, gerou uma forte reação da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). A proposta, que suspenderia o pagamento das dívidas por até quatro anos em casos de calamidade pública ou emergência, era vista como uma medida essencial para garantir a sobrevivência financeira dos produtores rurais.

Parlamentares ligados ao agronegócio criticaram duramente a decisão, destacando que ela ignora a realidade dos produtores que enfrentam eventos climáticos extremos. A deputada Marussa Boldrin (MDB-GO), relatora do projeto, destacou o impacto negativo da medida: “Vetaram um socorro aos produtores que mais precisam. Quando o campo pede ajuda, é esquecido pelo governo”.

Isan Rezende, presidente do IA

Setor agropecuário mobilizadoO presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende, também expressou sua insatisfação com o veto, afirmando que a decisão coloca em risco a sustentabilidade do setor.

“Os produtores rurais estão sofrendo com as perdas causadas por secas e enchentes. O veto a esse projeto é um duro golpe para o agronegócio, que precisa de apoio em momentos de crise climática”, disse Rezende.

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Ele ainda destacou que muitos produtores perderam safras inteiras e estavam contando com essa prorrogação para manter suas operações em funcionamento.

“O agronegócio é responsável por uma grande parte da economia brasileira, e, sem o suporte necessário, muitos produtores simplesmente não vão conseguir se reerguer. Não estamos pedindo perdão de dívidas, apenas a prorrogação para quem foi duramente afetado por desastres naturais. É uma questão de sobrevivência para milhares de famílias no campo”, completou.

Mobilização para derrubar o vetoO deputado Alceu Moreira (MDB-RS) reforçou a necessidade de articular a derrubada do veto no Congresso. Segundo ele, a bancada ruralista está mobilizada para reverter a decisão: “Esse veto demonstra o desprezo pelo sofrimento do produtor rural. Vamos lutar com toda a força para que esse projeto seja aprovado e os produtores tenham o fôlego que precisam”, afirmou.

Outro parlamentar que se posicionou fortemente foi o senador Alan Rick (União-AC), que lembrou dos desastres que atingiram o Acre recentemente: “Muitos produtores perderam tudo e agora enfrentam dificuldades extremas. Não oferecer a eles a possibilidade de prorrogar suas dívidas é empurrá-los para a falência. Vamos trabalhar para derrubar esse veto e garantir a sobrevivência dessas famílias”.

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A expectativa é que a FPA se movimente rapidamente para pressionar o Congresso a reverter o veto, considerando a urgência do apoio aos produtores afetados. O projeto contemplava a suspensão dos pagamentos de financiamentos ligados a programas como Pronaf, Pronamp e Inovagro, e beneficiaria produtores de todo o país que enfrentam crises climáticas severas.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Porto Nacional lidera exportações e movimenta R$ 197 milhões

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Porto Nacional, no Tocantins, começou 2025 reafirmando seu protagonismo no comércio exterior. Nos dois primeiros meses do ano, o município somou cerca de R$ 197 milhões em exportações, segundo dados da plataforma Comex Stat, do governo federal. Esse desempenho coloca a cidade na liderança entre os municípios tocantinenses que mais venderam para fora do país. Em segundo lugar aparece Almas, com aproximadamente R$ 181 milhões.

Grande parte desse montante veio da força do agronegócio local. O destaque ficou por conta da exportação de subprodutos da soja: as tortas e resíduos sólidos resultantes da extração de óleo, que renderam R$ 109 milhões com o envio de 47,8 mil toneladas. Já a soja in natura gerou aproximadamente R$ 67 milhões em vendas externas, com um volume de 18,7 mil toneladas embarcadas. Legumes de vagem também contribuíram significativamente, com R$ 19 milhões gerados pela exportação de 3,73 mil toneladas. O milho teve participação menor, respondendo por menos de 1% do total exportado no período.

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Para o secretário municipal de Agricultura e Pecuária, Fernando Wild, os números confirmam o bom momento do campo portuense. “A força do agro em Porto Nacional está consolidada. Trabalhamos intensamente para melhorar a infraestrutura rural, com ações como a manutenção de estradas, construção de pontes e apoio logístico. Ao mesmo tempo, apoiamos os pequenos produtores com assistência técnica, insumos, melhorias nas feiras e incentivo à comercialização. O resultado está aí, com recordes atrás de recordes”, afirmou o secretário.

Ao todo, 13 países compraram produtos portuenses neste início de ano. A Itália liderou a lista dos compradores, com importações no valor de aproximadamente R$ 45,6 milhões, seguida de perto pela China (R$ 43,6 milhões) e pela Eslovênia (R$ 37,3 milhões). Outros destinos importantes foram Paquistão, Índia, Alemanha, França e Marrocos. As vendas também chegaram a mercados menores, como Argélia, Egito, Tailândia, Paraguai e até os Estados Unidos, ainda que com volumes simbólicos.

A expectativa para o restante de 2025 é de crescimento ainda mais expressivo. Segundo projeções da Secretaria, há centenas de milhares de toneladas de soja prontas para embarcar nos próximos meses, principalmente com destino à China, principal parceira comercial do município. Só nos últimos três anos, Porto Nacional exportou 2,3 milhões de toneladas da oleaginosa, gerando quase R$ 708 milhões em receita (considerando o dólar a R$ 5,90).

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Com base nos atuais indicadores e no potencial de escoamento da safra, o município se posiciona como um verdadeiro polo do agronegócio tocantinense, com perspectivas animadoras para o restante do ano.

Fonte: Pensar Agro

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