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Governo Brasileiro vai à Asia tentar ampliar mercado

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Uma delegação do governo brasileiro, liderada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, partiu rumo à Ásia na sexta-feira (27.10), visando remover obstáculos que afetam o fluxo de negócios entre os frigoríficos brasileiros e os importadores indonésios.

Embora o mercado esteja oficialmente aberto, um acordo comercial estabelece que as compras de carne bovina brasileira devem ser realizadas por uma empresa estatal da Indonésia, com uma taxação próxima de US$ 500 por tonelada.

Essa medida é aplicada exclusivamente ao Brasil e tem prejudicado as transações comerciais, como explicou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa.

“Vamos buscar um tratamento igualitário em relação a outros países exportadores, como a Austrália, que não está sujeita a essa taxa de vendas. Essa taxa torna as exportações de carne bovina para a Indonésia inviáveis”, explicou Perosa.

A abertura efetiva do mercado indonésio ocorreu no início deste ano, embora a taxação já estivesse prevista em negociações anteriores. Em março, o governo indonésio anunciou uma cota de 100 mil toneladas de carne bovina brasileira certificada como halal, de acordo com as leis islâmicas do país asiático. Essa cota é destinada à empresa PT. Berdikari, que pertence à Bumn Food, a holding alimentícia do governo indonésio com sede em Jacarta.

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Um representante da indústria nacional confirmou o desinteresse das fábricas em negociar com o país asiático devido à taxa e ao preço oferecido nas negociações, que fica abaixo de outros mercados. Como resultado, ainda não houve exportação de carne bovina para a Indonésia.

Na missão à Indonésia, o setor espera que a delegação avance na habilitação de outros frigoríficos. De acordo com o sistema do Ministério da Agricultura, 21 unidades estão autorizadas a exportar carne bovina in natura para a Indonésia.

Além disso, no país asiático, a missão brasileira também buscará aumentar o número de plantas autorizadas para exportação de gado vivo e avançar nas negociações para a abertura do mercado de carne de frango.

A primeira tentativa será apresentar a possibilidade de exportação de miúdos de aves. Posteriormente, a comitiva viajará para a Índia, onde participará de um evento em Nova Déli com dezenas de empresários para explorar oportunidades de ampliação dos mercados para produtos brasileiros.

Roberto Perosa destacou as oportunidades no setor de “pulses” (lentilhas, ervilhas, grão-de-bico, entre outros), que dependem de estímulos de preço para impulsionar o aumento da produção nacional. Ele ressaltou: “A Índia é uma nova fronteira global, com a maior população do mundo, mas ainda enfrenta muitas barreiras comerciais, como taxas em nossa exportação de frango inteiro, e é nisso que vamos trabalhar para progredir.”

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Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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