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Goiás e Tocantins se destacam em competitividade no agronegócio, Sul lidera em infraestrutura

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No novo levantamento do Ranking de Competitividade dos Estados de 2024, divulgado na semana que passou, Goiás e Tocantins surgem como dois dos estados com maior potencial de mercado no Brasil. A pesquisa, desenvolvida pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em colaboração com Seall e Tendências Consultoria, avalia os estados brasileiros em uma série de critérios, incluindo infraestrutura, eficiência da máquina pública, e potencial de mercado, com foco em estimular a criação de políticas públicas eficazes.

O estudo, que abrange dez pilares temáticos, mostra que São Paulo se manteve na liderança nacional pelo desempenho consolidado em sustentabilidade ambiental, segurança pública, e educação. No entanto, é a região Sul – com Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – que apresenta maior destaque em termos de infraestrutura e segurança pública, ocupando três das cinco primeiras posições. Esses estados registram também alto desempenho em inovação e solidez fiscal, evidenciando sua competitividade em múltiplos setores e a força de suas economias regionais.

Agronegócio e industrialização – Goiás e Tocantins, localizados na região Centro-Oeste, têm se beneficiado amplamente da expansão do agronegócio e de um cenário favorável à industrialização. Goiás, especialmente, combina os avanços na produção agrícola com o crescimento do setor industrial, o que oferece estabilidade econômica mesmo em períodos de menor atividade no campo. Esse dinamismo tem ajudado o estado a diversificar sua economia e criar uma base sólida para o crescimento de longo prazo, apoiado por um mercado de crédito em expansão.

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Tocantins, por sua vez, embora na região Norte, se conecta estrategicamente ao Centro-Oeste, beneficiando-se da proximidade com grandes produtores agropecuários e de uma economia em ascensão. O estado conta com políticas que promovem a expansão do setor rural, aproveitando o ambiente favorável à agricultura e pecuária para expandir suas atividades e contribuir para o crescimento econômico regional.

Fundos – Em Goiás, o Fundo Estadual de Infraestrutura se destaca como um mecanismo de apoio importante para o agronegócio. Esse fundo é alimentado por contribuições dos produtores e destina-se à melhoria da logística no estado, em especial nas estradas que facilitam o escoamento da produção agrícola. A cobrança, baseada no tipo de produto, pode chegar a 1,65% para itens como soja e minérios, e está vinculada ao uso de benefícios fiscais, como isenções e incentivos relacionados ao ICMS.

Marcelo Guaritá, da Sociedade Rural Brasileira, afirma que o fundo atua como um “condicionante” para o aproveitamento de incentivos fiscais, garantindo que os recursos arrecadados sejam utilizados em melhorias estruturais para o setor. A contribuição também ajuda a reduzir custos de transporte, promovendo mais eficiência e competitividade ao agro goiano.

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Perspectivas – Tadeu Barros, diretor-presidente do CLP, reforça que o Ranking de Competitividade é uma ferramenta estratégica para que os gestores estaduais possam tomar decisões embasadas e orientar políticas que tragam retorno direto para a população. Segundo Barros, o ranking é essencial não só para a formulação de políticas públicas eficazes, mas também para estimular o envolvimento da sociedade civil e do setor privado na fiscalização e avaliação das gestões.

“Este ranking permite que líderes públicos identifiquem prioridades e monitorem o impacto de suas ações, além de dar ao setor privado uma referência confiável para direcionar investimentos, considerando aspectos como infraestrutura e potencial econômico”, explica.

Sul – O ranking também coloca a região Sul em evidência. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que tradicionalmente registram boas classificações, continuam sendo referências em segurança, infraestrutura e eficiência da máquina pública. Esses fatores tornam a região um atrativo para investimentos, favorecendo seu desenvolvimento econômico.

O levantamento mostra que estados com economias diversificadas e estruturadas em pilares sólidos de competitividade têm mais chances de manter um crescimento estável e sustentável. Essa constatação reflete o compromisso dos estados mais bem posicionados em adotar práticas de governança moderna e responsável, beneficiando suas populações e se tornando modelos para outras regiões do país.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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