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AGRONEGÓCIO

Fórum de TI discute os desafios da transformação digital

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Organizado pela Ocepar, OCB e Coopavel, o Fórum de TI das cooperativas do Paraná e Gov BR Show reuniu um grupo qualitativo de brasileiros e paraguaios na Arena Hackathon, do Show Rural Digital, para discutir sobre liderança e transformação digital do cooperativismo. Em dois dias, os participantes trafegaram em assuntos como liderança, transformação digital e Cyber segurança.

Nesta quarta-feira (07) o painel sobre “Transformação Digital no Cooperativismo” foi mediado por Rogério Aver, da Coopavel, e teve como debatedores Emerson Zanoti (Integrada), Thiago Algeri (Frimesa), Saul Kirienco (Lar). Fernando Zamai (Cisco) falou sobre o tema “Protegendo o Agronegócio na era digital”.

Os representantes das cooperativas abordaram sobre os desafios encarados para conciliar as diversas tecnologias de informação com os objetivos e capacidades das cooperativas. Ficou claro a necessidade de buscar informações e entender a maturidade do cenário de cada um para que os investimentos sejam mais assertivos e seja possível avançar coletivamente.

Plácido da Silva Júnior, responsável pelo Fórum de TI, avalia de forma positiva o envolvimento das cooperativas no evento. “Esse foi um Fórum de extremo sucesso, casa cheia, Léo Farah falando sobre liderança, a Beia Carvalho falando sobre ‘No futuro tem tecnologia e tem humanidade?’.  Quando a gente fala de tecnologia ela não é nada, ela não é boa e ela não é ruim por natureza, temos que lembrar que o ser humano está no centro de qualquer tipo de tecnologia. É muito importante entender o uso da tecnologia e poder, claro, encurtar caminho e buscar ampliar resultados para as nossas cooperativas. Enfim, saio daqui com o sentimento de missão cumprida e tenho certeza de que o objetivo de atender as cooperativas e os profissionais de TI foi cumprido com sucesso”, avalia o organizador.

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Os debatedores discutiram como a transformação digital  acontece de fato na realidade cooperativista, no dia a dia das cooperativas. “Isso é muito rico para nós, são experiências de cooperativas utilizando e aplicando tecnologia falando para outras cooperativas. O Sistema Ocepar busca proporcionar esse ambiente de integração, de troca de informação, e o Show Rural Digital é um evento que proporciona o contato com tendências, com novidades, com erros, com acertos, na área de tecnologia. E isso faz com que as nossas cooperativas possam encurtar caminho na busca de soluções”, salienta Plácido Júnior.

Cibersegurança

Fernando Zamai reforçou que ao mesmo tempo que a transformação digital é cheia de oportunidades e vantagens, ela também carrega inúmeras oportunidades para as pessoas má intencionadas. “Eles têm algo que nós não temos: tempo para se dedicar e se aperfeiçoar”, comenta Zamai ao alertar o público que o caminho é investir na contratação de serviços que garantam a segurança digital.

Ele defende que é mais eficiente as empresas contratarem um serviço de nuvem para proteger seus dados, desta forma podem focar seus investimentos em outras áreas. “É muito triste quando a gente tem um ataque aos sistemas digitais porque nada mais funciona. Pessoas são demitidas, o volume de dinheiro é muito grande, e aí se descobre de uma forma muito triste, que eu poderia ter investido um pouquinho em cybersegurança. É como se fosse um seguro, você pode assumir o risco de operar sem um seguro, mas na hora que acontecer o problema o impacto financeiro pode ser muito maior do que era aquele seguro, que é o ponto de segurança”, salienta.

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Zamai também avaliou positivamente o Fórum, o fato de se discutir a segurança digital para ele já gera um alerta futuro para cada cooperativa que pensar em um processo novo, quais são as medidas que podem ser adotadas para garantir a segurança da informação.

Legenda 2: Fórum de TI é uma das atrações do Show Rural Digital Crédito: Assessoria

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AGRONEGÓCIO

Alta no preço global de alimentos acende alerta e cria oportunidades para o agro brasileiro

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O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu em abril e atingiu a média de 128,3 pontos, uma alta de 1% em relação a março. A elevação foi puxada principalmente pelos preços dos cereais, carnes e lácteos, o que acende um sinal de atenção — e também de oportunidade — para o agronegócio brasileiro, especialmente para os produtores de soja, milho, arroz, carnes e leite.

Mesmo com a alta, o índice segue 19,9% abaixo do pico histórico registrado em março de 2022, mas ficou 7,6% acima do nível de abril do ano passado. O movimento indica uma retomada gradual da demanda global por alimentos, em um cenário de estoques apertados, conflitos geopolíticos e variações cambiais. Para o Brasil, que é um dos maiores exportadores mundiais de grãos e carnes, esse movimento pode significar mais competitividade e maior rentabilidade para o setor.

O subíndice de preços dos cereais avançou 1,2% em abril. O trigo subiu com a menor oferta da Rússia e o câmbio mais favorável para exportadores. Já o milho foi impulsionado pela redução de estoques nos Estados Unidos e pela suspensão temporária de tarifas por parte daquele país. O arroz também subiu 0,8% no mês.

Esse cenário pode beneficiar diretamente os produtores brasileiros, que vêm enfrentando custos altos de produção, mas agora podem encontrar margens melhores nas exportações, principalmente se o dólar continuar em patamar elevado. Goiás, Mato Grosso e Paraná, grandes produtores de milho e soja, podem se aproveitar do momento para ampliar vendas externas, principalmente para a Ásia.

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O preço médio dos óleos vegetais caiu 2,3% em abril, puxado pela queda do óleo de palma. Mas o óleo de soja, importante para o Brasil, continuou subindo, sustentado pela demanda aquecida no mercado internacional. Isso mantém a soja brasileira em posição estratégica, principalmente considerando a boa produção esperada em estados como Mato Grosso, Goiás e Paraná.

O subíndice de preços da carne subiu 3,2% em abril. A carne suína liderou o avanço, com a Europa ampliando compras após liberação sanitária da Alemanha. A bovina também ganhou fôlego com demanda estável e oferta global apertada. No Brasil, destaque para a carne de frango, cujos preços subiram por causa da forte demanda interna e menor ritmo de abates durante os feriados de Páscoa.

Para os pecuaristas e integrados da avicultura, os números são positivos: mostram uma retomada no mercado global, com espaço para ampliação das exportações brasileiras, especialmente para mercados como China, União Europeia e países árabes.

Os preços dos lácteos subiram 2,4% em abril e estão quase 23% acima do patamar de um ano atrás. A manteiga alcançou seu maior valor histórico, puxada pela alta demanda por gordura láctea e estoques reduzidos na Europa. Queijos e leite em pó também subiram, com destaque para o mercado da Oceania.

Esse movimento pode representar boas oportunidades para os produtores de leite brasileiros, desde que consigam superar os desafios internos de custo de produção e logística. A alta internacional pode ajudar a pressionar os preços pagos ao produtor no mercado interno.

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Na contramão dos outros alimentos, o açúcar caiu 3,5% em abril e está quase 11% abaixo do valor de um ano atrás. A razão é, em parte, o próprio Brasil: a produção acima do esperado na segunda quinzena de março e a desvalorização do real ajudaram a derrubar os preços internacionais.

Ainda assim, o setor sucroalcooleiro segue competitivo e os bons níveis de produção nas regiões Centro-Sul e Nordeste devem manter o Brasil como o maior exportador global. A menor cotação do petróleo também contribui para a queda do açúcar, já que reduz o incentivo para destinar mais cana para o etanol.

O que o produtor precisa saber:

  • O cenário internacional sinaliza uma recuperação da demanda por alimentos, com reflexos diretos nos preços.

  • Soja, milho, carnes e lácteos estão em alta e oferecem boas oportunidades de exportação.

  • A volatilidade do câmbio, os estoques globais e a política comercial de países importadores ainda podem trazer incertezas.

  • A queda no açúcar mostra que o Brasil tem peso no mercado global — tanto para subir quanto para derrubar preços.

A mensagem para o produtor rural é clara: o mundo está voltando a comprar mais alimentos, e o Brasil — especialmente seu agro — está no centro desse movimento. Quem estiver bem preparado, com planejamento, gestão eficiente e acesso a mercados, poderá aproveitar o bom momento para crescer.

Fonte: Pensar Agro

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