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Falta de chuva no Centro-Oeste atrasa plantio da safra de soja e gera preocupação

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O plantio de soja no Brasil fechou a semana em 61,28% da área para 2023/24 até esta sexta-feira (10/11). O ritmo da semeadura segue atrasado quando comparado com os 73,44% cultivados na mesma época de 2022 e 70,67% na média dos últimos 5 anos.

O cenário climático adverso tem gerado preocupações em várias regiões do país, especialmente devido à falta de chuvas regulares. Relatos indicam a interrupção do plantio em áreas de Goiás, Tocantins, Rondônia, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Em Mato Grosso, a necessidade de replantio tem se tornado uma ocorrência comum em vários pontos do estado.

No estado de Mato Grosso, o plantio atingiu 91,82% da área estimada, o que representa um avanço semanal de 8,50 pontos percentuais, mas ainda permanece atrasado em comparação com o mesmo período do ano passado, quando os produtores já haviam semeado 96,17% da safra. Isso também está abaixo da média histórica para o período, que ficou em 95,51%.

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Esse atraso traz preocupações para os produtores, pois a janela de plantio do milho segunda safra está se fechando rapidamente. Alguns já planejam reduzir o plantio do cereal, e há relatos de perdas na produtividade esperada das plantações de soja.

Especialistas dizem que embora o atraso no plantio de soja não tenha necessariamente prejudicado a produtividade nas últimas safras, o contexto climático atual aumentou o risco para a safra de soja do Brasil. Além disso, há uma projeção de um cenário mais desafiador para o milho segunda safra, sugerindo uma possível redução na área plantada e na produção para 2023/24.

A preocupação é quanto as previsões de chuvas abaixo da média, indicando uma continuidade das condições climáticas desfavoráveis principalmente na região Centro-Oeste (principal região produtora de soja e milho), estendendo-se aos meses de dezembro e janeiro. Essa perspectiva torna-se um alerta para as plantações no país, gerando incertezas sobre a safra de soja e do milho segunda safra.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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