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Empaer incentiva cultivo de pitya, a fruta-do-dragão

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A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) em Tangará da Serra (240 km de Cuiabá), destaca-se pelo cultivo de várias variedades de pitaya, a famosa “fruta-do-dragão”. Reconhecida como “funcional” por especialistas devido aos seus inúmeros benefícios para a saúde, a pitaya tem ganhado destaque na região.

O coordenador de colheita da Empaer, Wellington Procopio, enfatiza a adaptabilidade da fruta ao Brasil, especialmente em meio à realidade em que metade dos materiais de cultivo do país são inférteis.

Ele ressalta que a pitaya enfrenta com êxito a seca característica do cerrado mato-grossense. Cuiabá, em 2023, figurou entre as 10 maiores temperaturas já registradas oficialmente no Brasil, atingindo a marca de 44,2°C, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

“É uma planta com alto teor de água. Durante os meses de junho a agosto, ela sente bastante. Quando a temperatura ultrapassa os 34°C, suas folhas começam a amarelar”, explica Procopio.

De acordo com Dejalmo, conhecido na internet como “Professor Pitaya”, a fruta apresenta três elementos fundamentais para a saúde:

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Antioxidantes: A pitaya é reconhecida por possuir o maior conteúdo de antioxidantes entre as frutas. Essa característica a torna funcional e seu consumo regular pode prevenir e combater o câncer, agindo como protetor do sistema celular humano.

Ômegas: Além disso, é rica em ômegas 3 e 6, além de diversos ácidos graxos especiais, o que a torna uma aliada da saúde cardiovascular, prevenindo incidentes cardíacos.

Fibras: Com alto teor de fibras, a pitaya melhora o sistema gastrointestinal e atua na prevenção da diabetes.

Para quem ainda não experimentou a fruta, o professor destaca diferentes formas de consumo. A mais comum é in natura, especialmente pela manhã. Contudo, para aqueles que preferem frutas mais doces, pode não ser a melhor opção.

“Às vezes, por questões logísticas, as pitayas precisam ser colhidas menos maduras para serem transportadas pelo país. Então, em alguns casos, é necessário melhorar o sabor para agradar quem prefere frutas mais doces”, acrescentou Dejalmo. Nestas situações, ele sugere o consumo da fruta em sucos ou na forma de doces.

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“Esse trabalho teve início nos anos 90, quando a pesquisa sobre a pitaya começou no país. Cerca de metade dos materiais existentes no Brasil são inférteis e requerem polinização cruzada. Tanto a pitaya quanto sua flor possuem ambos os sexos”, destacou. Essa característica contribui para o cultivo eficiente e a diversidade dessa fruta peculiar no país.

Com informações do g1

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Alta no preço global de alimentos acende alerta e cria oportunidades para o agro brasileiro

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O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu em abril e atingiu a média de 128,3 pontos, uma alta de 1% em relação a março. A elevação foi puxada principalmente pelos preços dos cereais, carnes e lácteos, o que acende um sinal de atenção — e também de oportunidade — para o agronegócio brasileiro, especialmente para os produtores de soja, milho, arroz, carnes e leite.

Mesmo com a alta, o índice segue 19,9% abaixo do pico histórico registrado em março de 2022, mas ficou 7,6% acima do nível de abril do ano passado. O movimento indica uma retomada gradual da demanda global por alimentos, em um cenário de estoques apertados, conflitos geopolíticos e variações cambiais. Para o Brasil, que é um dos maiores exportadores mundiais de grãos e carnes, esse movimento pode significar mais competitividade e maior rentabilidade para o setor.

O subíndice de preços dos cereais avançou 1,2% em abril. O trigo subiu com a menor oferta da Rússia e o câmbio mais favorável para exportadores. Já o milho foi impulsionado pela redução de estoques nos Estados Unidos e pela suspensão temporária de tarifas por parte daquele país. O arroz também subiu 0,8% no mês.

Esse cenário pode beneficiar diretamente os produtores brasileiros, que vêm enfrentando custos altos de produção, mas agora podem encontrar margens melhores nas exportações, principalmente se o dólar continuar em patamar elevado. Goiás, Mato Grosso e Paraná, grandes produtores de milho e soja, podem se aproveitar do momento para ampliar vendas externas, principalmente para a Ásia.

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O preço médio dos óleos vegetais caiu 2,3% em abril, puxado pela queda do óleo de palma. Mas o óleo de soja, importante para o Brasil, continuou subindo, sustentado pela demanda aquecida no mercado internacional. Isso mantém a soja brasileira em posição estratégica, principalmente considerando a boa produção esperada em estados como Mato Grosso, Goiás e Paraná.

O subíndice de preços da carne subiu 3,2% em abril. A carne suína liderou o avanço, com a Europa ampliando compras após liberação sanitária da Alemanha. A bovina também ganhou fôlego com demanda estável e oferta global apertada. No Brasil, destaque para a carne de frango, cujos preços subiram por causa da forte demanda interna e menor ritmo de abates durante os feriados de Páscoa.

Para os pecuaristas e integrados da avicultura, os números são positivos: mostram uma retomada no mercado global, com espaço para ampliação das exportações brasileiras, especialmente para mercados como China, União Europeia e países árabes.

Os preços dos lácteos subiram 2,4% em abril e estão quase 23% acima do patamar de um ano atrás. A manteiga alcançou seu maior valor histórico, puxada pela alta demanda por gordura láctea e estoques reduzidos na Europa. Queijos e leite em pó também subiram, com destaque para o mercado da Oceania.

Esse movimento pode representar boas oportunidades para os produtores de leite brasileiros, desde que consigam superar os desafios internos de custo de produção e logística. A alta internacional pode ajudar a pressionar os preços pagos ao produtor no mercado interno.

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Na contramão dos outros alimentos, o açúcar caiu 3,5% em abril e está quase 11% abaixo do valor de um ano atrás. A razão é, em parte, o próprio Brasil: a produção acima do esperado na segunda quinzena de março e a desvalorização do real ajudaram a derrubar os preços internacionais.

Ainda assim, o setor sucroalcooleiro segue competitivo e os bons níveis de produção nas regiões Centro-Sul e Nordeste devem manter o Brasil como o maior exportador global. A menor cotação do petróleo também contribui para a queda do açúcar, já que reduz o incentivo para destinar mais cana para o etanol.

O que o produtor precisa saber:

  • O cenário internacional sinaliza uma recuperação da demanda por alimentos, com reflexos diretos nos preços.

  • Soja, milho, carnes e lácteos estão em alta e oferecem boas oportunidades de exportação.

  • A volatilidade do câmbio, os estoques globais e a política comercial de países importadores ainda podem trazer incertezas.

  • A queda no açúcar mostra que o Brasil tem peso no mercado global — tanto para subir quanto para derrubar preços.

A mensagem para o produtor rural é clara: o mundo está voltando a comprar mais alimentos, e o Brasil — especialmente seu agro — está no centro desse movimento. Quem estiver bem preparado, com planejamento, gestão eficiente e acesso a mercados, poderá aproveitar o bom momento para crescer.

Fonte: Pensar Agro

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