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Embrapa produz “cobertas” de lã de carneiro para proteger plantações

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A Embrapa Pecuária Sul e a Cimabra – Indústria e Comércio de Manufaturados de Fibras firmaram um convênio para desenvolver agromantas – uma espécie de coberta – feitas de lã de carneiro para proteger plantações.

O produto, inicialmente será testado em mudas de oliveiras e de nogueira-pecã, no Rio Grande do Sul .

A parceria visa explorar a utilização de lã ovina menos demandada no mercado, proporcionando um insumo que pode contribuir para o crescimento de árvores frutíferas. A pesquisadora Magda Benavides, da Embrapa Pecuária Sul, destaca que as agromantas podem oferecer benefícios em termos de produtividade, sustentabilidade e redução de custos na atividade agrícola.

A lã de ovelha, especificamente a de finura grossa, é reconhecida por sua capacidade de absorver água da chuva e liberá-la lentamente para as mudas das árvores. O projeto começará testando as agromantas em mudas de oliveiras e nogueira-pecã, espécies amplamente cultivadas no Rio Grande do Sul, mas com potencial de aplicação em outras árvores e na olericultura.

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O convênio permitirá testar a viabilidade de produção, comercialização e uso dessas agromantas, analisando seu impacto no desenvolvimento das árvores e sua viabilidade econômica. A pesquisadora destaca que, se o produto for viável, pode proporcionar uma opção de renda para ovinocultores, enfrentando a crise prolongada no mercado de lãs, especialmente as mais grossas, que atualmente não cobrem os custos de retirada dos animais.

As agromantas têm potencial adicional para bloquear a luz solar ao redor das mudas, preservando a umidade e inibindo o crescimento de plantas indesejadas, o que pode resultar na redução do uso de insumos químicos e mão de obra para a capina.

A lã, sendo biodegradável e contendo nutrientes como nitrogênio e enxofre, também pode servir como fertilizante. O projeto, com duração prevista de três anos, incluirá testes desde a elaboração de protótipos até ensaios em campo.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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