AGRONEGÓCIO
Dólar atinge R$ 6,067 e gera alerta para inflação e custo de produção no Brasil
Publicado em
3 de dezembro de 2024por
Itajuba TadeuOntem (02.12), pela primeira vez desde o início de sua circulação em 1994, o dólar comercial superou a marca de R$ 6,067 na venda. E pior: continua com tendência de alta. O avanço, impulsionado pela reação negativa do mercado ao pacote econômico anunciado pelo governo, coloca em evidência as fragilidades econômicas do país e as decisões que o Banco Central (BC) deverá tomar nas próximas semanas.
A frustração com o pacote econômico, que inclui cortes de R$ 70 bilhões em investimentos nos próximos anos e restrições ao salário mínimo, gerou estresse nos mercados e elevou as estimativas de inflação. Essas projeções podem levar o Comitê de Política Monetária (Copom) a acelerar o ritmo de alta dos juros na última reunião de 2024, segundo analistas.
Gabriel Galípolo, futuro presidente do BC, destacou ontem que a Selic poderá permanecer em níveis elevados por mais tempo para conter os impactos inflacionários. Ele enfatizou que o BC só intervém no câmbio em casos de disfuncionalidade, reforçando que a instituição não atuará de forma agressiva para segurar o dólar.
A alta do dólar traz impactos mistos, especialmente para o agronegócio. Embora o câmbio mais elevado possa beneficiar exportadores ao tornar as commodities como soja, milho e carne mais competitivas no mercado internacional, o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende (foto), alerta para os efeitos negativos no custo de produção.
“Com o dólar valorizado, os preços de insumos agrícolas, fertilizantes e combustível — que dependem de importação — disparam, impactando diretamente a margem dos produtores. Além disso, o aumento da produtividade nos Estados Unidos, Brasil e países vizinhos como Argentina e Paraguai deve limitar as cotações internacionais no próximo ano”, explica Rezende.
“Muitos pensarão… a elevação do dólar aumenta os preços das comodities de carne, soja, milho, trigo… e isso é bom para o Produtor. Ledo engano. A valorização do dolar impacta diretamente o custo da produção agropecuária com o aumento do combustível, insumos agrícolas, fertilizantes, etc etc. no qual a produção agropecuária depende desses produtos importados”, analisa o presidente.
“Outro fator a ser analisado… alta da produtividade prevista nos Estados Unidos (125 milhões de toneladas de soja), alta aqui no Brasil, na Argentina e no Paraguai, esse excesso de oferta vai impor um teto às cotações internacionais, com impacto direto nos preços domésticos no início de 2025. Olhando para o mercado interno, teremos elevação dos preços nos alimentos, no pão, óleo, carne… no transporte público, distribuição de produtos essenciais, serviços na saúde, educação, entre outros, aumento das taxas de juros nos créditos, paralisação dos investimentos empresariais e disparada na inflação. Resultado de um (des)governo que mantém um Ministro que ao assumir o cargo declarou que não entendia nada de economia”, completa Isan Rezende.
No mercado interno, o impacto da alta do dólar já começa a ser sentido. O aumento do câmbio pressiona os preços dos alimentos básicos, como pão, óleo e carne, e eleva os custos no transporte, saúde e educação. Esses fatores, somados ao cenário de juros elevados, podem frear investimentos empresariais, dificultar o acesso ao crédito e aumentar a inflação.
Especialistas também apontam que a desvalorização do real reflete a falta de confiança do mercado nas medidas anunciadas pelo governo. A criação de uma alíquota de 10% para rendimentos anuais acima de R$ 600 mil e as restrições de crescimento em despesas públicas foram duramente criticadas, sendo vistas como insuficientes para equilibrar as contas públicas e estimular o crescimento econômico.
Com o dólar em alta, o mercado segue atento às decisões do Banco Central e às medidas que o governo poderá adotar para conter a inflação e estabilizar o câmbio. No setor agropecuário, o excesso de oferta global e os custos elevados devem continuar desafiando os produtores, enquanto consumidores enfrentarão preços mais altos nos produtos básicos.
A combinação de políticas fiscais e monetárias será decisiva para enfrentar os desafios que 2025 reserva, mas a pressão sobre o governo e o Banco Central só tende a aumentar.
Fonte: Pensar Agro
AGRONEGÓCIO
Após 20 anos de espera, Senado aprova marco legal dos bioinsumos
Published
12 horas agoon
4 de dezembro de 2024By
Depois de duas décadas de tramitação, o Senado Federal aprovou nesta terça-feira (03.12) o marco legal dos bioinsumos. A proposta regulamenta a produção, o uso e a comercialização desses produtos no Brasil, que são de origem natural, animal, vegetal ou microbiana e utilizados como alternativas para combater pragas agrícolas e melhorar a produtividade. O projeto foi aprovado de forma simbólica e agora segue para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre os principais avanços, o texto estabelece regras claras para o registro e utilização de bioinsumos, isenta de registro produtos destinados ao uso próprio e cria uma taxa para financiar a fiscalização do setor pelo Ministério da Agricultura. Essa estrutura é vista como um passo importante para consolidar o Brasil como líder mundial na produção de insumos mais sustentáveis para a agropecuária.
O relator da proposta, senador Jaques Wagner (PT-BA), destacou a importância estratégica do marco legal para a agricultura brasileira e sua relevância no cenário internacional. “Esses produtos vão permitir uma produção mais saudável e menos agressiva ao meio ambiente. O mundo inteiro olha para o Brasil por nossa capacidade de desenvolver esse tipo de tecnologia”, afirmou o parlamentar, lembrando que mais de 60% dos agricultores brasileiros já utilizam biodefensivos e biofertilizantes.
Outro ponto de destaque é a definição de competências para a concessão de registros. O Ministério da Agricultura será o principal responsável, mas a Anvisa e o Ibama continuarão a opinar sobre novos produtos fitossanitários. Produtos usados no solo e adubos, por outro lado, não precisarão do crivo de órgãos de saúde e meio ambiente, agilizando processos e fomentando a adoção de bioinsumos.
Presente na votação, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, celebrou a aprovação como um avanço crucial para a agropecuária nacional. “Estamos garantindo eficiência e qualidade nos produtos brasileiros. Essa aprovação fortalece a produção sustentável e evita fragilidades que poderiam comprometer nossa competitividade global”, declarou.
Para o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende (foto), a aprovação é um marco histórico para o setor. “Os bioinsumos representam uma alternativa sustentável e eficiente para os nossos produtores, reduzindo custos e impactos ambientais. O Brasil já é referência em agricultura, e agora temos as bases para liderar também na produção e utilização desses insumos naturais, tão demandados pelo mercado global”, comentou.
Rezende também ressaltou o impacto positivo da regulamentação sobre a segurança alimentar e a preservação ambiental: “Com os bioinsumos, damos um passo significativo para produzir alimentos mais saudáveis e com menos agressão ao solo e à biodiversidade. Isso reflete o compromisso do agronegócio brasileiro em buscar soluções inovadoras que atendam tanto às exigências dos consumidores quanto às necessidades de preservação do meio ambiente”.
O presidente do IA ainda destacou a importância de simplificar processos para estimular a adoção da tecnologia por pequenos e médios produtores: “A isenção de registro para o uso próprio e a desburocratização no caso de insumos já utilizados são vitais. Elas garantem que todos, desde o pequeno agricultor até os grandes produtores, possam acessar e se beneficiar dessa tecnologia. Estamos criando um modelo de produção que é sustentável e inclusivo, algo que fortalece o agronegócio como motor da economia brasileira”.
Agora, o texto segue para a sanção presidencial, para que o Brasil possa consolidar sua posição como referência mundial no uso de bioinsumos, fortalecendo o agronegócio e impulsionando uma produção mais alinhada às demandas globais por sustentabilidade.
Fonte: Pensar Agro
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