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Desafios climáticos e inovação no agronegócio impulsionam busca por energias renováveis

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Em meio a um cenário global de mudanças climáticas, o Brasil enfrenta desafios significativos, marcados por eventos climáticos extremos e a necessidade urgente de uma transição energética. Nesse campo, a produção de carvão vegetal e seus derivados surge como uma luz no final do túnel.

No final de 2023, o Estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, conhecido por seu clima tipicamente mais frio, registrou temperaturas surpreendentemente altas, ultrapassando os 40°C, além de chuvas torrenciais que trouxeram muitos prejuízos para o agronegócio.

Enquanto isso, outras regiões do país sofreram e – em algumas regiões como o Mato Grosso, continuam sofrendo – com a seca, provocando perdas econômicas. O estado, que é o maior produtor nacional de soja, o clima adverso já provocou o replantio de 1 milhão de hectares, ou 8,5% da área esperada para a safra 2023/24.

Tudo isso intensifica e motiva a busca por fontes de energias renováveis no mundo, já que, segundo os cientistas, essas mudanças climáticas têm relação direta com a intensificação do aquecimento global.

E dentre todas as atividades humanas que afetam o clima do planeta, a geração de energia foi responsável por cerca de 76% das emissões mundiais de GEE (gases de efeito estufa), segundo o estudo Historical GHG Emissionsrealizado pela organização ClimateWatch, em 2019.

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Visando mudar esse cenário, diversas nações pelo mundo passaram a buscar a “transição energética”, o que exigirá investimentos adicionais em tecnologia que podem chegar a US$ 5 trilhões por ano no mundo, segundo dados da International Energy Agency (IEA).

Tudo isso significa um grande desafio, mas também gera inúmeras oportunidades para o Brasil e para o agronegócio. A pesquisa da PwC (25th Annual Global CEO Survey), que ouviu mais de 4.400 executivos, em 89 países, com uma participação expressiva de líderes do Brasil, apontou que 81% dos empresários do agronegócio 81% dos líderes do agronegócio afirmam que suas empresas implementaram ou estão implementando iniciativas para reduzir as emissões, percentual bem superior à média geral brasileira (63%) e à média geral global (66%). Entre os CEOs brasileiros de Energia e Serviços de Utilidade Pública pesquisados, cerca de 73% apontamque a transição para novas fontes de energia deve afetar a lucratividade das suas empresas nos próximos dez anos.

Diego Hooper, diretor da SDOrganicos, enfatiza a importância dessa mudança: “A transição energética é crucial para um futuro sustentável. Todos, incluindo sociedade e empresas, devem colaborar para aumentar a capacidade de geração de energias renováveis no Brasil. O Grupo S&D está comprometido com essa visão, adotando energia solar e práticas agrivoltaicas”.

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Um dos exemplos citados por Hooper vem do próprio Grupo S&D, que por meio da produção de carvão vegetal de florestas próprias,  fornece energia renovável ao setor siderúrgico, com qualidade e sustentabilidade.

Devida a crescente urgência para a redução das emissões de CO2 no mundo e a transição energética, o setor siderúrgico, por exemplo, tem investido na descarbonização na de produção de aço, que contribui com cerca de 6% de toda emissão global de CO2. E a melhor alternativa para isso, por ser uma fonte de energia renovável é o uso do carvão vegetal.

Nessa área o Brasil, mais uma vez sai na frente, por ser um dos maiores fornecedores mundiais de carvão vegetal produzido a partir de plantações de eucalipto, o que dá ao país um grande potencial de expansão, e o torna fortemente competitivo para a produção de aços com menos emissão de CO2.

E há ainda um grande passo no sentido da preservação ambiental, empresas como a SDOrganicos produzem aditivos orgânicos a partir de subprodutos do carvão vegetal, que estão revolucionando a agricultura, reduzindo em até 40% a necessidade de adubos e agrotóxicos químicos.

 

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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