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Demanda mundial por alimentos deve impulsionar ainda mais o agronegócio brasileiro

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O agronegócio brasileiro tem sido um motor de crescimento econômico nas últimas décadas, com um destaque cada vez maior no cenário internacional. A robusta demanda por alimentos, principalmente por parte de países asiáticos, tem impulsionado a produção e a produtividade do setor.

Em 2023,  por exemplo, o Brasil conquistou a primeira posição nas exportações de soja no Brasil. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a previsão é fechar este ano com 150 milhões de toneladas exportadas, só em soja e milho.

Nesse contexto alimentar, o Brasil assume ainda mais relevância. Segundo projeções da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), prevê-se um aumento anual de 1,3% no consumo global de alimentos nos próximos dez anos.

Esse crescimento é motivado pelo aumento populacional, avanço econômico e urbanização em diversas partes do mundo. Regiões como África, Oriente Médio e Norte da África (MENA) e Ásia enfrentarão um crescente déficit na balança comercial agrícola devido à demanda crescente por alimentos.

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No entanto, a América Latina, em especial o Brasil, trilhará o caminho oposto, com a expansão do superávit na produção e exportação de produtos agroalimentares, baseada no aumento da produtividade agrícola.

Esse cenário indica que o comércio internacional desempenhará um papel ainda mais significativo na garantia da segurança alimentar global. No entanto, as crescentes tensões geopolíticas globais têm gerado preocupações sobre a estabilidade dos preços dos alimentos.

Países importadores líquidos, como China e Arábia Saudita, estão realizando investimentos substanciais em produção interna e externa para reduzir sua dependência de outros países em relação aos alimentos. Outros, como Índia e alguns países europeus, estão adotando medidas protecionistas e de “nacionalismo alimentar” para proteger seus suprimentos locais.

Portanto, o Brasil, se continuar expandindo sua produtividade no setor agrícola, certamente desempenhará um papel cada vez mais relevante no comércio internacional de alimentos.

No entanto, também será fundamental acompanhar de perto os desdobramentos das tensões geopolíticas globais e as estratégias adotadas por outros países para garantir sua segurança alimentar.

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O equilíbrio entre o fornecimento global de alimentos e as políticas nacionais de segurança alimentar será um desafio importante nos próximos anos, e o Brasil está no centro desse cenário dinâmico.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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