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Danone volta atrás e desmente que vá interromper compra de soja brasileira

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A notícia de que a Danone interromperia a compra de soja brasileira e a sugestão de se realizar uma campanha contra a empresa no Brasil, gerou grande repercussão (veja aqui). Ontem (terça, 29.10) a Danone do Brasil emitiu uma nota oficial desmentindo a informação de que teria interrompido a compra de soja brasileira devido a questões ambientais e que estaria adquirindo o grão da Ásia.

A empresa enfatizou que “continua comprando soja brasileira em conformidade com as regulamentações locais e internacionais” e que suas aquisições passam por processos de verificação de origem, garantindo que o insumo não venha de áreas desmatadas.

O posicionamento foi feito cinco dias depois de o diretor financeiro da multinacional, Juergen Esser, afirmar à agência Reuters, em Londres, que a gigante francesa de laticínios tinha deixado de importar o cereal brasileiro.

Isan Rezende (foto), presidente do Instituto do Agronegócio (IA), disse que o posicionamento da empresa francesa é uma ofensa aos produtores brasileiros. “A empresa insinuou que a soja brasileira não é sustentável, o que é uma ofensa aos produtores que seguem rigorosos padrões ambientais. Essa visão distorcida não apenas denigre a imagem do agronegócio brasileiro, mas também ignora os avanços que fizemos em práticas de preservação e sustentabilidade”.

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“A declaração da empresa revela um desconhecimento profundo sobre a realidade da produção agrícola no Brasil. Nossos produtores estão comprometidos com a sustentabilidade e seguem normas rigorosas que garantem a preservação ambiental. Precisamos desmistificar essa narrativa de que a soja brasileira não é sustentável, pois isso prejudica todo o setor agropecuário e ignora as práticas que já implementamos”, completou Isan.

O governo brasileiro também se manifestou a respeito em note: “em resposta às recentes declarações e ações da Danone e de outras empresas do setor agroalimentar europeu que optaram por interromper a aquisição de soja do Brasil”.

No comunicado, o Ministério da Agricultura critica “posturas intempestivas e descabidas como anunciadas por empresas europeias com forte presença de atividade também no mercado brasileiro”. Mas não cita quais seriam as “outras empresas” que teriam parado de comprar o grão.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) afirmou que “o Brasil conta com uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, apoiada por um sistema de comando e controle eficiente e respaldado por uma complexa estrutura de monitoramento e fiscalização”.

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“Esse sistema tem permitido ao país combater o desmatamento ilegal com políticas públicas que abrangem o Cerrado, a Amazônia e outras regiões sensíveis, assegurando que a produção agrícola seja feita de maneira responsável e sustentável.”

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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