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CRA aprova política de incentivo para agricultura e pecuária de precisão

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A Comissão de Agricultura (CRA) aprovou nesta quinta-feira (20) a proposta que cria a Política Nacional de Incentivo à Agricultura e Pecuária de Precisão (PL 149/2019), com o objetivo de incentivar a adoção de ferramentas tecnológicas, satélites, internet e dados em tempo real para melhor aproveitamento de solo e dos rebanhos, aumentando a produtividade e lucratividade, reduzindo o desperdício e os custos e garantindo a sustentabilidade ambiental, social e econômica do setor.

Conforme o senador Guaracy Silveira (PP-TO), essas tecnologias avançadas permitem uma avaliação precisa das áreas de plantio, considerando a diversidade e alterações do solo e do clima, o que resulta em um aumento da produtividade e uma redução no uso de defensivos agrícolas e fertilizantes. 

Medidas

Para o incentivo, o texto obriga os órgãos responsáveis pela formulação e regulação da política a criarem linhas de crédito para a aquisição de equipamentos, estimulando o investimento na agricultura e pecuária de precisão. Além disso, as instituições ainda deverão promover a conexão das propriedades rurais à internet, para viabilizar o acesso dos trabalhadores às informações fornecidas pelas máquinas e permitir o monitoramento dos plantios e das aplicações de insumos. 

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Outra diretriz da política é a criação de uma rede de pesquisa, desenvolvimento e inovação direcionada aos pequenos e médios produtores, bem como a agricultura familiar e os empreendimentos familiares rurais, a fim de fornecer a eles acesso aos recursos tecnológicos, que inclui ainda o estímulo a adoção de técnicas para a redução de gases do efeito estufa. 

Os órgãos terão que incluir disciplinas relacionadas à agricultura e à pecuária de precisão nos currículos dos cursos de ciências agrárias, entre outras ações para estimular a capacitação de mão de obra em nível técnico, superior e de pós-graduação.

Segundo o texto, a mesma alíquota de imposto deve ser aplicada sobre os itens nacionais e sobre os importados produzidos pela agricultura e pecuária de precisão. O documento ainda ressalta que a agricultura e pecuária de precisão devem ser reconhecidas como técnicas de redução de riscos para efeito de contratação de seguros rurais.

Desenvolvimento Sustentável

De acordo com o relator, a nova política irá contribuir para que o Brasil atenda alguns de seus compromissos com a Agenda de 2030 da Organização da Nações Unidas (ONU), como: a erradicação da pobreza; a fome zero e agricultura sustentável; a saúde e bem-estar; a melhoria da indústria, inovação e infraestrutura; a redução das desigualdades; o consumo e produção responsáveis; e o combate à mudança global do clima.

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Ademais, o texto atuará como um instrumento essencial para estimular a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico, a assistência técnica e a extensão rural, a qualificação e gestão dos recursos humanos, a participação e integração dos setores público e privado e a indústria nacional de agricultura e pecuária de precisão.

Caso não haja recurso para votação em Plenário, o projeto seguirá para sanção presidencial. 

Fonte: AgroPlus

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AGRONEGÓCIO

Plano safra 24/25 recebe reforço de mais R$ 4 bilhões

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O governo federal anunciou a redistribuição de cerca de R$ 4 bilhões em recursos do Plano Safra 2024/25 para atender melhor as demandas dos produtores rurais nesta reta final da safra. A decisão foi tomada após os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário identificarem a necessidade de reforçar linhas de crédito com maior procura, especialmente para pequenos e médios produtores, além de programas como o Moderfrota e o Pronaf Investimento.

Esse ajuste não aumenta os gastos do governo, apenas transfere os recursos de áreas com menor demanda para aquelas que realmente precisam de mais financiamento. Desde julho de 2024, já foram aplicados mais de R$ 81 bilhões em financiamentos com juros menores para apoiar o produtor rural. Com essa redistribuição, instituições financeiras como Banco do Brasil, Sicredi e BNDES receberam mais dinheiro para oferecer crédito.

No caso do Banco do Brasil, por exemplo, houve um reforço de R$ 1,2 bilhão para diversas linhas de crédito voltadas ao agronegócio, incluindo custeio e investimento. Por outro lado, os recursos para construção e ampliação de armazéns foram reduzidos em R$ 500 milhões, já que a demanda por esse financiamento foi menor do que o esperado. Esse ponto gerou surpresa, já que o Brasil ainda enfrenta um déficit de armazenagem, especialmente em anos de colheita recorde.

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O BNDES também foi beneficiado, recebendo R$ 270 milhões para o Moderfrota, principal linha de crédito para compra de máquinas agrícolas, que estava temporariamente suspensa por falta de recursos. Já o Sicredi obteve um reforço de R$ 162,2 milhões para apoiar os médios produtores com financiamentos de custeio.

Para a agricultura familiar, o Banco do Brasil recebeu um acréscimo de R$ 2,4 bilhões em crédito subsidiado para o Pronaf. Esse valor será utilizado para oferecer empréstimos com juros reduzidos a pequenos produtores, tanto para custeio da lavoura quanto para investimentos em equipamentos e melhorias na produção. Outras instituições, como Banrisul e Credicoamo, também tiveram ajustes em seus limites para facilitar o acesso ao crédito rural.

A medida busca garantir que o dinheiro disponível seja utilizado de maneira mais eficiente, chegando aos produtores que realmente precisam. No entanto, o remanejamento de recursos para armazenagem levanta questionamentos, já que muitos agricultores ainda enfrentam dificuldades para estocar sua produção de forma adequada. O desafio agora é garantir que o crédito continue acessível para impulsionar a produção e fortalecer o setor agropecuário brasileiro.

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Fonte: Pensar Agro

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