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AGRONEGÓCIO

Copacol Agro tem recorde de público: 8,6 mil visitantes estiveram na feira

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O cenário do agronegócio brasileiro esteve em evidência no encerramento do Copacol Agro 2023, realizado no CPA (Centro de Pesquisa Agrícola), em Cafelândia, Oeste do Paraná, que nesta quinta-feira contou com a participação de 2.850 pessoas. A feira referência em diversificação recebeu 8.650 visitantes nos três dias – maior público já registrado pela Cooperativa.

Com projeções de crescimento populacional no mundo, passando de oito bilhões de pessoas para 10 bilhões em 2050, a expectativa é também de elevação da demanda de alimentos: países com potencial produtivo, com oferta de solo e água, como o Brasil, tendem a se beneficiar com a conversão de grãos em proteína animal para atender o mercado de exportação. O panorama positivo apresentado por Marcos Fava Neves, engenheiro agrônomo, professor na Universidade de São Paulo e Fundação Getúlio Vargas, durante o evento da Copacol, demonstra que o Brasil é protagonista no setor, figurando entre os grandes exportadores de alimentos. “Estamos otimistas em relação à agricultura brasileira: temos uma demanda crescente de alimentos no planeta e o cooperativismo tem capacidade de absorção, tanto em grãos, quando em carnes e energias. O Brasil está sendo olhado no mundo como solução da fome e da falta de energia”, afirma o convidado especial do evento, que começou na terça-feira, com uma palestra com o empresário Geraldo Rufino, que contou a trajetória de vida iniciada como catador de latinhas até se tornar um dos maiores recicladores de caminhões; na quarta-feira quem marcou presença no centro de eventos foi Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização Brasileira das Cooperativas Brasileiras, demonstrando a importância de união em defesa do setor, principalmente frente uma reforma tributária que tende a impactar no agro. “Não podemos aceitar esse risco de bitributação em nosso setor, pois já pagamos impostos na compra e venda dos produtos. Por isso, o agronegócio precisa se unir e as cooperativas dão exemplo”, diz Freitas.

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SHOW DO AGRO
Com a diversificação das propriedades rurais, a Copacol se tornou um exemplo nacional de como aproveitar as áreas agrícolas para manter as famílias no campo com qualidade de vida e possibilidade de crescimento nas atividades, garantindo emprego e renda para as novas gerações. O Copacol Agro é um exemplo do Brasil que dá certo: evento que concentra empresas parceiras, em 83 estandes, com o que há de moderno em tecnologias para aumento de ganho do produtor rural. Trabalho iniciado pela Copacol, com o Padre Luis Luise e 32 agricultores, em 23 de outubro de 1963 – a primeira cooperativa do Oeste do Paraná. “São 60 anos construindo uma história de oportunidades, com a participação e a confiança dos cooperados. Temos desafios, que são superados e vencidos, ano a ano. Em todas as atividades estamos aprendendo e buscando melhorias: o Copacol Agro gera esse desenvolvimento, aproximando parceiros no fornecimento dessa tecnologia, trazendo conhecimento para todos. Queremos agradecer aos participantes nesse evento que foi mais um sucesso”, agradece o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol.

PROJEÇÕES
Mesmo diante das indefinições para financiamentos e taxas de juros ao setor, a economia no segundo semestre tende a crescer, conforme análise de Marcos Fava Neves.
O doutor do agro lembra que em um ano o Brasil vivenciou uma verdadeira avalanche de adversidades: estresse no transporte, com elevação de custo e insuficiência de containers para exportação; preocupação com risco de falta de defensivos e insumos, adquiridos a preços elevados e que agora estão em queda acelerada, causando prejuízos para quem fez estoques; além da taxa cambial do Dólar em desequilíbrio, variando entre R$ 4,90 e R$ 5,40. “A taxa de juros é a maior doença da agricultura. Não podemos trabalhar para alimentar o sistema financeiro. O que mais me preocupa no Brasil é a escassez de mão de obra para tocar a agricultura, em quantidade e qualidade”, enfatiza Fava Neves.

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FAMÍLIA COOPERADA
Com atrações e oportunidades de negócios para agricultura, avicultura, suinocultura, piscicultura e bovinocultura de leite, o Copacol Agro reuniu a família cooperada do Oeste e do Sudoeste do Paraná. Além de serviços importantes e produtos inovadores de empresas parceiras, a Copacol inovou com estandes especiais, realizando atendimento para instalação e atualização do Aplicativo do Cooperado, comercialização de sementes e demonstração de estudos do Centro de Pesquisa Agrícola. O Copacol Supermercados e as Lojas Agropecuárias também marcaram presença no evento. Para conscientizar os produtores, o Meio Ambiente da Cooperativa prestou atendimento com jogos que alertaram sobre os cuidados essenciais na propriedade. A Constel, empresa de telecomunicações da Copacol, também esteve no evento, com startups que demonstram a eficiência do serviço prestado aos clientes. “O Copacol Agro tem de tudo: tecnologia, insumos e novidades para a nossa propriedade. É uma grande oportunidade ao produtor. Ano que vem estaremos de novo aqui”, afirma Anderson Gonçalves, cooperado de Corbélia.

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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