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Conab: projeções de safra de Mato Grosso indicam quase o dobro da quebra nacional

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Mato Grosso, o maior produtor nacional de grãos e algodão, enfrenta o sexto corte consecutivo nas estimativas de oferta para o ciclo 2023/24, com queda anual de 15,6%, segundo dados do 6º Levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Esse é o maior recuo entre os grandes estados produtores e quase o dobro da projeção nacional, que também aponta retração de 7,6% em relação à safra anterior.

Soja e milho, nessa ordem, são os principais responsáveis pelos resultados negativos. A produção de soja está estimada em 37,56 milhões de toneladas, queda de 17,6% em comparação com o ciclo anterior, mesmo com um aumento de 0,4% na área plantada. O milho deve registrar uma produção de 42,48 milhões de toneladas, 16,2% inferior à safra passada, com uma redução de 10% na área cultivada.

Condições climáticas desfavoráveis, com instabilidade e temperaturas elevadas, são apontadas como as principais causas das perdas na produtividade das culturas.

A única boa notícia vem do algodão,  que apresenta um cenário positivo, com aumento de 18,4% na área plantada e expectativa de produção de 2,6 milhões de toneladas, alta de 15,5%.

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BRASIL – Em nível nacional, a produção brasileira de grãos na safra 2023/24 deverá atingir 295,6 milhões de toneladas, queda de 7,6% em relação ao ciclo anterior. A principal causa é a redução de 7,1% na produtividade média esperada.

Para a soja, a produção nacional está estimada em 146,9 milhões de toneladas, 5% a menos que a safra anterior. O milho deve totalizar 112,75 milhões de toneladas, com 87,35 milhões de toneladas provenientes da segunda safra.

O arroz apresenta crescimento de 4,7% na área plantada e expectativa de produção de 10,55 milhões de toneladas. O feijão deve ter uma produção total de 3 milhões de toneladas, com aumento na área cultivada na segunda safra.

O algodão registra um novo recorde na série histórica, com área plantada de 1,93 milhão de hectares e expectativa de produção de 3,56 milhões de toneladas.

As exportações de soja devem ser reduzidas em 1,83 milhão de toneladas, enquanto as importações do grão aumentam para 800 mil toneladas. Para o milho e arroz, as projeções permanecem estáveis. As exportações de algodão devem crescer 53%, chegando a 2,48 milhões de toneladas.

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O consumo brasileiro de pluma deve aumentar 7,35% nesta safra, chegando a 730 mil toneladas em 2024.

Este cenário reforça a necessidade de investimentos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias mais resilientes a mudanças climáticas, além de políticas públicas que mitiguem os impactos climáticos na agricultura.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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