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Conab diz que clima ajudou e safra de cana será recorde histórico: 677,6 milhões de toneladas

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A produção de cana-de-açúcar no Brasil está em ascensão devido às condições climáticas favoráveis e aos investimentos do setor sucroalcooleiro. Segundo o 3º Levantamento da Safra 2023/24 da cultura, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção deve atingir um recorde histórico de 677,6 milhões de toneladas, um aumento de 10,9% em relação ao ciclo anterior.

Embora o início da colheita tenha sido atrasado pelas chuvas constantes, a moagem atingiu pouco mais de 90% na região Centro-Sul, enquanto o Nordeste, com colheita estendida até abril, ainda tem um início incipiente nos principais estados produtores, segundo Fabiano Vasconcellos, gerente de Acompanhamento de Safras da Conab.

No Sudeste, a maior região produtora, prevê-se um aumento de 12,2% na produção, atingindo 434,98 milhões de toneladas, apesar de uma pequena redução na área cultivada. Em São Paulo, o maior estado produtor, as chuvas intensas no início da safra promoveram o crescimento vegetativo, mas as chuvas frequentes mais recentes têm atrasado a colheita.

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No Centro-Oeste e no Sul do país, espera-se um aumento na área e na produtividade da cana. Na região Nordeste, com expectativa de crescimento de 4,7%, e no Norte, com previsão de aumento de 3,8% na produção, a elevação da área plantada é o principal impulsionador.

Essa produção recorde de cana poderá resultar em um crescimento tanto na produção de açúcar quanto de etanol. As estimativas indicam um aumento de 27,4% na produção de açúcar, atingindo 46,88 milhões de toneladas, o maior volume já registrado. Para o etanol, espera-se um crescimento de 9,9%, totalizando 34,05 bilhões de litros, produzidos a partir de cana-de-açúcar e milho.

Embora as exportações de açúcar estejam otimistas, as vendas externas de etanol apresentam um panorama desafiador, com uma queda de 5,2% em relação ao mesmo período da safra passada, influenciadas pelo comportamento do câmbio e do preço do petróleo.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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