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Conab aponta crescimento de 28% nas exportações de milho e soja até setembro

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As exportações de soja e milho tiveram um aumento de 28,1% entre janeiro e setembro de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme divulgado no Boletim Logístico da Conab nesta terça-feira  (31.10).

No total, o Brasil já enviou 121,2 milhões de toneladas desses grãos este ano, em contraste com as 94,6 milhões de toneladas no mesmo período de 2022. Esse volume representa um novo recorde histórico nos primeiros nove meses do ano.

A soja em grão lidera as exportações para o mercado internacional, totalizando 87,2 milhões de toneladas, um aumento de 23,8% em relação às 70,4 milhões de toneladas obtidas no mesmo período de 2022.

No caso do milho, as exportações aumentaram em 40,5% no mesmo período de tempo, subindo de 24,2 milhões de toneladas embarcadas de janeiro a setembro do ano passado para 34 milhões de toneladas neste ano.

O Arco Norte continua sendo uma importante rota para esses produtos. No caso do milho, os portos dessa região representaram 43,3% da movimentação nacional em setembro, em comparação com 34,1% para o porto de Santos.

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Para a soja em grãos, os portos do Arco Norte foram responsáveis por 35,3% do total nacional, em comparação com os 32,5% embarcados por Santos.

No que diz respeito ao farelo de soja, as exportações brasileiras também aumentaram, atingindo 16,9 milhões de toneladas até setembro de 2023, em comparação com 15,9 milhões no mesmo período do ano anterior.

No entanto, a principal porta de saída para esse produto continua sendo Santos, com 41,6% do produto sendo escoado por esse porto.

Fretes em alta

Em setembro, Mato Grosso registrou um aumento incomum nos preços dos fretes, com ajustes sendo observados em várias regiões.

Em Mato Grosso do Sul, os preços dos fretes variaram em relação ao mês anterior, devido à reação dos preços do milho, influenciados pelo aumento das cotações internacionais, do dólar e da demanda interna.

Em Goiás, a demanda por fretes foi alta no mês passado, especialmente para os que tinham como destino os portos, sendo o milho o principal produto transportado.

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No Distrito Federal, em comparação com o mês anterior, os preços dos fretes para as regiões de Araguari (MG), Santos (SP) e Paranaguá (PR) apresentaram uma pequena variação positiva, enquanto aqueles com destino a Uberaba (MG) e Oswaldo Cruz (SP) tiveram uma leve variação negativa.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Alta no preço global de alimentos acende alerta e cria oportunidades para o agro brasileiro

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O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu em abril e atingiu a média de 128,3 pontos, uma alta de 1% em relação a março. A elevação foi puxada principalmente pelos preços dos cereais, carnes e lácteos, o que acende um sinal de atenção — e também de oportunidade — para o agronegócio brasileiro, especialmente para os produtores de soja, milho, arroz, carnes e leite.

Mesmo com a alta, o índice segue 19,9% abaixo do pico histórico registrado em março de 2022, mas ficou 7,6% acima do nível de abril do ano passado. O movimento indica uma retomada gradual da demanda global por alimentos, em um cenário de estoques apertados, conflitos geopolíticos e variações cambiais. Para o Brasil, que é um dos maiores exportadores mundiais de grãos e carnes, esse movimento pode significar mais competitividade e maior rentabilidade para o setor.

O subíndice de preços dos cereais avançou 1,2% em abril. O trigo subiu com a menor oferta da Rússia e o câmbio mais favorável para exportadores. Já o milho foi impulsionado pela redução de estoques nos Estados Unidos e pela suspensão temporária de tarifas por parte daquele país. O arroz também subiu 0,8% no mês.

Esse cenário pode beneficiar diretamente os produtores brasileiros, que vêm enfrentando custos altos de produção, mas agora podem encontrar margens melhores nas exportações, principalmente se o dólar continuar em patamar elevado. Goiás, Mato Grosso e Paraná, grandes produtores de milho e soja, podem se aproveitar do momento para ampliar vendas externas, principalmente para a Ásia.

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O preço médio dos óleos vegetais caiu 2,3% em abril, puxado pela queda do óleo de palma. Mas o óleo de soja, importante para o Brasil, continuou subindo, sustentado pela demanda aquecida no mercado internacional. Isso mantém a soja brasileira em posição estratégica, principalmente considerando a boa produção esperada em estados como Mato Grosso, Goiás e Paraná.

O subíndice de preços da carne subiu 3,2% em abril. A carne suína liderou o avanço, com a Europa ampliando compras após liberação sanitária da Alemanha. A bovina também ganhou fôlego com demanda estável e oferta global apertada. No Brasil, destaque para a carne de frango, cujos preços subiram por causa da forte demanda interna e menor ritmo de abates durante os feriados de Páscoa.

Para os pecuaristas e integrados da avicultura, os números são positivos: mostram uma retomada no mercado global, com espaço para ampliação das exportações brasileiras, especialmente para mercados como China, União Europeia e países árabes.

Os preços dos lácteos subiram 2,4% em abril e estão quase 23% acima do patamar de um ano atrás. A manteiga alcançou seu maior valor histórico, puxada pela alta demanda por gordura láctea e estoques reduzidos na Europa. Queijos e leite em pó também subiram, com destaque para o mercado da Oceania.

Esse movimento pode representar boas oportunidades para os produtores de leite brasileiros, desde que consigam superar os desafios internos de custo de produção e logística. A alta internacional pode ajudar a pressionar os preços pagos ao produtor no mercado interno.

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Na contramão dos outros alimentos, o açúcar caiu 3,5% em abril e está quase 11% abaixo do valor de um ano atrás. A razão é, em parte, o próprio Brasil: a produção acima do esperado na segunda quinzena de março e a desvalorização do real ajudaram a derrubar os preços internacionais.

Ainda assim, o setor sucroalcooleiro segue competitivo e os bons níveis de produção nas regiões Centro-Sul e Nordeste devem manter o Brasil como o maior exportador global. A menor cotação do petróleo também contribui para a queda do açúcar, já que reduz o incentivo para destinar mais cana para o etanol.

O que o produtor precisa saber:

  • O cenário internacional sinaliza uma recuperação da demanda por alimentos, com reflexos diretos nos preços.

  • Soja, milho, carnes e lácteos estão em alta e oferecem boas oportunidades de exportação.

  • A volatilidade do câmbio, os estoques globais e a política comercial de países importadores ainda podem trazer incertezas.

  • A queda no açúcar mostra que o Brasil tem peso no mercado global — tanto para subir quanto para derrubar preços.

A mensagem para o produtor rural é clara: o mundo está voltando a comprar mais alimentos, e o Brasil — especialmente seu agro — está no centro desse movimento. Quem estiver bem preparado, com planejamento, gestão eficiente e acesso a mercados, poderá aproveitar o bom momento para crescer.

Fonte: Pensar Agro

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