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Com retirada da Rússia do acordo do Mar Negro, abastecimento de alimentos fica em risco

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O recuo da Rússia do acordo mediado pela ONU para exportar grãos pelo Masr Negro coloca em risco centenas e milhares de toneladas de trigo encomendadas para entrega na África e no Oriente Médio, bem como os embarques de milho ucraniano para a Europa que serão reduzidos. 

A retirada da Rússia do acordo provavelmente afetará os embarques para países dependentes de importação, aprofundando uma crise alimentar global e provocando ganhos nos preços. 

Nesta segunda-feira (31), os contratos futuros do trigo em Chicago saltaram mais de 5% e  o milho subiu mais de 2% devido aos temores sobre a oferta. A decisão da Rússia ainda  deve apoiar os preços mundiais do óleo vegetal, uma vez que ameaça as exportações de óleo de girassol da Ucrânia para os principais destinos, incluindo a Índia, o maior importador de óleo comestível. Na segunda-feira, os contratos futuros de óleo de palma da Malásia subiram mais de 4%. 

Com nenhum registro de navios terem passado pelo corredor humanitário marítimo, no domingo, as Nações Unidas, a Turquia e a Ucrânia pressionaram pela imploementação do acordo de grãos do Mar Negro e concordaram com um plano de trânsito, para que 16 navios passem pelo corredor, nesta segunda-feira, apesar da retiurada da Rússia. 

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Segundo um trader de grãos de Cingapura, ainda não está claro se a Ucrânia seguirá exportando grãos e o que deve acontecer agora com os embarques russos. 

Fonte: AgroPlus

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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