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Chuvas atrasaram colheita de soja, mas ajudaram safra de milho, conclui Embrapa

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As chuvas no início de 2023 foram benéficas para as lavouras cultivadas em segunda safra em Mato Grosso, segundo o terceiro Boletim Agrometeorológico da safra 2022/2023 divulgado pela Embrapa Agrossilvipastoril. Embora tenham ocorrido alguns episódios de excesso de chuva em janeiro e fevereiro em algumas regiões, isso resultou em atrasos na colheita da soja, mas não afetou a semeadura do milho.

O excesso de chuvas registrado durante esse período específico levou a um atraso na colheita da soja, uma vez que as condições úmidas dificultaram a colheita e o escoamento da safra. No entanto, a semeadura do milho não foi prejudicada, já que a umidade do solo foi favorável para o plantio.

Essas condições climáticas favoráveis são especialmente relevantes para as lavouras de segunda safra, que dependem de um período chuvoso adequado para garantir o desenvolvimento saudável das plantas e, consequentemente, uma boa produtividade.

Mato Grosso é um dos principais estados produtores de grãos no Brasil, e a soja e o milho são culturas de extrema importância para a economia local. Portanto, as chuvas no início de 2023, apesar de causarem alguns atrasos na colheita da soja, foram, de modo geral, positivas para o setor agrícola da região, garantindo boas perspectivas para a safra de milho cultivada em segunda safra.

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“No mês de abril, as chuvas foram mais moderadas em Mato Grosso, com maior redução em algumas porções do centro-norte e nordeste do estado. Já nos meses de maio e junho, as chuvas passaram a ser muito escassas em praticamente todo o Mato Grosso. Contudo, o plantio dentro da janela ideal acabou mitigando possíveis impactos negativos na grande maioria das lavouras de milho 2ª safra do estado”, atesta o boletim.

De acordo com os dados levantados pelo pesquisador Jorge Lulu em Sinop, mostraram que até o mês de junho a precipitação total foi de 1.475,3 mm, a terceira maior precipitação dos últimos cinco anos.

“As precipitações acumuladas nos três primeiros meses de 2023 em Sinop foram excelentes para o desenvolvimento das lavouras de milho 2ª safra plantadas dentro da janela ideal: janeiro/2023 (424,0 mm), fevereiro/2023 (502,2 mm) e março/2023 (348,5 mm)”, diz o documento da Embrapa.

Outro dado avaliado pelo boletim é o balanço hídrico sequencial, que mede o armazenamento de água no solo. Os resultados mostram que até meados de abril, em Sinop, o solo estava em sua capacidade máxima. Houve uma queda no fim de abril, mas chuvas no início de maio possibilitaram uma recuperação da oferta hídrica no solo. Na safra passada, por exemplo, a queda no balanço hídrico do solo ocorreu de forma contínua a partir do início de abril.

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Há sete safras a Embrapa Agrossilvipastoril publica três boletins agrometeorológicos para subsidiar o setor produtivo em Mato Grosso. O primeiro documento retrata o comportamento da chuva no período de semeadura da primeira safra. O segundo é feito após a colheita da safra, retratando o desenvolvimento da soja. O terceiro boletim é lançado ao fim da segunda safra, mostrando como a chuva interferiu no desenvolvimento das culturas.

A iniciativa dos boletins surgiu em atendimento a uma demanda do setor produtivo por documentos oficiais que auxiliassem no processo de acionamento de seguro rural em decorrência de intempéries climáticas.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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