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Chapada dos Guimarães reúne ministros da agricultura das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia e a União Africana

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Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, reúne ministros da agricultura de países do G20, grupo das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia e a União Africana. O evento reúne 23 delegações e autoridades mundiais do setor agropecuário para discutir temas cruciais como segurança alimentar, agricultura familiar e sustentabilidade na produção agrícola.

Os principais tópicos da reunião são: sustentabilidade nos sistemas agroalimentares; ampliação do comércio internacional para a segurança alimentar e nutricional; reconhecimento da agricultura familiar e o papel de camponeses e povos originários para sistemas alimentares; e promoção da integração da pesca e aquicultura nas cadeias globais.

Nos dias anteriores ao evento principal, equipes técnicas realizaram discussões aprofundadas. Agora, os ministros e organismos internacionais convidados estão afinando um documento que resultará em uma declaração ministerial. Este documento, com força de acordo internacional, requer a aprovação de todos os países membros do G20.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anfitrião do evento, destacou a importância do Brasil sediar o G20 Agro como uma oportunidade de retomar seu protagonismo nas relações internacionais. Ele enfatizou que combater a fome e promover a sustentabilidade são essenciais para um mundo melhor.

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Além de Fávaro, participaram da abertura das reuniões ministeriais o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, e o secretário-executivo do Ministério da Pesca e Aquicultura, Rivetla Edipo Araujo Cruz. O Diretor-Geral da FAO, Qu Dongyu, também esteve presente.

Durante a abertura, Fávaro ressaltou que a realização do G20 Agro em Mato Grosso, um dos centros da produção agrícola brasileira, é uma oportunidade para apresentar ao mundo um documento estruturado com os próximos passos para uma agropecuária inclusiva e sustentável.

Rivetla Edipo Araujo Cruz destacou os desafios emergentes, como a poluição por plásticos e as mudanças climáticas, que impactam diretamente a pesca e a aquicultura. Ele enfatizou a necessidade de enfrentar essas ameaças crescentes.

O governador Mauro Mendes comentou sobre as queimadas que afetam Mato Grosso e outras regiões do Brasil, afirmando que essa realidade não deve prejudicar os debates do G20 Agro. Ele destacou a importância de encontrar alternativas sustentáveis para garantir a produção de alimentos e a tranquilidade mundial.

Ao final da programação da manhã, os países membros do G20 realizaram um plantio simbólico de árvores frutíferas brasileiras no resort onde o evento está sendo realizado, simbolizando o compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental.

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QUE É – O G20 é um fórum internacional que reúne as principais economias do mundo, incluindo 19 países, a União Europeia e a União Africana. Oficialmente, o objetivo do grupo é promover a cooperação econômica global, comércio internacional e estabilidade financeira.

O grupo foi criado em 1999 e, mais recentemente, passou a abordar, também, temas relacionados às mudanças climáticas e segurança alimentar, duas das principais plataformas do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 2023, o Brasil assumiu a presidência do G20 pela primeira vez e vem realizando uma série de reuniões preparatórias para a grande cúpula de chefes-de-Estado do grupo que será realizada entre os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

O Grupo de Trabalho do G20 sobre Agricultura é uma subdivisão do G20 e a reunião realizada em Chapada dos Guimarães é uma das que antecedem a cúpula principal de novembro.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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