NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Brasil deve exportar 100 milhões de toneladas de soja em 2024

Publicado em

Previsões de consultorias do agronegócio estimaram que a exportação de soja do Brasil, em 2024, deve atingir 100 milhões de toneladas, equivalente ao volume previsto para o ano de 2023 e superior às projeções anteriores de 98 milhões e 99 milhões de toneladas. O processamento de soja pelas indústrias brasileiras deve alcançar 53 milhões de toneladas até o final deste ano e 54 milhões no próximo.

De acordo com as consultorias, a temporada de 2024 pode apresentar um aumento de 3% na oferta total de soja, atingindo 166,724 milhões de toneladas. Enquanto isso, a demanda total está prevista em 157,7 milhões de toneladas, um crescimento de 1% em relação ao ano anterior. Como resultado, os estoques finais devem subir de 5,237 milhões para 9,024 milhões de toneladas.

Em relação aos derivados de soja, estão projetando um aumento na produção de farelo, que deve alcançar 41,45 milhões de toneladas, um aumento de 2%. Espera-se uma diminuição nas exportações, caindo 6% para 21 milhões, enquanto o consumo interno deve registrar um aumento de 3%, atingindo 18,5 milhões. Os estoques devem subir para 4,38 milhões de toneladas, um aumento de 80%.

Leia Também:  Pequenos produtores vão receber bônus do Programa de Garantia de Preços

Quanto à produção de óleo de soja, espera-se um aumento de 1% para 10,9 milhões de toneladas, embora as exportações possam diminuir em 16%, totalizando 1,8 milhão de toneladas. O consumo interno deverá crescer 8%, alcançando 9,3 milhões de toneladas.

As consultorias destaca um aumento de 13% no uso de biodiesel, chegando a 4,5 milhões de toneladas, e a previsão é de uma redução nos estoques para 460 mil toneladas, uma queda de 28%.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Alta no preço global de alimentos acende alerta e cria oportunidades para o agro brasileiro

Published

on

By

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu em abril e atingiu a média de 128,3 pontos, uma alta de 1% em relação a março. A elevação foi puxada principalmente pelos preços dos cereais, carnes e lácteos, o que acende um sinal de atenção — e também de oportunidade — para o agronegócio brasileiro, especialmente para os produtores de soja, milho, arroz, carnes e leite.

Mesmo com a alta, o índice segue 19,9% abaixo do pico histórico registrado em março de 2022, mas ficou 7,6% acima do nível de abril do ano passado. O movimento indica uma retomada gradual da demanda global por alimentos, em um cenário de estoques apertados, conflitos geopolíticos e variações cambiais. Para o Brasil, que é um dos maiores exportadores mundiais de grãos e carnes, esse movimento pode significar mais competitividade e maior rentabilidade para o setor.

O subíndice de preços dos cereais avançou 1,2% em abril. O trigo subiu com a menor oferta da Rússia e o câmbio mais favorável para exportadores. Já o milho foi impulsionado pela redução de estoques nos Estados Unidos e pela suspensão temporária de tarifas por parte daquele país. O arroz também subiu 0,8% no mês.

Esse cenário pode beneficiar diretamente os produtores brasileiros, que vêm enfrentando custos altos de produção, mas agora podem encontrar margens melhores nas exportações, principalmente se o dólar continuar em patamar elevado. Goiás, Mato Grosso e Paraná, grandes produtores de milho e soja, podem se aproveitar do momento para ampliar vendas externas, principalmente para a Ásia.

Leia Também:  Termina nesta sexta-feira o 33° Congresso Brasileiro de Agronomia

O preço médio dos óleos vegetais caiu 2,3% em abril, puxado pela queda do óleo de palma. Mas o óleo de soja, importante para o Brasil, continuou subindo, sustentado pela demanda aquecida no mercado internacional. Isso mantém a soja brasileira em posição estratégica, principalmente considerando a boa produção esperada em estados como Mato Grosso, Goiás e Paraná.

O subíndice de preços da carne subiu 3,2% em abril. A carne suína liderou o avanço, com a Europa ampliando compras após liberação sanitária da Alemanha. A bovina também ganhou fôlego com demanda estável e oferta global apertada. No Brasil, destaque para a carne de frango, cujos preços subiram por causa da forte demanda interna e menor ritmo de abates durante os feriados de Páscoa.

Para os pecuaristas e integrados da avicultura, os números são positivos: mostram uma retomada no mercado global, com espaço para ampliação das exportações brasileiras, especialmente para mercados como China, União Europeia e países árabes.

Os preços dos lácteos subiram 2,4% em abril e estão quase 23% acima do patamar de um ano atrás. A manteiga alcançou seu maior valor histórico, puxada pela alta demanda por gordura láctea e estoques reduzidos na Europa. Queijos e leite em pó também subiram, com destaque para o mercado da Oceania.

Esse movimento pode representar boas oportunidades para os produtores de leite brasileiros, desde que consigam superar os desafios internos de custo de produção e logística. A alta internacional pode ajudar a pressionar os preços pagos ao produtor no mercado interno.

Leia Também:  Piauí investiu cerca de R$ 220 milhões em melhorias nas estradas

Na contramão dos outros alimentos, o açúcar caiu 3,5% em abril e está quase 11% abaixo do valor de um ano atrás. A razão é, em parte, o próprio Brasil: a produção acima do esperado na segunda quinzena de março e a desvalorização do real ajudaram a derrubar os preços internacionais.

Ainda assim, o setor sucroalcooleiro segue competitivo e os bons níveis de produção nas regiões Centro-Sul e Nordeste devem manter o Brasil como o maior exportador global. A menor cotação do petróleo também contribui para a queda do açúcar, já que reduz o incentivo para destinar mais cana para o etanol.

O que o produtor precisa saber:

  • O cenário internacional sinaliza uma recuperação da demanda por alimentos, com reflexos diretos nos preços.

  • Soja, milho, carnes e lácteos estão em alta e oferecem boas oportunidades de exportação.

  • A volatilidade do câmbio, os estoques globais e a política comercial de países importadores ainda podem trazer incertezas.

  • A queda no açúcar mostra que o Brasil tem peso no mercado global — tanto para subir quanto para derrubar preços.

A mensagem para o produtor rural é clara: o mundo está voltando a comprar mais alimentos, e o Brasil — especialmente seu agro — está no centro desse movimento. Quem estiver bem preparado, com planejamento, gestão eficiente e acesso a mercados, poderá aproveitar o bom momento para crescer.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA