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Audiência pública na Câmara dos Deputados discute impactos do Mercosul na importação de lácteos para a pecuária

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Uma audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (19.10), discutiu os impactos do Mercosul na importação de lácteos para a pecuária brasileira.

A deputada federal Ana Paula Leão (PP-MG), que também é a presidente da Frente Parlamentar em Apoio ao Produtor de Leite, conduziu a audiência. O presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Ronei Volpi, compareceu à reunião junto com outros representantes do setor e destacou a posição da CNA.

Ronei Volpi ressaltou que o setor leiteiro do Brasil tem sido afetado negativamente por práticas desleais e subsídios adotados por países do Mercosul. Ele destacou a necessidade de medidas de proteção para o setor, incluindo a atuação contra os subsídios argentinos, a implementação de tarifas de importação sobre produtos subsidiados e a celebração de acordos de cotas para disciplinar as importações.

Segundo Volpi, as importações de lácteos têm aumentado exponencialmente neste ano e estão impactando a rotina dos produtores rurais brasileiros, criando uma concorrência desleal com base em subsídios. Ele destacou a importância de buscar a equivalência no setor e equiparar as condições para os produtores brasileiros.

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Além disso, Ronei Volpi falou sobre a publicação de um decreto com alterações no Programa Mais Leite Saudável, elogiando o esforço do governo. No entanto, ele expressou preocupação de que essas mudanças só entrarão em vigor em 90 dias, o que pode resultar em preços do leite brasileiro mais baixos do que os argentinos em janeiro ou fevereiro.

Volpi também contextualizou os desafios enfrentados pelo setor leiteiro e apresentou dados sobre os impactos no mercado interno do leite. Nos últimos 12 meses, houve uma redução de 5,9% nos custos, mas os produtores rurais tiveram uma queda de 26,2% na receita, uma disparidade que afeta significativamente o setor produtivo. Ele destacou que os produtores menores são os mais impactados por essa situação, o que tem levado ao abandono da atividade, redução da produção nacional e dependência do mercado externo.

O presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Leite da CNA também mencionou as medidas de apoio financeiro aos produtores, incluindo o aumento dos prazos de custeio para retenção de matrizes, linhas emergenciais para capital de giro e a renegociação de dívidas com um novo prazo de 36 meses. A CNA formalmente solicitou ao governo a consideração desses pontos como parte do apoio ao setor leiteiro.

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Fonte: Pensar Agro

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Suinocultura se consolida como um dos principais polos produtivos do Brasil

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Mato Grosso do Sul se destaca como um dos maiores produtores de carne suína do Brasil, consolidando-se como referência no setor da suinocultura. O estado, com uma produção crescente e em constante evolução, se prepara para figurar entre os cinco maiores produtores e exportadores do país, com um futuro promissor que inclui investimentos robustos, inovações tecnológicas e um mercado internacional em expansão.

Em 2024, o estado registrou o abate de mais de 3,39 milhões de suínos, resultando em cerca de 315 mil toneladas de carne. O setor movimenta uma cadeia produtiva significativa, gerando aproximadamente 32 mil empregos diretos e englobando 129 empresas no segmento. Além disso, Mato Grosso do Sul ocupa atualmente a 6ª posição no ranking nacional de exportações de carne suína, com uma expectativa de alcançar a 5ª posição nos próximos anos.

A suinocultura sul-mato-grossense tem se destacado pela alta qualidade e modernização do setor. Investimentos em biosseguridade, como o programa “Leitão Vida”, que já destina recursos significativos para modernizar as granjas e promover o bem-estar animal, têm sido fundamentais para o crescimento sustentável da atividade. Com mais de R$ 64 milhões investidos no programa nos últimos anos, o estado tem conseguido avançar não apenas na produtividade, mas também na implementação de práticas inovadoras e sustentáveis.

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O avanço da infraestrutura logística, com a melhoria das rodovias e a ampliação do acesso aos mercados internacionais, também tem sido crucial para a suinocultura sul-mato-grossense. A Rota Bioceânica, por exemplo, promete abrir novos mercados na Ásia, proporcionando uma maior competitividade para o setor e ampliando a capacidade de exportação.

Com polos produtivos em diversas regiões do estado, como Dourados, Sidrolândia e São Gabriel do Oeste, o setor se caracteriza pela diversificação e pela força das cooperativas e associações locais. A presença de instituições de ensino e pesquisa, como a Embrapa e a UFMS, tem contribuído para a capacitação da mão de obra e o desenvolvimento de novas tecnologias, que garantem a sustentabilidade e a inovação contínua da atividade.

O crescimento da suinocultura em Mato Grosso do Sul também está atrelado ao aumento do consumo interno e à abertura de novos mercados. Com a retirada da vacinação contra a febre aftosa e o reconhecimento do status de área livre de febre aftosa sem vacinação, o Brasil tem avançado nas negociações com mercados internacionais, como a União Europeia, que ainda não importa carne suína brasileira. Esse fator representa uma oportunidade estratégica para expandir as exportações e aumentar a competitividade da carne suína brasileira no exterior.

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A suinocultura de Mato Grosso do Sul, com sua organização e compromisso com a sustentabilidade, vem se consolidando como uma das grandes forças do agronegócio brasileiro. O desafio agora é continuar crescendo com responsabilidade, mantendo a qualidade da produção e respeitando o meio ambiente, para que o estado siga como um líder no setor suinícola nacional.

Fonte: Pensar Agro

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