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As maiores cooperativas agropecuárias do Brasil faturaram R$157 bi em 2023

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No cenário da produção agropecuária brasileira, as dez maiores cooperativas destacaram-se ao acumular um faturamento global impressionante de R$ 157 bilhões durante a safra atual.

Este ranking, divulgado pela revista Forbes, apresentou uma particularidade interessante: o estado mais forte no setor cooperativo é o Paraná, que tem 6 dentre as 10 maiores, com uma receita bruta conjunta de R$ 101,1 bilhões, o que representa 64% do total faturado pelas 10 maiores cooperativas do país.

Dentre as cooperativas paranaenses que se destacam nesse seleto grupo, a Coamo, de Campo Mourão, com um faturamento de R$ 28,1 bilhões; em seguida vem a C.Vale, de Palotina, com R$ 22,7 bilhões em receita, em terceiro a Lar, de Medianeira, com R$ 22,1 bilhões.

Somadas, essas três cooperativas atingiram a marca impressionante de quase R$ 73 bilhões em receita, consolidando-se como líderes em nível nacional.

Mas não é tudo, o Paraná tem ainda 3 outras cooperativas dentre as 10: Cocamar, de Maringá, um faturamento de R$ 11,1 bilhões; a Copacol, de Cafelândia, com R$ 8,80 bilhões, e a Integrada, de Londrina, com uma receita de R$ 8,31 bilhões.

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Ainda na Região Sul a lista tem as cooperativas Aurora e Cooperalfa, ambas de Santa Catarina e com faturamentos de R$ 22 bilhões e R$ 8,84 bilhões, respectivamente, a contribuição dessas cooperativas chega a impressionantes R$ 132 bilhões, representando uma fatia substancial de 84% do faturamento total das dez maiores cooperativas do país.

Para o estado do Paraná, as projeções apontam para um faturamento conjunto das cooperativas em torno de R$ 200 bilhões em 2024. só nos primeiros meses deste ano o faturamento agregado de todas as cooperativas paranaenses já havia atingido R$ 186 bilhões.

Veja a seguir o ranking da Forbes das dez maiores cooperativas de produção agropecuária do Brasil, com base nos dados de faturamento de 2023:

  1. COAMO (PR) – R$ 28,1 bilhões
  2. C.VALE (PR) – R$ 22,7 bilhões
  3. LAR (PR) – R$ 22,1 bilhões
  4. AURORA (SC) – R$ 22 bilhões
  5. COMIGO (GO) – R$ 15,7 bilhões
  6. COCAMAR (PR) – R$ 11,1 bilhões
  7. COOPERCITRUS (SP) – R$ 9,47 bilhões
  8. COOPERALFA (SC) – R$ 8,84 bilhões
  9. COPACOL (PR) – R$ 8,80 bilhões
  10. INTEGRADA (PR) – R$ 8,31 bilhões
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QUE É – Uma cooperativa agropecuária é uma forma de organização composta por profissionais do setor rural que se ajudam comprando e vendendo produtos e insumos em grupo, o que lhes permite conseguir melhores preços.

Ao contrário de empresas comuns, as cooperativas agropecuárias não têm como objetivo principal a obtenção de lucro. Em vez disso, essas organizações baseiam-se na colaboração, com os membros contribuindo com bens e serviços para o benefício mútuo de todos os cooperados.

Geralmente os “lucros”, que eles chamam de “sobras”, são distribuídos entre os associados, no final de cada período, de acordo com a participação de cada um.

Assim, as cooperativas são consideradas empreendimentos de propriedade coletiva, orientados para o progresso econômico e social de seus membros.

Os associados geralmente são agricultores, pecuaristas ou pescadores e esse modelo de colaboração ajuda a fortalecer a agricultura, a pecuária e a pesca, além de promover o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Alta no preço global de alimentos acende alerta e cria oportunidades para o agro brasileiro

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O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu em abril e atingiu a média de 128,3 pontos, uma alta de 1% em relação a março. A elevação foi puxada principalmente pelos preços dos cereais, carnes e lácteos, o que acende um sinal de atenção — e também de oportunidade — para o agronegócio brasileiro, especialmente para os produtores de soja, milho, arroz, carnes e leite.

Mesmo com a alta, o índice segue 19,9% abaixo do pico histórico registrado em março de 2022, mas ficou 7,6% acima do nível de abril do ano passado. O movimento indica uma retomada gradual da demanda global por alimentos, em um cenário de estoques apertados, conflitos geopolíticos e variações cambiais. Para o Brasil, que é um dos maiores exportadores mundiais de grãos e carnes, esse movimento pode significar mais competitividade e maior rentabilidade para o setor.

O subíndice de preços dos cereais avançou 1,2% em abril. O trigo subiu com a menor oferta da Rússia e o câmbio mais favorável para exportadores. Já o milho foi impulsionado pela redução de estoques nos Estados Unidos e pela suspensão temporária de tarifas por parte daquele país. O arroz também subiu 0,8% no mês.

Esse cenário pode beneficiar diretamente os produtores brasileiros, que vêm enfrentando custos altos de produção, mas agora podem encontrar margens melhores nas exportações, principalmente se o dólar continuar em patamar elevado. Goiás, Mato Grosso e Paraná, grandes produtores de milho e soja, podem se aproveitar do momento para ampliar vendas externas, principalmente para a Ásia.

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O preço médio dos óleos vegetais caiu 2,3% em abril, puxado pela queda do óleo de palma. Mas o óleo de soja, importante para o Brasil, continuou subindo, sustentado pela demanda aquecida no mercado internacional. Isso mantém a soja brasileira em posição estratégica, principalmente considerando a boa produção esperada em estados como Mato Grosso, Goiás e Paraná.

O subíndice de preços da carne subiu 3,2% em abril. A carne suína liderou o avanço, com a Europa ampliando compras após liberação sanitária da Alemanha. A bovina também ganhou fôlego com demanda estável e oferta global apertada. No Brasil, destaque para a carne de frango, cujos preços subiram por causa da forte demanda interna e menor ritmo de abates durante os feriados de Páscoa.

Para os pecuaristas e integrados da avicultura, os números são positivos: mostram uma retomada no mercado global, com espaço para ampliação das exportações brasileiras, especialmente para mercados como China, União Europeia e países árabes.

Os preços dos lácteos subiram 2,4% em abril e estão quase 23% acima do patamar de um ano atrás. A manteiga alcançou seu maior valor histórico, puxada pela alta demanda por gordura láctea e estoques reduzidos na Europa. Queijos e leite em pó também subiram, com destaque para o mercado da Oceania.

Esse movimento pode representar boas oportunidades para os produtores de leite brasileiros, desde que consigam superar os desafios internos de custo de produção e logística. A alta internacional pode ajudar a pressionar os preços pagos ao produtor no mercado interno.

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Na contramão dos outros alimentos, o açúcar caiu 3,5% em abril e está quase 11% abaixo do valor de um ano atrás. A razão é, em parte, o próprio Brasil: a produção acima do esperado na segunda quinzena de março e a desvalorização do real ajudaram a derrubar os preços internacionais.

Ainda assim, o setor sucroalcooleiro segue competitivo e os bons níveis de produção nas regiões Centro-Sul e Nordeste devem manter o Brasil como o maior exportador global. A menor cotação do petróleo também contribui para a queda do açúcar, já que reduz o incentivo para destinar mais cana para o etanol.

O que o produtor precisa saber:

  • O cenário internacional sinaliza uma recuperação da demanda por alimentos, com reflexos diretos nos preços.

  • Soja, milho, carnes e lácteos estão em alta e oferecem boas oportunidades de exportação.

  • A volatilidade do câmbio, os estoques globais e a política comercial de países importadores ainda podem trazer incertezas.

  • A queda no açúcar mostra que o Brasil tem peso no mercado global — tanto para subir quanto para derrubar preços.

A mensagem para o produtor rural é clara: o mundo está voltando a comprar mais alimentos, e o Brasil — especialmente seu agro — está no centro desse movimento. Quem estiver bem preparado, com planejamento, gestão eficiente e acesso a mercados, poderá aproveitar o bom momento para crescer.

Fonte: Pensar Agro

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