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Arroba do boi gordo subiu 22% em setembro e mantém tendência de alta

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O mercado do boi gordo continua apresentando estabilidade nos preços, embora esteja passando por mudanças significativas recentemente. O fechamento do mês de setembro, por exemplo, registrou alta de mais de 22% no preço da arroba em praças importantes, como São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Este início de outubro tem sido marcado por negociações competitivas entre a indústria frigorífica e os criadores de gado, conforme apontado pelo analista e consultor Fernando Henrique Iglesias, da Safras & Mercado.

Em alguns estados, como Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, ainda persistem negociações com valores elevados.

Em São Paulo, as transações variam entre R$ 235 e R$ 240 por arroba, com prazo de pagamento.

De maneira geral, as programações de abate mantêm-se apertadas, o que resulta em uma demanda constante por parte da indústria, de acordo com Iglesias.

Em São Paulo, a média de referência para o preço por arroba do boi gordo ficou estabelecida em R$ 237.

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Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 228 por arroba do boi gordo.

Em Uberaba (MG), o preço da arroba foi de R$ 230.

Dourados (MS) apresentou a cotação de R$ 237 por arroba.

Cuiabá (MT) registrou um valor de R$ 196 por arroba.

No que se refere à carne bovina no mercado atacadista, continuamos a observar um aumento nos preços.

O ambiente de negócios sugere que esse movimento de alta deve persistir ao longo da primeira metade do mês, período em que se espera um aumento na demanda.

É importante destacar que, mesmo com esse cenário positivo para a carne bovina, a carne de frango ainda continua sendo a preferência da parcela da população de menor renda.

O quarto dianteiro foi cotado a R$ 14,10 por quilo, registrando um acréscimo de R$ 0,10.

O quarto traseiro também apresentou valorização, alcançando R$ 14,10 por quilo, com um aumento de R$ 0,10.

Quanto ao quarto traseiro, o preço atingiu R$ 17,90 por quilo, refletindo um aumento de R$ 0,10.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Alta no preço global de alimentos acende alerta e cria oportunidades para o agro brasileiro

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O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu em abril e atingiu a média de 128,3 pontos, uma alta de 1% em relação a março. A elevação foi puxada principalmente pelos preços dos cereais, carnes e lácteos, o que acende um sinal de atenção — e também de oportunidade — para o agronegócio brasileiro, especialmente para os produtores de soja, milho, arroz, carnes e leite.

Mesmo com a alta, o índice segue 19,9% abaixo do pico histórico registrado em março de 2022, mas ficou 7,6% acima do nível de abril do ano passado. O movimento indica uma retomada gradual da demanda global por alimentos, em um cenário de estoques apertados, conflitos geopolíticos e variações cambiais. Para o Brasil, que é um dos maiores exportadores mundiais de grãos e carnes, esse movimento pode significar mais competitividade e maior rentabilidade para o setor.

O subíndice de preços dos cereais avançou 1,2% em abril. O trigo subiu com a menor oferta da Rússia e o câmbio mais favorável para exportadores. Já o milho foi impulsionado pela redução de estoques nos Estados Unidos e pela suspensão temporária de tarifas por parte daquele país. O arroz também subiu 0,8% no mês.

Esse cenário pode beneficiar diretamente os produtores brasileiros, que vêm enfrentando custos altos de produção, mas agora podem encontrar margens melhores nas exportações, principalmente se o dólar continuar em patamar elevado. Goiás, Mato Grosso e Paraná, grandes produtores de milho e soja, podem se aproveitar do momento para ampliar vendas externas, principalmente para a Ásia.

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O preço médio dos óleos vegetais caiu 2,3% em abril, puxado pela queda do óleo de palma. Mas o óleo de soja, importante para o Brasil, continuou subindo, sustentado pela demanda aquecida no mercado internacional. Isso mantém a soja brasileira em posição estratégica, principalmente considerando a boa produção esperada em estados como Mato Grosso, Goiás e Paraná.

O subíndice de preços da carne subiu 3,2% em abril. A carne suína liderou o avanço, com a Europa ampliando compras após liberação sanitária da Alemanha. A bovina também ganhou fôlego com demanda estável e oferta global apertada. No Brasil, destaque para a carne de frango, cujos preços subiram por causa da forte demanda interna e menor ritmo de abates durante os feriados de Páscoa.

Para os pecuaristas e integrados da avicultura, os números são positivos: mostram uma retomada no mercado global, com espaço para ampliação das exportações brasileiras, especialmente para mercados como China, União Europeia e países árabes.

Os preços dos lácteos subiram 2,4% em abril e estão quase 23% acima do patamar de um ano atrás. A manteiga alcançou seu maior valor histórico, puxada pela alta demanda por gordura láctea e estoques reduzidos na Europa. Queijos e leite em pó também subiram, com destaque para o mercado da Oceania.

Esse movimento pode representar boas oportunidades para os produtores de leite brasileiros, desde que consigam superar os desafios internos de custo de produção e logística. A alta internacional pode ajudar a pressionar os preços pagos ao produtor no mercado interno.

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Na contramão dos outros alimentos, o açúcar caiu 3,5% em abril e está quase 11% abaixo do valor de um ano atrás. A razão é, em parte, o próprio Brasil: a produção acima do esperado na segunda quinzena de março e a desvalorização do real ajudaram a derrubar os preços internacionais.

Ainda assim, o setor sucroalcooleiro segue competitivo e os bons níveis de produção nas regiões Centro-Sul e Nordeste devem manter o Brasil como o maior exportador global. A menor cotação do petróleo também contribui para a queda do açúcar, já que reduz o incentivo para destinar mais cana para o etanol.

O que o produtor precisa saber:

  • O cenário internacional sinaliza uma recuperação da demanda por alimentos, com reflexos diretos nos preços.

  • Soja, milho, carnes e lácteos estão em alta e oferecem boas oportunidades de exportação.

  • A volatilidade do câmbio, os estoques globais e a política comercial de países importadores ainda podem trazer incertezas.

  • A queda no açúcar mostra que o Brasil tem peso no mercado global — tanto para subir quanto para derrubar preços.

A mensagem para o produtor rural é clara: o mundo está voltando a comprar mais alimentos, e o Brasil — especialmente seu agro — está no centro desse movimento. Quem estiver bem preparado, com planejamento, gestão eficiente e acesso a mercados, poderá aproveitar o bom momento para crescer.

Fonte: Pensar Agro

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