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AGRONEGÓCIO

Apesar dos desafios climáticos, analistas preveem um 2024 estável para o agronegócio

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O agronegócio brasileiro enfrentou desafios climáticos que impactaram a produção, apesar de estimativas de um valor bruto recorde para 2023. Mas analistas preveem um 2024 estável, com preços de insumos, como fertilizantes, potencialmente mais baixos, o que pode aliviar as margens de produção. A rentabilidade do setor dependerá da produtividade alcançada, e para a pecuária, espera-se uma melhoria nas margens após um ano de aperto.

Projeções indicam uma diminuição no Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária em 2024, em decorrência de adversidades climáticas influenciadas pelo fenômeno El Niño, que causaram secas severas e irregularidades nas chuvas em regiões-chave como a Amazônia e o Centro-Oeste.

O Ministério da Agricultura prevê uma queda de 5,3% no VBP do próximo ano, potencialmente afetado por reduções nas colheitas de grãos. As alterações climáticas atrasaram o plantio da soja e podem comprometer a segunda safra de milho. O milho já sofre com preços baixos, desencorajando a expansão da área cultivada. Além disso, a produção de café para a safra 2024/25 pode ser prejudicada pela falta de chuvas.

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Contrastando com grãos, culturas permanentes como cana-de-açúcar, café e laranja podem apresentar melhores preços internacionais, equilibrando parcialmente as receitas do setor. As exportações agrícolas se mantêm fortes, somando US$ 153,1 bilhões até novembro, e a área plantada para a próxima safra pode crescer, embora sem expectativas de novos recordes.

Para as carnes, o El Niño pode elevar os custos de produção, mas as perspectivas são de aumento na produção e exportações recordes, especialmente para a carne suína, que deve se beneficiar de um aperto na oferta global.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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