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Agricultura digital deve crescer 183% e alcançar R$ 48,55 bilhões até 2026

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A agricultura digital está se consolidando como uma das principais aliadas do setor agrícola, promovendo inovações e sustentabilidade em toda a cadeia de produção. Segundo a consultoria 360 Research & Reports, o mercado global de agricultura digital deve crescer 183% em relação a 2019 e alcançar R$ 48,55 bilhões até 2026, com uma taxa de crescimento média de 15,9% ao ano. Esse avanço reflete a adoção crescente de tecnologias que integram software, hardware e inteligência de dados para otimizar a produção, desde o plantio até o consumo final.

No Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), apoiou 94 projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) no programa Brasil Mais Produtivo, somando R$ 94,9 milhões em investimentos entre novembro de 2023 e agosto de 2024. Esses projetos têm ajudado empresas, incluindo micro e pequenas, a incorporar tecnologias como inteligência artificial, robótica e sensores IoT para melhorar o rendimento das lavouras, reduzir desperdícios e promover práticas mais sustentáveis.

PRECISÃO – A agricultura de precisão é um dos principais focos da agricultura digital, com o uso de sensores, GPS e drones para monitorar em tempo real as condições das plantações, como umidade do solo e presença de pragas. Equipamentos modernos ajustam automaticamente o uso de fertilizantes e irrigação, o que permite uma aplicação mais eficiente e reduz o impacto ambiental. Essas intervenções garantem colheitas mais saudáveis e de melhor qualidade, otimizando os recursos naturais.

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Além disso, o uso de dados e inteligência artificial permite prever o rendimento das safras e ajustar a produção à demanda do mercado, evitando superprodução e desperdício de alimentos. As tecnologias digitais também possibilitam uma gestão eficiente da cadeia de suprimentos, otimizando o armazenamento e o transporte dos produtos, reduzindo perdas e aumentando a durabilidade dos alimentos no mercado.

A adoção de práticas digitais no campo também tem efeitos positivos sobre o meio ambiente. Tecnologias de agricultura de precisão minimizam o uso de água e insumos químicos, ajudando a proteger o solo e a biodiversidade local. Equipamentos guiados por GPS, por exemplo, reduzem o uso de combustível e as emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para uma menor pegada de carbono nas operações agrícolas.

Ferramentas como o plantio direto e a rotação de culturas, apoiadas por tecnologia digital, fortalecem a saúde do solo e aumentam a captura de carbono, fundamentais para a sustentabilidade no campo. Sensores monitoram o ambiente e permitem ajustes em tempo real, ajudando os agricultores a manter o solo fértil e produtivo.

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O mercado de tecnologias digitais aplicadas ao agro tem ganhado destaque em diversas regiões do mundo, com um crescimento acelerado na América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico. No Brasil, o setor caminha para integrar ainda mais a agricultura tradicional com práticas modernas e sustentáveis, buscando atender às demandas globais e aumentando a competitividade no mercado internacional.

Ao unir tradição e inovação, a agricultura digital oferece soluções para uma produção mais eficiente, sustentável e adaptada às exigências do futuro. Este movimento não só aumenta a produtividade e a qualidade dos alimentos, como também fortalece o compromisso com a preservação ambiental e a segurança alimentar.

Fonte: Pensar Agro

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Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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