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Agricultores apelam até para satélites para superar desafios climáticos

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A agricultura brasileira enfrenta um panorama desafiador devido às condições climáticas imprevisíveis que estão impactando as plantações em diversas regiões do país. Diante desse cenário, os produtores têm buscado soluções inovadoras, recorrendo cada vez mais à tecnologia usando drones, aplicativo e até satélites para monitorar e superar os desafios enfrentados.

O calor intenso e as chuvas irregulares estão acelerando o desenvolvimento das plantas em algumas áreas, especialmente em solos de cascalho e areia. No entanto, essa mesma situação climática tem aumentado a pressão de insetos, o que pode impactar negativamente o potencial produtivo das lavouras.

Em contrapartida, os volumes elevados de chuva têm contribuído para a proliferação da ferrugem asiática, uma doença que pode trazer prejuízos significativos para as plantações. No Centro-Oeste, relatórios do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) alertam para os efeitos do clima seco nas lavouras de soja, encurtando o ciclo das plantas e reduzindo o potencial produtivo em algumas áreas.

No Sul do Brasil, especificamente no Paraná, mais de 40 focos de ferrugem asiática foram identificados, representando um aumento significativo em comparação à safra anterior. Esse aumento é atribuído aos volumes mais altos de chuva ocasionados pelo fenômeno El Niño. Além disso, a extensa janela de plantio da safra de soja na região tem contribuído para a proliferação de pragas e doenças devido aos diferentes estágios de crescimento das plantas.

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Diante desse contexto desafiador, os agricultores têm recorrido à tecnologia para monitorar suas plantações. Utilizando recursos como mapas de satélite, os produtores conseguem acompanhar em tempo real as condições das plantações, identificando áreas sob estresse devido a fatores como altas temperaturas, ondas de calor ou excesso de chuva.

O uso de imagens de satélite na agricultura tem revolucionado a forma como os agricultores planejam e gerenciam suas operações. Anteriormente, eles dependiam de informações terrestres para decidir sobre a colocação de sementes, a irrigação e o potencial de rendimento da safra, um processo muitas vezes demorado e impreciso.

Agora essa abordagem inovadora permite uma gestão mais precisa das lavouras, possibilitando intervenções mais assertivas para minimizar os impactos adversos das condições climáticas e otimizar a produção agrícola. Com o acesso a imagens de satélite, os agricultores podem obter informações atualizadas e precisas sobre suas plantações de forma rápida e eficiente.

Esses dados são essenciais para tomar decisões informadas sobre onde plantar, quanto irrigar e quando colher, contribuindo para tornar a agricultura mais eficiente e sustentável. O uso crescente dessas tecnologias tem impactado positivamente os rendimentos agrícolas, permitindo que os agricultores melhorem seus resultados financeiros ao tomar decisões mais precisas e embasadas nos dados fornecidos pelas imagens de satélite.

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Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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