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Adão Litro defende taxação de leite importado e seus derivados

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Durante a audiência pública “Crise do Leite: em defesa dos produtores”, realizada nessa terça-feira (10), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o deputado estadual Adão Litro (PSD) defendeu a taxação do leite importado e seus derivados.

“O produtor de leite brasileiro tem enfrentado uma concorrência desleal com o aumento da importação do produto, especialmente do leite em pó, de países do Mercosul, como a Argentina e o Uruguai, que tem desequilibrado o mercado”, disse Adão Litro.

O parlamentar destacou que o Paraná é um dos grandes destaques nacionais no setor, sendo o segundo maior produtor de leite do Brasil, registrando uma produção de 4,4 bilhões de litros em 2022. No agronegócio, o leite é o quarto produto que mais gera renda no campo paranaense, atrás apenas da soja, carne de frango e milho.

“Esse é um mercado fundamental para o nosso estado, bem como para o resto do país, já que está presente em 98% dos municípios brasleiros. A inclusão do leite e seus derivados na lista de exceção do Mercosul permitiria uma disputa mais igualitária entre produtos nacionais e importados”, ressaltou Adão Litro.

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Outra pauta que defendeu durante a audiência foi a prorrogação dos prazos, sem juros ou multa, para a cobrança das parcelas de financiamento.

“Encaminhamos ofício ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e para a Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito, solicitando apoio para suspensão da cobrança de financiamento por, pelo menos, 12 meses, para que os agricultores e pecuaristas possam se recuperar da crise que o setor vem enfrentando”, afirmou o deputado.

Participaram da reunião o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), Norberto Ortigara; os deputados Wilmar Reichembach (PSD), Luciana Rafagnin (PT), Anibelli Netto (MDB), Luís Corti (PSB), Arilson Chiorato (PT), Cristina Silvestri (PSDB), Evandro Araújo (PSD), Luís Claudio Romanelli (PSD) e Artagão Jr. (PSD); O superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab-PR), Walmor Bordin; o presidente executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná, Wilson Thiensen; o coordenador do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Alexandre Augusto Ramos; prefeito de Bom Jesus do Sul, Helio Surdi; o diretor-presidente da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, João Guilherme Brenner; o ex-deputado estadual, produtor rural e integrante do Movimento Pró-leite, Pedro Ivo Ilkiv; produtores e representantes de associações e laticínios.

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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