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Acordo de exportação de grãos no Mar Negro é prorrogado por 120 dias

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Após conversas entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o ministro de Defesa da Rússia, Hulusi Akar, o presidente da Turquia, Recep Tayip Erdogan, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, o acordo de exportação de grãos no Mar Negro será prorrogado e ficará em vigor pelos quatro meses de inverno.

Conforme um funcionário turco de alto escalão, o acordo será mantido por 120 dias, podendo sofrer “novos ajustes” à frente. O acordo deve ser prorrogado a partir do dia 19 de novembro.

Segundo a diplomacia russa, “a parte russa autoriza a extensão técnica da ‘Iniciativa do Mar Negro’, sem qualquer mudança, em seus termos e alcance.”

A Iniciativa de Grãos do Mar Negro é de extrema importância na luta global contra a crise alimentar, uma vez que garante o abastecimento e segurança alimentar, bem como a navegação segura de exportação de grãos, alimentos e fertilizantes da Ucrânia. Desde o verão, cerca de 500 navios e mais de 11 milhões de toneladas de cereais e produtos alimentares foram distribuídos mundialmente. 

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Moscou havia se retirado temporariamente do acordo, no final de outubro, depois de denunciar o uso “para fins militares”, por parte da Ucrânia, do corredor humanitário. Agora, com a extensão do referido acordo, após negociações intensas sob mediação da ONU, as mais de 10 milhões de toneladas de grãos que seguem bloqueadas em silos na Ucrânia poderão ser embarcadas.

Estes cereais são indispensáveis para estabilizar os preços nos mercados internacionais e para abastecer as populações mais vulneráveis ao risco de fome.

Na cúpula do G20, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse ser “a favor da continuação do acordo de grãos, mas também somos a favor de garantir que os grãos fornecidos sob o combinado vão especificamente para os países que precisam deles, ao invés do países ocidentais e europeus, como acontece atualmente”.

Fonte: AgroPlus

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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