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Criação do Abril Verde e Amarelo referente à propriedade privada avança na Assembleia

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Sob intensos debates em plenário, avançou na Assembleia Legislativa do Paraná a iniciativa que cria o Abril Verde e Amarelo. A proposta, inspirada em lei semelhante sancionada em Santa Catarina, prevê ações de conscientização sobre “a importância e a legitimidade” da defesa da propriedade privada a serem realizadas no quarto mês do ano. O projeto de lei 66/2025, dos deputados Marcio Pacheco (PL) e Anibelli Neto (MDB), foi aprovado pelo placar de 29 x 5, em primeiro turno, na sessão plenária desta quarta-feira (23).

“É a oportunidade de o Estado dizer de maneira clara, sem nenhuma dúvida, que aqui somos contra toda e qualquer forma de invasão de terra”, defendeu Pacheco durante a sessão.

“Projeto, com todo respeito, desnecessário e só acirra os ânimos e o conflito. E, além de tudo, é inconstitucional”, definiu o líder da Oposição, deputado Arilson Chiorato (PT).

Os deputados Denian Couto (PODE), Tito Barichello (União), Fabio Oliveira (PODE) e Ricardo Arruda (PL) discursaram em apoio à iniciativa, enquanto os deputados Renato Freitas (PT), Professor Lemos (PT), Requião Filho (PT) e Doutor Antenor (PT) encaminharam voto contrário.

Conforme o texto, as ações de conscientização devem promover a comunicação imediata às autoridades policiais em caso de movimentações de “invasão” de propriedades privadas e também a “vigilância comunitária”, a ser realizada por proprietários, produtores, amigos e familiares. Durante o mês também devem ser divulgadas, pelo Poder Público, medidas, treinamentos e recomendações sobre sistemas de segurança e regularização fundiária, além de dispositivos constitucionais e infraconstitucionais que garantam o direito. Também deve ser fomentado um canal de denúncias e o encaminhamento delas ao Programa Patrulha Rural Comunitária da Polícia Militar.

Também em primeiro turno, foi aprovado o projeto de lei 158/2025, que autoriza o Poder Executivo a efetuar a desafetação e a transferência do trecho rodoviário que especifica ao município de Pinhal de São Bento.

Decretos

Dois projetos de decreto legislativo que alteram o regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) também foram aprovados em primeiro turno. O DL 3/2025 homologa o Decreto do Poder Executivo nº 9.371, visando uniformizar as regras adotadas em âmbito nacional acerca do imposto, especificamente em relação ao crédito presumido utilizado em substituição ao estorno de débitos decorrentes de prestações de serviços de telecomunicações. Já o DL 5/2025 homologa o Decreto do Poder Executivo nº 9.542, que altera o regulamento do ICMS para conceder isenção do imposto nas operações internas com ativador de vulcanização de borrachas produzidas a partir de resíduos gerados pela indústria de celulose.

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Turno único

Três proposições avançaram em turno único. O projeto de lei 701/2023, do deputado Evandro Araújo (PSD), concede o título de Cidadão Benemérito do Estado do Paraná ao professor Igor Chmyz, pioneiro no desenvolvimento da Arqueologia no Paraná. Por anos, o homenageado liderou os trabalhos no Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas (CEPA), criado pela Universidade Federal do Paraná em 1956, objetivando incentivar as pesquisas arqueológicas no Brasil, especificamente no Paraná. Em 1975, participou do Projeto Arqueológico Itaipu para o salvamento nos espaços brasileiros do Paraná e Mato Grosso que seriam afetados pelo empreendimento da Usina Hidrelétrica de Itaipu.

Já o projeto de lei 128/2025, do deputado Marcio Pacheco (PL), insere no calendário oficial de eventos do Paraná o Wine Day Festival, em Cascavel. De acordo com o autor, o festival, que acontece anualmente na primeira quinzena de abril, consolidou se como um dos principais eventos enogastronômicos do Brasil desde sua primeira edição em 2022. Nas edições anteriores, segundo o texto, o evento contou com a participação de produtores de 12 países, a apreciação de mais de 900 rótulos e aproximadamente 1 000 visitantes provenientes de diversas regiões do Brasil, Argentina e Paraguai.

Para completar, o projeto de lei 208/2025, da deputada Cantora Mara Lima (Republicanos) e do deputado Alexandre Curi (PSD), concede o título de Cidadão Honorário do Paraná ao pastor José Wellington Costa Junior. O homenageado é pastor pentecostal e presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), entidade que agrega mais de 110 mil pastores e 6 milhões de membros das Assembleias de Deus. A proposição recebeu 27 votos favoráveis e 2 contrários.

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Segundo turno

Foi aprovado o projeto de lei 105/2025, do deputado Alexandre Curi (PSD), que atualiza a legislação estadual para permitir a remuneração de dirigentes que exerçam funções executivas em Organizações da Sociedade Civil (OSCs) sem fins lucrativos. A proposta altera a Lei nº 17.826/2013, que trata da concessão e da manutenção do título de utilidade pública a entidades do Paraná, alinhando se às normativas federais, como as Leis nº 9.790/1999 e nº 13.019/2014, que reconhecem a necessidade de profissionalização da gestão dessas entidades, especialmente diante do aumento das exigências para a celebração de parcerias com o poder público.

Em regime de urgência, avançou o projeto de lei 225/2025, do Poder Executivo, autorizando a abertura de crédito adicional especial no valor de R$ 8.211.000,00 ao orçamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), para atender ao programa Paraná Saúde Digital. O montante visa cobrir despesas com contratação de serviços de pessoas jurídicas, locação de equipamentos, contratação de instrutores, produção de materiais gráficos, além da aquisição e desenvolvimento de softwares para atendimento do SUS Digital. O governo ressalta que os recursos para a referida programação são provenientes de superávit financeiro.

Já o projeto de lei 112/2025 autoriza o Estado a doar um imóvel ao município de Cerro Azul.

Foi retirado de ofício o projeto de lei 125/2023, dos deputados Luiz Fernando Guerra (União) e Requião Filho (PT), que altera a Lei nº 14.855/2005, sobre padrões técnicos de qualidade nutricional a serem seguidos pelas lanchonetes e similares instalados nas escolas de ensino fundamental e médio particulares e da rede pública.

Redação final

Seguem para sanção o PL 451/2023, da deputada Mabel Canto (PSDB) e do deputado Ney Leprevost (União), que institui o Novembrinho, para promover campanha de conscientização e ações de proteção da saúde de meninos de até 15 anos de idade; e o PL 80/2025, que autoriza a doação de imóvel à Associação dos Moradores, Amigos dos Idosos, Esportivos e Cultural dos Bairros Laranjeiras, Karla, Petrópolis, Estrela, Paraná, Belvedere I e II e Porto Seguro, de Foz do Iguaçu.

Fonte: ALPR PR

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Líder da Oposição defende suspensão da licitação do “Descomplica Paraná” por suspeita de direcionamento e descumprimento judicial

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O deputado estadual Arilson Chiorato (PT), Líder da Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), defendeu nesta quarta-feira (23) a suspensão imediata da licitação bilionária do Descomplica Paraná, programa do Governo do Estado que pretende centralizar serviços públicos em unidades presenciais. Segundo o parlamentar, a iniciativa é válida, mas o processo de contratação apresenta fortes indícios de direcionamento e viola decisões judiciais.

“O programa pode beneficiar a população. O que preocupa é a forma como o governo está conduzindo a contratação, com comprovação de direcionamento e desrespeito a uma decisão judicial”, afirmou o deputado Arilson.

Inspirado no modelo Poupatempo de São Paulo, o Descomplica Paraná prevê a instalação de centrais de atendimento em cerca de 20 cidades. Apesar do objetivo positivo, o processo licitatório estimado em R$ 1 bilhão enfrenta questionamentos técnicos e jurídicos, por parte do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR), que colocam em xeque a lisura da concorrência.

Suspensão

A licitação foi suspensa em outubro de 2024 pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), com base em argumentos de que o edital favorecia uma única empresa e reduzia a competitividade. Mesmo com a decisão em vigor, o Governo Ratinho Jr manteve o processo em andamento e, na última terça-feira (22), abriu os envelopes com propostas comerciais, ignorando a determinação judicial.

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Para o Líder da Oposição, a sequência do processo é inaceitável. “É um contrato de impacto imenso para o estado. A Justiça mandou parar. O governo fez ajustes superficiais, mas manteve os pontos críticos. Isso enfraquece a transparência e prejudica a confiança da população.”

Suspeita

Uma denúncia recebida pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) indica que as empresas Shopping do Cidadão e Marquise, integrantes do consórcio “Ceará Cidadão” e atuantes em projetos semelhantes no Ceará, seriam as únicas capazes de atender os requisitos técnicos de itens que representam mais de 50% do quantitativo previsto na licitação.

Na abertura dos envelopes, o consórcio Shopping Cidadão, sediado no Ceará, apresentou a proposta com menor valor. Para o Líder da Oposição, isso reforça os indícios de direcionamento na montagem do edital. No dia 17 de fevereiro, o deputado Arilson citou o grupo como provável vencedor da licitação, durante discurso na tribuna da Assembleia Legislativa. “Dissemos que o edital estava desenhado para atender apenas uma empresa. Ontem, isso se confirmou.”

O parlamentar também destacou que o Governo Ratinho Jr excluiu, na prática, empresas paranaenses, mesmo havendo capacidade técnica no estado. “É um projeto que poderia ser feito com tecnologia local, com geração de empregos aqui. Mas, ao que tudo indica, foi moldado para beneficiar um grupo de fora”, disse.

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Sobrepreço

A denúncia feita em fevereiro alertava para critérios técnicos limitadores, que inviabilizavam a participação de outras empresas. O próprio TCE-PR confirmou um possível sobrepreço de R$ 209 milhões e reforçou que apenas um grupo teria condições de atender integralmente às exigências.

O deputado Arilson reiterou que não é contra o programa Descomplica Paraná, mas sim contra a forma como a licitação foi estruturada. Para ele, o Estado tem capacidade técnica e estrutura para desenvolver o projeto com participação ampla, transparente e com isonomia entre empresas.

“O que não pode é insistir em um processo que já nasce contaminado. Quando critérios são criados sob medida para uma única empresa, não há disputa real. É preciso rever o edital, garantir ampla concorrência e respeitar a decisão judicial vigente.”

O contrato tem validade de cinco anos, com possibilidade de prorrogação por mais cinco, e atenderá mais de 60% da população paranaense. Diante desse impacto, Arilson reforça que o processo precisa ser suspenso imediatamente para que o projeto seja retomado de forma legal e justa. “A pressa nesse caso só aumenta a suspeita. É hora de corrigir e fazer direito.”

Fonte: ALPR PR

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