15 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

    PARANÁ

    Paraná ganha mais uma PCH com capacidade de atender 15 mil residências

    Publicado em

    Um dos principais geradores de energia limpa do Brasil, o Paraná ganhou mais uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), com capacidade para atender cerca de 15 mil residências. O vice-governador Darci Piana participou nesta quinta-feira (2) da inauguração da PCH Lúcia Cherobim, construída no Rio Iguaçu, no limite dos municípios da Lapa e de Porto Amazonas, na Região Metropolitana de Curitiba.

    O empreendimento do Grupo CPFL Energia e da chinesa State Grid recebeu investimentos de R$ 421 milhões e tem potência instalada de 28 MW. A construção da PCH empregou cerca de 1,8 mil pessoas na fase de obras, que durou 28 meses.

    “O Paraná responde por mais de 30% da geração de energia renovável no Brasil, e a PCH Lúcia Cherobim vem se somar às centenas de empreendimentos que produzem energia limpa no Estado”, ressaltou Piana. “Estamos fazendo um esforço muito grande no Governo do Estado para trazer empreendimentos como este ao Paraná, que beneficiam nossa economia e nossa gente”.

    Por conta da geografia do Estado e da grande quantidade de bacias e sub-bacias hidrográficas, o Paraná possui um grande potencial hidrelétrico. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o território estadual abriga 126 complexos desse tipo em operação, com potência outorgada total de 15.668 MW, a segunda maior do país, perdendo apenas para o Pará, com 22.393 MW.

    E para incentivar a instalação de novos empreendimentos hidrelétricos de menor porte no Paraná, o Governo do Estado reduziu a burocracia envolvida para a liberação das PCHs e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH), que passaram a ter uma nova dinâmica para emissão de licenciamento ambiental. Com isso, o prazo médio de liberação passou de 814 dias, em 2020, para apenas 60 dias.

    O secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca, destacou que mais de 80 usinas hidrelétricas foram licenciadas pela atual gestão. “A PCH Lúcia Cherobim é fruto de investimentos de duas empresas, uma chinesa e uma brasileira, e é uma maravilha porque não interfere no fluxo do rio e não faz mal ao Salto do Caiacanga, que é uma beleza da Lapa e de Porto Amazonas”, disse. “Ela canaliza a água, sem alterar a vazão e sem grande reservação, para gerar energia elétrica. É um exemplo de inteligência ambiental, de avanço energético e de sustentabilidade”.

    Leia Também:  Feira Sabores do Paraná conta com produtores gaúchos afetados por enchentes

    “Desde 2019, com a emissão de uma resolução, criamos todos os caminhos para que o empreendedor pudesse ter segurança para receber a licença num prazo mais rápido, desde que cumprisse os requisitos técnicos-ambientais necessários”, disse o diretor-presidente do Instituto Água e Terra (IAT), Everton Souza.

    “Demos uma atenção especial à geração hidrelétrica, que por não ser intermitente, está constantemente produzindo, faça chuva ou faça sol”, salientou Souza. “O que fizemos nesses anos foi criar uma forma de atendimento aos empreendedores, inclusive com nosso sistema de gestão ambiental adaptado para esse licenciamento e um número grande de técnicos que analisaram toda a complexidade envolvida nesse processo”. 

    Além de fortalecer o fornecimento de energia na região, a PCH vai contribuir para a ampliação de áreas cobertas por vegetação nativa, seja nas margens do Rio Iguaçu, seja nas áreas de compensação florestal, com a criação de uma Unidade de Conservação no município de Porto Amazonas.

    “A usina já se encontra em plena operação, atendendo cerca de 15 mil famílias, aproximadamente 60 mil pessoas, e o projeto foi concebido pensando no menor impacto possível”, explicou o CEO da CPFL Energia, Gustavo Estrella. “Foi muito bem pensado para ter um aproveitamento ótimo do Rio Iguaçu e que veio com um conceito na tecnologia de engenharia para gerar energia limpa e renovável em benefício da sociedade”.

    Leia Também:  PCPR prende dentista por tráfico por compra ilegal de morfina e outras medicações

    EMPREENDIMENTO – A concepção da PCH Lúcia Cherobim previu o aproveitamento da queda d’água do rio, por meio de um barramento com trecho em terra e estrutura de pedra, na margem direita, e o restante em concreto, tanto no leito do rio como na margem esquerda. A captação das vazões serão turbinadas, na margem esquerda do rio, por meio de um canal de adução, seguido de tomadas d’água e condutos forçados até a entrada das turbinas.

    O vertedouro é do tipo soleira livre, dimensionado para a vazão recorrente, mas com sobrelevação para, quando houver cheias no rio, não haja riscos de transbordamento, o que atende aos requisitos de segurança de barragens. O reservatório tem 1,47 quilômetro de área e a barragem chega à altura de 26,80 metros. 

    A usina conta com três unidades geradoras. A energia gerada na PCH foi conectada à subestação Cherobim, da Copel, com as linhas de transmissão chegando às subestações da Copel na Lapa e em Palmeira.

    A usina é do grupo CPFL Energia, que é uma das líderes no setor elétrico brasileiro, com negócios em distribuição, geração, transmissão, comercialização de energia elétrica e serviços. O grupo, que em 2017 passou a ser parte da estatal chinesa State Grid, já conta com dois empreendimentos energéticos no Paraná. Já a State Gride é a maior empresa de serviço de utilidade pública do mundo, sendo responsável pela distribuição de energia para mais de 1,1 bilhão de pessoas na China. 

    VICE GOV LAPA

    A energia gerada na PCH foi conectada à subestação Cherobim, da Copel, com as linhas de transmissão chegando às subestações da Copel na Lapa e em Palmeira. Foto: Igor Jacinto/Vice-Governadoria

    CARACTERÍSTICAS – As Pequenas Centrais Hidrelétricas são unidades de geração de energia de pequeno porte que, de acordo com a legislação brasileira, variam entre uma potência igual ou superior a 5 MW e igual ou inferior a 30 MW. Na comparação com as centrais hidrelétricas de grande porte, as PCHs têm um potencial de impacto menor ao meio ambiente e podem demandar estruturas menores para a transmissão de energia.

    As centrais têm uma das menores pegadas de carbono entre todas as formas de geração de energia existentes e não sofrem com intermitência na produção de energia, o que garante sustentabilidade e segurança às regiões que atendem.

    Entre as vantagens das PCHs no aspecto ambiental, estão a contribuição para a limpeza dos rios por meio da remoção do lixo flutuante, a proteção das margens dos rios contra erosão e a possibilidade do reaproveitamento da água para múltiplas finalidades, como irrigação, piscicultura, lazer, entre outros.

    PRESENÇAS – Participaram da solenidade o presidente da Sanepar, Wilson Bley; o cônsul-geral da China em São Paulo, Yu Peng; os prefeitos de Porto Amazonas, Elias Gomes da Costa; e da Lapa, Diego Ribas; e demais autoridades.

    Fonte: Governo PR

    COMENTE ABAIXO:

    Advertisement

    PARANÁ

    Membros de oito comitês da Fundação Araucária que julgam projetos tomam posse

    Published

    on

    By

    Tomaram posse nesta segunda-feira (14) os 216 membros dos oito Comitês Assessores de Áreas (CAAs) da Fundação Araucária. Destes, 24 assumem a coordenação.

    Entre outras funções, os comitês são os responsáveis por analisar, avaliar e selecionar os projetos submetidos a chamadas públicas da Fundação Araucária, instituição ligada ao Governo do Estado que atua para fomentar o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Paraná por meio de investimentos em ciência, tecnologia e inovação.

    Os comitês atuam em oito áreas do conhecimento: Ciências Humanas, Ciências Exatas, Ciências Biológicas, Linguística, Letras e Artes, Ciências Agrárias, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências da Saúde e Engenharias.

    “Os comitês assessores são fundamentais porque não há ciência, não há mérito na ciência se as propostas não forem julgadas por pares. Todos os nossos projetos, mesmo que seja um projeto estratégico, de interesse do Estado, precisam ter o parecer dos pares”, explica o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig. 

    Ou seja, os comitês são integrados por especialistas do mesmo campo de pesquisa ou especialidade do trabalho submetido. “A partir da proposta apresentada e julgada pelos pares, existe um mérito científico e podemos apoiar financeiramente”, afirma Wahrhaftig.

    Leia Também:  Estado promove capacitação em atendimento a casos de maus-tratos de animais domésticos

    A composição dos CAAs é ocorre mediante um processo de consulta às instituições de ensino e pesquisa, de caráter público ou privado sem fins lucrativos, sediadas e atuantes no Paraná. Para cada área do conhecimento a Fundação Araucária seleciona um grupo de especialistas com mandato de quatro anos, permitindo-se uma recondução imediata. 

    “Temos que agradecer a participação dos nossos cientistas, que se propõem a darem pareceres sobre propostas de outros cientistas, porque sem eles, sem essas propostas, não teríamos uma ciência do nível que temos e com o avanço que queremos ter futuramente”, destacou o presidente da Fundação Araucária.

    As atribuições vão desde a contribuir para a formulação de programas e planos de desenvolvimento científico e tecnológico; analisar solicitações de bolsas e auxílios, apoiados por consultores ad hoc (os que exercem um trabalho colaborativo e voluntário), emitindo parecer fundamentado quanto ao mérito científico e técnico e a sua adequação orçamentária, recomendando ou não sua concessão.

    Os comitês também indicam nomes de pesquisadores que possam integrar o quadro de consultores ad hoc.

    Leia Também:  Trator elétrico desenvolvido na Unioeste promove tecnologia sustentável no campo

    Fonte: Governo PR

    COMENTE ABAIXO:
    Continuar lendo

    PARANÁ

    POLÍCIA

    ENTRETENIMENTO

    ESPORTES

    MAIS LIDAS DA SEMANA