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Em abril, Viaje Paraná apresenta o turismo estadual em eventos do mercado norte-americano

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O Governo do Estado, por meio do Viaje Paraná – órgão de promoção comercial do turismo –, tem em abril uma missão internacional, com foco em apresentar os potenciais estaduais ao trade estrangeiro, fazer networking e atrair investimentos ao setor paranaense. O órgão participa do Roadshow Festival Brasil, no México, e do Seatrade, nos Estado Unidos.

A participação do Viaje Paraná nas programações é de relevância aos planos do Estado, que tem como foco atrair turistas e posicionar o Paraná nas prateleiras mais elevadas do turismo mundial. O México é um mercado em expansão, com viajantes que buscam novas experiências culturais, naturais e gastronômicas. Enquanto os Estados Unidos é um grande hub e sede de empresas que administram escalas internacionais de navios de cruzeiros.

O diretor-presidente do Viaje Paraná, Irapuan Cortes, afirma que a cada participação em eventos internacionais do turismo, mais o Estado é divulgado e reconhecido em meios ao trade estrangeiro. “Enquanto Estado, temos sempre que estar inseridos nas maiores feiras e eventos, nacionais e internacionais, apresentando o Paraná ao público”, disse.

“Nossa expectativa é abrir novas possibilidades de mercado ao Paraná. Em 2025 estamos investindo nas convenções de operadoras nacionais, e queremos fechar também negócios com o trade latino e norte-americano, elevando ainda mais o alcance da nossa indústria turística”, acrescentou o diretor-presidente.

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ROADSHOW – O evento acontece entre os dias 1.º e 3 de abril, com programações itinerantes, passando pela Cidade do México, Guadalajara e Monterrey. Road Show de turismo no México tem como objetivo promover o Brasil como destino turístico de excelência, atraindo operadores de turismo e jornalistas mexicanos especializados.

A interação direta entre o trade turístico brasileiro e mexicano aumenta as oportunidades de vendas e parcerias comerciais. O Paraná será destaque no evento, apresentando seus potenciais turísticos, como Foz do Iguaçu (Oeste), Curitiba e o Litoral paranaense, além de sua diversidade cultural, natural e as oportunidades de viagens.

O Paraná, com sua rica diversidade de destinos, tem um grande potencial para atrair turistas mexicanos. Em 2022, o número de turistas mexicanos no Brasil foi de 52.171. De janeiro a setembro de 2023, foram 52.725 visitantes, enquanto de janeiro a setembro de 2024 foram 63.872 turistas mexicanos.

SEATRADE – Do México, o Viaje Paraná parte diretamente para Miami, nos Estados Unidos, para participar do Seatrade Cruise Global 2025, entre os dias 7 e 10 de abril. O evento chega a sua 40ª edição, reunindo as maiores operadoras de navios de cruzeiros e turismo náutico do mundo. Marcelo Martini, diretor de Operações e Segmentação Turística do Viaje Paraná, afirma que a participação trará bons resultados ao Estado.

“No evento, poderemos fomentar futuras atracações de navios de cruzeiro no Paraná, uma vez que os resultados das ultimas temporadas foram positivos, servindo como atrativo para que novas operadoras cheguem ao Estado. Aumentando o fluxo de navios, o contingente de turistas também cresce, movimentando a economia paranaense”, disse.

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A última edição do Seatrade Cruise Global, em 2024, foi responsável por atrair mais de 11 mil visitantes, 600 expositores de mais de 120 países, além de reunir mais de 70 marcas e operadoras de navios de cruzeiro. O evento é uma boa oportunidade de se conectar com trade mundial, atraindo novos investimentos, turistas e operações internacionais dos navios no Paraná, além de mostrar os resultados alcançados nas temporadas anteriores.

PARANAGUÁ – A primeira temporada de navios de cruzeiro em Paranaguá (Litoral) aconteceu entre dezembro de 2023 e março de 2024, com 16 paradas, onde mais de 39 mil turistas foram recepcionados pela Secretaria de Estado do Turismo (Setu-PR), na Praça Mario Roque, e com apoio da Portos do Paraná. Ela movimentou mais de R$ 25 milhões na economia local.

Enquanto a segunda temporada também teve receptivo montado pelo turismo do Estado, entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025. Foram movimentadas mais de 19 mil cruzeiristas, em 8 paradas no Litoral do Paraná.

Fonte: Governo PR

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Rede estadual de educação do Paraná acolhe professores e alunos autistas

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Quando ingressou como professor na rede estadual de ensino, aos 21 anos, Evalney Riely Horst sentia que havia uma barreira entre ele e os demais colegas. Interpretar simples entonações de voz ou outros sinais não verbais representava uma dificuldade para ele. Ao participar do planejamento de educação inclusiva da escola, anos depois, ele teve a oportunidade de conhecer mais a fundo o que era autismo. Tendo se identificado com muitas de suas características, resolveu ele mesmo procurar orientação profissional.

Em 9 de abril de 2024, Evalney, aos 37 anos, finalmente recebeu o diagnóstico de portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA). “No começo foi estranho, precisei de um tempo até aceitar. Mas depois tudo foi fazendo sentido”, lembra. 

Desde a época em que estudava, Evalney tinha dificuldade para se enturmar, exceto quando se envolvia com atividades que o interessavam, como xadrez, informática e jogos eletrônicos, e que o tornavam alvo de bullying. Faltavam ao ambiente escolar formas de acolhimento a alunos como ele. “Não havia suporte, nem ouvíamos falar sobre autismo naquela época. Foi bem complicado para mim”, afirma.

Com o objetivo de promover a inclusão e o combate à discriminação da pessoa autista, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 2008, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril. O TEA é um transtorno do desenvolvimento neurológico, caracterizado principalmente pela dificuldade de comunicação e interação social, podendo apresentar ou não déficits intelectuais e hiperfocos.

“Não tem cura, mas tem tratamento”, afirma a pedagoga e especialista em psicopedagogia e educação especial, Siana do Carmo de Oliveira Franco Bueno. “O maior desafio enfrentado pela pessoa com TEA é que muitas vezes ele é tratado de forma equivocada, apenas com medicação. Também é necessário que haja acompanhamento terapêutico e orientação adequada”.

O diagnóstico é feito por meio de avaliações, observações e acolhimento de relatos familiares e clínicos e deve acontecer o mais cedo possível. “Aos primeiros sinais atípicos no desenvolvimento infantil, pode-se iniciar o acompanhamento multidisciplinar objetivando uma avaliação completa do quadro”, explica o psicólogo Paulo Ricardo Ferreira.

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Segundo Siana, a importância do diagnóstico precoce ajuda a evitar complicações ao longo da vida para a pessoa com TEA. “É para que o autista não venha a sofrer graves consequências na vida adulta, como depressão ou mesmo outros transtornos mais sérios, que poderiam causar prejuízos pela dificuldade de compreensão, tanto por ele como pelas pessoas de seu entorno”.

ENSINO DE QUALIDADE E INCLUSÃO – Juarez Gabriel Miranda Franco de Lima sempre gostou de ir ao circo. Um dia, em 2020, pendurou uma cortina na garagem de casa, botou um nariz de palhaço, apontou uma câmera para o palco improvisado e se apresentou como o palhaço JG. “Teve malabarismo com chapéu, piadas e muitas músicas infantis”, ele recorda. “Normalmente eu faço sozinho, mas às vezes deixo meus amigos fazerem uma apresentação”.

Aos 6 anos, Juarez era tratado como uma criança hiperativa. Até que Cleusa, sua mãe, orientada pela escola em que ele estudava, procurou ajuda profissional para o diagnóstico para TEA, que acabou se confirmando. A princípio preocupada – na adolescência, ela havia cuidado de uma criança com autismo severo –, Cleusa ficou aliviada com o apoio dado pela escola. “Ele conseguiu uma professora para ajudá-lo a se desenvolver nos estudos”, ela conta. “Tinham muita paciência e muito amor por ele. Ele é um menino muito inteligente e muito carinhoso com todo mundo”. 

Além das apresentações como o palhaço JG – devidamente registradas em seu canal no YouTube –, Juarez, que está no terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Wolff Klabin, é atleta, tendo competido em três edições dos Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná (Parajaps), representando o Centro de Referência Paradesportiva de Telêmaco Borba. Em 2023, ele foi campeão paranaense, tendo conquistado ouro nas modalidades de 100, 200 e 400 metros. Correr, diz Juarez, o ajudou a se tornar uma pessoa mais independente. “Consigo cuidar de mim mesmo e já saio sozinho. Eu costumava me isolar, mas agora saio e convivo com outras pessoas”, comemora Juarez.

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Essas conquistas de Juarez e de outros 12 mil estudantes com diagnóstico de TEA são possíveis graças aos serviços de acolhimento e assistência oferecidos pela Secretaria Estadual da Educação (Seed-PR). Esses serviços são distribuídos nas escolas levando-se em conta as necessidades dos estudantes.

Os Profissionais de Apoio Escolar (PAE), que ajudam estudantes com deficiência a participar das atividades escolares, e Professores de Apoio Educacional Especializado (PAEE), que atendem alunos com necessidades educacionais especiais, são contratados conforme estudo de caso. 

Já as Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), que funcionam no contraturno e ajudam na integração social dos alunos, são autorizadas para todas as escolas que possuam estudantes da educação especial e que não sejam de educação integral.

“O Paraná desenvolve ações voltadas aos alunos com TEA desde a origem do atendimento educacional especializado”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “Com o aumento do número de estudantes identificados, as ações têm sido potencializadas para garantir a inclusão de todos eles”.

Hoje, para atender estudantes com diagnóstico de TEA, a rede estadual de educação conta com cerca de 3 mil SRMs, 1.400 PAEs e 4.100 PAEEs.

“Hoje em dia, eu percebo muitas coisas boas, como atendimento especializado com profissionais capacitados, salas de recursos multifuncionais e palestras para conscientização”, avalia Evalney, que hoje leciona no Colégio Estadual Antônio Xavier da Silveira, em Irati, no Centro-Sul do Estado. “Na escola, quando contei do diagnóstico, a direção me acolheu e inclusive me incentivou a usar o cordão do autismo, como forma de inspirar alunos autistas”.

Fonte: Governo PR

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